Na manhã desta quarta-feira (29), o Jornal da Guarujá entrevistou o secretário de Infraestrutura de Orleans, Rodnei Pereira, para falar sobre os estragos causados pela forte chuva que atingiu o município na tarde de terça-feira (28). Segundo o meteorologista Peter Scheuer, o volume acumulado foi de 78 milímetros, provocando alagamentos, deslizamentos de terra e transtornos em diversas regiões.

Durante a entrevista, o secretário destacou os principais pontos atingidos. “Tivemos uma chuva muito intensa no final da tarde de ontem, e vários bairros foram afetados. Na Rua João Paulo II, por exemplo, houve um deslizamento de terra que invadiu uma casa. A Defesa Civil esteve no local e orientou a família a sair, pois havia risco de novos desmoronamentos”, explicou.

Outro ponto crítico foi na Barra do Rio Novo, onde uma barreira caiu e deixou algumas famílias ilhadas. “Assim que soubemos da situação, acionamos um operador que estava de sobreaviso. Ele deslocou uma retroescavadeira para liberar o acesso das famílias que ficaram presas no local”, relatou Pereira.

No bairro Oratório, o problema foi o alagamento de várias casas. “Uma família perdeu praticamente tudo. A água chegou a quase um metro dentro da residência e danificou todos os móveis. Foi um verdadeiro estado de calamidade para essas pessoas”, lamentou o secretário.

A situação das estradas do interior também preocupa. “Muitas delas já haviam sido recuperadas, mas a chuva forte trouxe novos danos. Agora, precisamos refazer quase tudo. O ideal seria esperar o tempo melhorar, mas a população precisa das vias, então estamos trabalhando o mais rápido possível para garantir a trafegabilidade”, afirmou.

Sobre as pontes, Pereira ressaltou que a região do Rio Laranjeiras tem sido uma das mais afetadas. “Já reconstruímos a cabeceira de algumas pontes três vezes nos últimos vinte e nove dias, mas as chuvas continuam destruindo tudo. Também estamos atentos à situação da ponte de Brusque, que ainda deve levar cerca de três meses para ser concluída. A obra está parada no momento, pois depende de medições e liberações para prosseguir”, explicou.

A Prefeitura de Orleans segue monitorando os pontos mais críticos e mobilizando equipes para minimizar os impactos da chuva. “Estamos correndo atrás de soluções, priorizando a limpeza de ruas e desobstrução de bocas de lobo. Algumas pessoas dizem que os tubos estão entupidos, mas, em muitos casos, o problema é que as tubulações não suportam o volume de água. Precisamos avaliar cada caso e tomar as medidas corretas para evitar novos transtornos”, concluiu o secretário.

Confira entrevista completa

Na manhã dessa terça-feira (28), um furto foi registrado em um estabelecimento comercial localizado na Rua Erlon Crocetta, em Orleans. O crime ocorreu por volta das 6h15, quando um homem entrou em uma chapeação e furtou um celular que estava sobre a mesa de uma sala interna.

De acordo com o proprietário, o suspeito aproveitou o momento em que ele havia saído do local para agir. O criminoso estacionou um veículo Celta branco em frente ao estabelecimento antes de cometer o furto.

Após o crime, o homem se dirigiu até o local onde o proprietário estava e foi reconhecido pela vítima, que relatou já ter visto o suspeito em outras ocasiões pedindo dinheiro no estabelecimento. No entanto, o nome do indivíduo não foi identificado.

Imagens de câmeras de segurança de comércios próximos foram analisadas e confirmaram a ação do criminoso. A Polícia Militar foi acionada, realizou buscas na região, mas o suspeito não foi localizado. O caso segue sob investigação.

A forte chuva que atingiu Orleans na tarde dessa terça-feira (28) provocou alagamentos, deslizamentos de terra e diversos transtornos para moradores e motoristas. As áreas mais afetadas incluem bairros residenciais e a SC-390, rodovia que liga Orleans a Lauro Müller, onde a água acumulada voltou a causar dificuldades no trânsito. De acordo com o meteorologista Piter Scheuer, choveu 78 milímetros na região.

No bairro Oratório, várias ruas ficaram completamente alagadas, e a água invadiu casas, causando prejuízos para os moradores. No bairro Bussolo (antiga Cohab João de Barro), famílias estão em alerta devido ao risco de novos deslizamentos, já que o solo permanece encharcado.

Na localidade da Barra do Rio Novo, um deslizamento de terra e árvores foi registrado, aumentando o risco para quem transita pela região. Outro ponto crítico foi na altura do chalé da Coloninha, onde o entupimento de um dreno agravou os alagamentos e dificultou o escoamento da água.

A previsão é de que novos temporais sejam registrados  do município. Equipes da Defesa Civil estão monitorando as áreas afetadas e prestando assistência à população. A recomendação é que moradores evitem transitar por locais alagados e fiquem atentos a sinais de deslizamento, como rachaduras no solo e nas paredes das residências.

*Vídeos enviados por moradores

Com a volta às aulas se aproximando, o Procon de Santa Catarina divulgou uma pesquisa que identificou grandes variações nos preços de materiais escolares em estabelecimentos de diferentes municípios do estado. O levantamento encontrou discrepâncias de até 928%, com um modelo de lápis com borracha variando de R$1,75 a R$17,99 entre diferentes lojas. A pesquisa abrangeu seis estabelecimentos e focou em itens como borrachas, réguas e outros acessórios amplamente usados.

A diretora do Procon Estadual, Michele Alves Rebelo, alerta para a importância de os consumidores realizarem uma pesquisa de preços antes da compra, especialmente agora com a facilidade proporcionada pelas lojas online. “Hoje em dia, é possível fazer essa pesquisa de forma virtual. Muitos estabelecimentos oferecem os valores de materiais escolares mediante o envio da lista”, explicou.

Além da variação de preços nos materiais escolares, a diretora destacou outro aspecto importante para os pais e responsáveis: a necessidade de vigilância quanto a cobranças indevidas em escolas particulares. “Os pais devem receber a prestação de contas da escola, especialmente se houver aumento na mensalidade, para que a justificativa seja clara e transparente. Além disso, itens como material de limpeza e papel higiênico, que são de uso coletivo, não devem ser solicitados aos pais, pois é responsabilidade da instituição”, enfatizou Rebelo.

A pesquisa do Procon não identificou os nomes dos estabelecimentos envolvidos, mas a instituição anunciou que, para futuras datas comerciais, será adotado um novo método de divulgação. “Vamos lançar no nosso site os itens pesquisados e todas as empresas fornecedoras interessadas em nos encaminhar os preços. Assim, garantimos maior transparência, sem favorecer um ou outro estabelecimento, e o consumidor terá acesso a informações claras”, explicou a diretora.

O Procon de Santa Catarina também disponibiliza canais para atender a população: para dúvidas gerais, é possível ligar para o número 151; para registrar reclamações, o site oficial do órgão (procon.sc.gov.br) deve ser acessado; e denúncias podem ser feitas pelo WhatsApp, através do número (48) 3665-9057.

*Com informações ACAERT