Um estudo recente do Tribunal de Contas de Santa Catarina revelou que apenas 28,5% dos municípios do estado possuem programas dedicados à saúde mental da população. Os dados foram obtidos através de um questionário enviado a todas as 295 prefeituras.

Embora 160 municípios estejam acompanhando e avaliando ações de saúde mental, apenas 57 têm protocolos para lidar com o risco de suicídio. A prevenção ao suicídio ocorre em 183 municípios, mas sem protocolos específicos.

No que diz respeito ao atendimento especializado, somente 14 municípios têm leitos em hospitais próprios para tratamentos de saúde mental, enquanto 243 municípios enfrentam dificuldades na disponibilização de vagas em leitos, especialmente em hospitais gerais.

O conselheiro Luiz Eduardo Cherem, relator temático da saúde no Tribunal de Contas, destaca a necessidade urgente de ações. Em sua fala, ele ressalta: “Só para os senhores terem uma ideia, nós tivemos nos últimos 23 anos 31 casos de tragédia escolar no Brasil, 18 foram nos anos 2022 e 2023. Dos últimos dois anos para cá é que isso está ocorrendo.”

Cherem propõe direcionar investimentos para a primeira infância, considerando a falta de recursos observada nas contas do governo em 2022. Ele enfatiza a importância de suporte técnico para implementar estratégias eficazes, visando reduzir os tempos de espera no atendimento em saúde mental e aprimorar a busca ativa por pessoas que necessitam de cuidados. O conselheiro destaca que é fundamental a participação ativa do governo estadual, da União e dos municípios.

O conselheiro reforça que os prefeitos estão lidando com um desafio novo e, portanto, precisam de estímulo e apoio. Ele destaca a importância da colaboração de todos os órgãos responsáveis para enfrentar a demanda crescente por recursos e garantir o sucesso das medidas propostas.

*Com informações Acaert