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A importância dos pais e da escola no tratamento de crianças com TDAH

A psicóloga Vanessa Bagio explica a importância da relação pais e escola de crianças com TDAH.

Por Ligado no Sul23/01/2023 15h00
Foto/Divulgação

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é, em regra, de origem genética e congênita, sendo facilmente perceptível principalmente em crianças com idade escolar, pois os sintomas aparecem com clareza em sala de aula.

Em relação ao comportamento, alguns destes sintomas são: hiperatividade; falta de atenção, inquietação, ansiedade e esquecimento.

Não há receita pronta pra o tratamento do TDAH, para a psicóloga Vanessa Bagio, o tratamento não deverá necessariamente ser padronizado. “Depende de cada caso, do paciente e do tempo que o diagnostico foi descoberto, mas é primordial acompanhamento psicológico, juntamente com uma equipe multidisciplinar, orientação aos pais e professores, além de técnicas que são ensinadas ao paciente para estimular o foco no apoio a mudanças do comportamento e à criação de melhores hábitos, permitindo um enfrentamento dos problemas causados pela TDAH, trazendo motivação e autonomia”, destaca.

Relação Pais x Filhos com TDAH

Vanessa ressalta a importância da participação dos pais no processo do tratamento. “Ao longo do tratamento psicoterapêutico eu trabalho todo o contexto social da criança, envolvendo pais e professores com orientações para manter uma rotina que mantenha o foco e a atenção da criança”.

Para a psicóloga é muito importante que a criança mantenha um ambiente familiar organizado com regras que irão facilitar o desempenho das tarefas e assim melhorar a concentração, ao contrário de um ambiente desorganizado que irá influenciar no comportamento de impulsividade, hiperatividade e desatenção. “Praticar atividades físicas é essencial para diminuir a hiperatividade e em consequência vai ocorrer o gasto de energia vindo o relaxamento. É muito importante promover a socialização da criança com outras crianças, como forma de diminuir os sintomas do TDAH”.

Sabemos que alguns sintomas do TDAH são a falta de atenção e a hiperatividade, ou seja, baixa concentração e muita inquietação, levando a aspectos negativos no convívio familiar, e um deles é a irritação, cansaço e a falta de paciência vinda por parte dos pais.

Infelizmente, muitos pais ainda não estão preparados ou não aceitam o diagnostico de TDAH do seu filho e é neste momento que mais uma vez a psicóloga entra em ação numa conversa com os pais. “Na minha função, busco orientar através de uma boa conversa os pais, pois o primeiro ato é a aceitação, após isso buscamos conhecimento sobre o transtorno para melhorar a convivência”.

É necessário que os pais estimulem bons comportamentos em seus filhos. Vanessa aconselha que os pais não deixem de realizar as tarefas propostas dentro da rotina, deem limites, elogiem os acertos e não corrijam com gritos ou punições os erros.  “Não corrijam com gritos, palavras ou punições que podem traumatizar, chame seu filho para uma conversa e olhe em seus olhos, eles precisam de um retorno sobre suas atitudes com mais frequência. Comportamentos positivos devem ser incentivados e comportamentos negativos devem ser orientados.”, orienta a psicóloga.

O papel da escola

No ambiente escolar, a criança se desenvolve e se relaciona com colegas e professores, além da vivência nas aulas e nas atividades. Através dessa interação, as facilidades, dificuldades e dispersões são percebidas pelo professor.

O TDAH sempre existiu, mas não era um assunto de roda de conversa e nos últimos anos chamou atenção de todos, principalmente no quesito educação sendo a primeira dos assuntos mais discutidos e pesquisados da área.

No diagnóstico de TDAH, a escola, assim como o sistema de ensino, tem a responsabilidade sobre a qualidade do processo e bem estar do jovem, que caso não sejam acompanhados da forma correta, podem desenvolver problemas do ponto de vista social, cognitivo e de aprendizagem. Desde 2021, existe uma legislação que determina  que as escolas assegurem aos alunos com TDAH e Dislexia (lei 14.254, de 30 de novembro de 2021), o acesso aos recursos didáticos adequados ao desenvolvimento, como também da garantia de   professores com formação própria sobre a identificação e abordagem pedagógica.

Segundo a psicóloga, o escolar tem um papel fundamental no desenvolvimento de crianças com TDAH. “Acredito que a escola tem um papel fundamental no desenvolvimento de diferentes aspectos que envolvem o TDAH, através da aplicação de estratégias, pensando nas principais dificuldades das crianças no ambiente escolar. Uma delas é a atenção, fazendo com que a criança sinta-se pertencente ao ambiente que frequenta, ou seja, realizando aulas dinâmicas aos estudantes, Aulas lúdicas também são aliadas para motivar os para motivar os educandos, com linguagens simples e objetivas, incentivando a participação do aluno”, finaliza.

 

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