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A Vida e Seus Desafios: Aprendendo a Crescer. Por Carina Mengue

Por Carina Mengue01/03/2024 13h33

Olá queridos leitores, espero encontrá-los bem! Estou retomando a coluna de 2024 depois de um merecido descanso e um grande desafio que passei na minha vida pessoal e, quero compartilhar com vocês.

Primeiro porque acho importante entenderem que mesmo eu sendo psicóloga, também passo por desafios, dificuldades, choro, como todo ser humano. Assim como vocês também estou em constante evolução e aprendizagem. Muitas pessoas tem a falsa crença que por ser psicólogo não temos problemas ou por alguém ser rico não passa por dificuldades, ou por se famoso e a vida é sempre feliz. Ledo engano. Todos, leia-se todos, de tempos em tempos passam por crises, dificuldades, desafios e momentos ruins. E é através deles que aprendemos, crescemos, evoluímos, amadurecemos. Sim, é nos momentos de turbulência que nos tornamos pessoas melhores, ou ao menos era para ser assim. Não podemos generalizar, porque existe a minoria que passa por doenças e não muda o jeito difícil de ser. Então, o primeiro ensinamento de hoje é que não é a idade que nos torna mais sábios e maduros, e sim os aprendizados que extraímos das experiências que vivemos. Pare por um momento e analise se tem feito a lição de casa, ou seja, se tem aprendido com os desafios da vida.

Segundo, nunca estamos preparados, a vida vai sempre nos surpreender, nos testar, nos ensinar. Então vamos a minha experiência. No mês de maio do ano passado descobri uma escoliose idiopática do adolescente na minha filha de 11 anos. Até então, nem sabia que isso existia. Na primeira consulta com o ortopedista ele já disse que era caso de cirurgia. Uma cirurgia na coluna sempre é complexa, corre-se riscos, pode comprometer a medula, habilidade do médico na realização desse tipo de procedimento, causar danos neurológicos, pegar infecção hospitalar, ter hemorragia, danos no nervo com perda de alguns movimentos, enfim. Diante disso tudo, optamos em fazer o tratamento conservador, encontramos uma fisioterapia especializada em escoliose em Santa Amaro da Imperatriz onde semanalmente fazíamos consulta presencial. A Julia tinha que fazer três vezes por dia os exercícios que a profissional ensinava. Gente, que fase!!! É cansativo toda semana três horas de viagem pra ir, três horas pra voltar, diariamente cobrar dela fazer os exercícios, porque nessa idade de início de adolescência eles tem preguiça para tudo (fase hormonal), sem contar os gastos. Depois de 4 meses nessa rotina, fomos consultar outro ortopedista em Joinville onde foi realizado novo exame de raio x e constatou o crescimento da curvatura em quatro graus. Sim, um grau por mês estava crescendo e a conclusão do médico foi a mesma, cirurgia. Tínhamos até feito o molde para o colete ortopédico, seis mil reais, o colete é usado 23h por dia, só tira para fazer os exercícios e tomar banho, mas o colete ainda não tinha chegado, pois é confeccionado em São Paulo. Agora o dilema era decidir entre continuar o tratamento conservador, com o uso do colete, ou optar pela cirurgia.

Terceiro, o sofrimento em tomar decisões. Quando não sabemos o que fazer, não sabemos o que vai acontecer, nosso corpo fica em estado de alerta tentando nos manter protegido por instinto de sobrevivência. Essa ansiedade e angustia fica consumindo nossas energias e ficamos exaustos. O ensinamento aqui é organizar as opções que tem para resolver seu problema, colocar no papel, analisar as vantagens e desvantagens de cada uma, e se possível, se tiver alguém da sua confiança, trocar uma ideia. Conversar com outra pessoa nos ajuda a enxergar outras alternativas e ver ângulos que sozinhos não conseguimos. Outro fator positivo é que a pessoa que você buscou está fora do problema, então, consegue ter um olhar mais racional do que você que está emocionalmente ligado a situação. Essa pessoa pode ser um Psicólogo, que é totalmente neutro e imparcial.

Em dezembro, decidimos por fazer a cirurgia e retornamos a consultar o ortopedista de Criciúma para alinhar o procedimento e definir data. Como era final de ano, férias escolares, verão, alinhamos com o médico para a cirurgia acontecer em meados de fevereiro, assim ela aproveitaria as férias e, passaria essa época de festas e feriados. Ah, a escoliose dela é assintomática, logo, ela não sentia dor.

Não vou conseguir desenrolar toda a experiência em uma única coluna, o texto sairá longo demais e cansativo. Todas as fases foram importantes e nos trazem aprendizados. Vou continuar a história nas próximas colunas. Por hoje, já aprendemos que todo ser humano está exposto a passar por problemas e desafios em sua vida, então cuidado ao julgar os outros. Não temos como mensurar o sofrimento e o problema dos outros. Aprendemos que nunca estamos preparados para o que vem, por isso não temos que ficar imaginando situações na nossa cabeça como se isso fosse nos proteger ou nos ajudar, ao contrário, só vão trazer ansiedade e angustia, e que toda decisão é esperada que nos tire da nossa zona de segurança, mas não precisamos nos desesperar, surtar, reclamar ou paralisar porque nada disso nos ajudará a sair da situação. Somos adultos e por mais difícil que seja o desafio a nossa frente, temos que lidar e resolver como adultos.

 

Até a próxima!

Meu melhor abraço,

Carina Mengue.

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