A Associação Empresarial de Araranguá e Extremo Sul Catarinense (ACIVA) manifestou publicamente seu repúdio ao ato assinado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que permite que determinados servidores da Casa tirem um dia de folga a cada três dias trabalhados, além de possibilitar a “venda” desses dias de descanso. A entidade classificou a medida como um privilégio inaceitável e um desrespeito ao esforço do trabalhador brasileiro.

Segue, na íntegra, a nota divulgada pela ACIVA:

“A Associação Empresarial de Araranguá e Extremo Sul Catarinense (ACIVA) vem a público manifestar seu veemente repúdio ao ato assinado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que institui a possibilidade de que determinados servidores da Casa tirem um dia de folga, a cada 3 dias trabalhados, oferecendo ainda a possibilidade de tais servidores “venderem” este dia de folga.

Tal medida representa um desrespeito ao esforço do cidadão brasileiro que, diariamente, enfrenta jornadas extensas para contribuir com o desenvolvimento econômico do país e arcar com a pesada carga tributária imposta pelo Estado.

Enquanto o setor produtivo, representado por empresários e trabalhadores da iniciativa privada, busca incessantemente a eficiência e o crescimento em um ambiente de alta concorrência e complexidade burocrática, assistimos com perplexidade a criação de mais um privilégio no serviço público, pago com recursos oriundos dos impostos da população.

A ACIVA reafirma seu compromisso com a defesa da transparência, da responsabilidade fiscal e da valorização do trabalho como pilares fundamentais para um Brasil mais justo e competitivo. Medidas como essa só ampliam a desigualdade entre os direitos e deveres do setor público e do setor privado, enfraquecendo a confiança da sociedade nas instituições.

Exigimos a revogação imediata deste ato e a adoção de políticas que valorizem a meritocracia e a equidade entre todos os trabalhadores brasileiros.”

Guilherme May

Presidente da Associação Empresarial de Araranguá e Extremo Sul Catarinense

A entidade reforça a necessidade de maior equilíbrio entre os direitos do setor público e privado e pede transparência na gestão dos recursos públicos.