Aumento alarmante de casos de dengue preocupa Santa Catarina
Até o momento, quase 9 mil casos da doença foram registrados e cinco mortes confirmadas

No início de 2024, o estado de Santa Catarina enfrenta uma situação preocupante com um aumento nos casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado, foram registradas 8.700 ocorrências até o momento, representando um aumento de seis vezes em relação às 1.200 identificadas no ano passado, marcando um aumento percentual alarmante de 611%.
Além disso, até o momento, cinco óbitos relacionados à doença foram confirmados, todos concentrados na região norte do estado, com quatro casos em Joinville e um em Araquari.
A bióloga da Divisão de Vigilância Epidemiológica (Dive), Tharine Dal Cim, alerta para a possibilidade de que esses números continuem a crescer, especialmente considerando as condições climáticas atuais, caracterizadas por temperaturas elevadas e chuvas, condições ideais para a propagação do mosquito transmissor da dengue em Santa Catarina.
Os sintomas da dengue são variados e podem incluir febre, dores de cabeça, dores atrás dos olhos, dores musculares e articulares, manchas vermelhas na pele, dor abdominal intensa, vômitos persistentes, pressão baixa e sangramento de mucosas. É importante que qualquer pessoa que apresente esses sintomas busque imediatamente atendimento médico para receber orientações adequadas sobre hidratação, medicação e cuidados necessários.
Enquanto isso, o Ministério da Saúde iniciou recentemente a distribuição das primeiras vacinas contra a dengue no Brasil. Embora Santa Catarina não tenha sido incluída no lote inicial de 712 mil doses, é esperado que o estado seja contemplado em breve, segundo informações do Ministério. As crianças de 10 a 11 anos de idade serão as primeiras a receber a imunização contra a doença no país.
O Superintendente Estadual de Vigilância em Saúde, Dr. Fábio Gaudenzi, lamenta a capacidade limitada de produção das vacinas disponíveis atualmente no mercado, o que tem impactado a disponibilidade para uma campanha de imunização em massa semelhante àquela realizada para a Covid-19. Ele destaca a necessidade de expandir rapidamente a cobertura vacinal para outros grupos prioritários, como pessoas com comorbidades e idosos, que estão em maior risco de desenvolver formas graves da doença.