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Taxa dos EUA preocupa apicultores catarinenses e ameaça exportações de mel

Presidente da Faasc detalha impactos da tarifa norte-americana e alerta para risco de prejuízos ao setor

Por Ligado no Sul08/08/2025 09h30
Imagem/Ilustrativa

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros enviados ao país a partir desta quarta-feira (6) deve atingir diretamente a indústria do mel e preocupa apicultores de Santa Catarina.

O estado é um dos maiores exportadores de mel do Brasil, tendo o mercado norte-americano como principal destino. Segundo a Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina (Faasc), o impacto será grande. “Hoje, 65% da produção brasileira é exportada e, desse total, 91% vai para os Estados Unidos. É muito preocupante”, afirmou o presidente da entidade, Agenor Sartori Castagna.

Ao Jornal da Guarujá o dirigente explica que duas grandes empresas exportadoras do sul catarinense já estão com estoques cheios e contêineres prontos para embarque, mas não podem enviar a carga devido à nova tarifa. “A maior preocupação não é só o estoque das empresas, mas sim o que vai acontecer com a safra da primavera, que está para começar. Se não houver mercado, o produtor ficará sem ter onde colocar o mel”, disse.

Castagna relatou que, até o momento, não há sinais de avanço nas negociações entre os governos. Reuniões realizadas por entidades nacionais do setor com autoridades em Brasília não trouxeram solução a curto prazo. “O mel exportado é orgânico e de alto valor agregado. A Europa também compra mel orgânico, mas com exigências muito mais rigorosas. Se tivermos que vender como mel convencional, o preço pago ao produtor pode cair pela metade, tornando a produção inviável”, alertou.

A situação preocupa ainda mais no sul de Santa Catarina, onde muitos apicultores dependem exclusivamente da atividade. “São médios e grandes produtores, com 100, 200 ou até 500 colmeias, que vivem só da apicultura. Se o mercado fechar, o prejuízo será enorme e vai gerar desemprego tanto no campo quanto nas empresas exportadoras”, disse o presidente da Faasc.

Para Castagna, falta diálogo entre os governos brasileiro e norte-americano. “Não é humilhação sentar para conversar. Isso é negociação. Outros países já conseguiram reverter medidas assim. Infelizmente, a política entrou no meio e quem vai pagar a conta é o produtor”, concluiu.

Confira entrevista completa

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