Com a chegada do mês de maio, Santa Catarina se mobiliza para mais uma temporada da tradicional pesca da tainha. Considerada uma das práticas mais importantes do ponto de vista econômico e cultural no litoral catarinense, a atividade já movimenta comunidades pesqueiras, principalmente após o início oficial da pesca artesanal de praia no dia 1º de maio.

Neste ano, no entanto, a temporada começou marcada por uma polêmica: pela primeira vez, o Governo Federal impôs uma cota de pesca para a captura da tainha por embarcações artesanais, a restrição vale exclusivamente para Santa Catarina.

Diante disso, o Governo do Estado ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a medida. O processo está sob análise do ministro Gilmar Mendes. Paralelamente, a Procuradoria-Geral do Estado também acionou a Justiça Federal para tentar derrubar a limitação.

A polêmica foi tema de entrevista nesta segunda-feira (5) no Jornal da Guarujá com o secretário estadual de Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo. Segundo ele, a imposição da cota é considerada discriminatória, arbitrária e sem respaldo técnico ou ambiental. “Não há justificativa científica ou lógica para aplicar uma cota apenas aos pescadores catarinenses, enquanto em estados como Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, a pesca continua liberada”, afirmou.

A portaria federal estabelece o limite de 1.100 toneladas para a pesca artesanal de praia em Santa Catarina. No entanto, somente no ano passado, o estado registrou uma safra que superou essa marca em 600 toneladas. “Se tivermos uma boa safra como em 2024, muitas regiões poderão ser impedidas de pescar caso a cota seja atingida antes do fim da temporada”, alertou o secretário.

Frigo também criticou a falta de transparência e uniformidade nos critérios adotados pelo Governo Federal. “O método de monitoramento aplicado em Santa Catarina é diferente do adotado no Rio Grande do Sul, onde a prestação de contas ocorre apenas após o fim da safra. Aqui, o controle é online, mas os dados não são compartilhados com o Estado”, disse.

Para garantir mais autonomia e fiscalização, o Governo de Santa Catarina publicou uma portaria estadual exigindo que pescadores e indústrias enviem também ao Estado as informações sobre o volume capturado. “Queremos acompanhar os números em tempo real, porque até agora não tivemos acesso oficial aos dados do Ministério da Pesca”, explicou.

Além da questão legal e ambiental, Frigo enfatizou o impacto cultural da medida. “A pesca artesanal da tainha é reconhecida como patrimônio cultural catarinense. Trata-se de uma atividade centenária, com alto valor simbólico e econômico. Essa nova cota ameaça a sobrevivência de muitos pescadores tradicionais”, completou.

A expectativa para a safra deste ano é positiva, especialmente entre os profissionais da pesca artesanal. No sul do estado, embarcações a motor também estão autorizadas a operar. Já no dia 15 de maio começa a pesca com embarcações de emalhe anilhado e, em junho, o cerco traineiro (modalidade industrial).

Enquanto aguarda decisões judiciais, o governo catarinense segue firme na defesa dos pescadores e promete recorrer a todas as instâncias para garantir a continuidade de uma atividade essencial para a cultura e economia do estado.

Confira entrevista completa

O Criciúma não conseguiu pontuar na rodada deste fim de semana da Série B do Campeonato Brasileiro. Jogando fora de casa, o Tigre foi superado pela Chapecoense por 2 a 1 na Arena Condá, em Chapecó, na noite deste domingo (5). O gol da equipe carvoeira foi marcado por João Carlos, ainda no primeiro tempo.

Com o resultado, o Criciúma permanece com cinco pontos na tabela de classificação. O próximo compromisso do time comandado pelo técnico Zé Ricardo será no domingo (11), às 16h, diante do Volta Redonda, no estádio Heriberto Hülse, em Criciúma.

A delegação retornou para casa logo após o jogo. A reapresentação do elenco está marcada para quarta-feira (7), às 16h, no Centro de Treinamento Antenor Angeloni.

Nas última semana, a presença do escorpião amarelo (Tityus serrulatus) tem preocupado moradores de Braço do Norte. Somente entre o dia 30 de abril e 3 de maio, foram encontrados 26 escorpiões no bairro Santa Luzia. Diante do aumento, a Vigilância Sanitária do município prepara um mutirão de fiscalização para a próxima semana.

O escorpião amarelo é considerado o mais venenoso da América do Sul e costuma se esconder em entulhos, ralos, frestas e locais úmidos. Embora seu veneno possa causar reações graves, especialmente em crianças e idosos, acidentes podem ser evitados com cuidados simples.

A Prefeitura orienta os moradores a adotarem as seguintes medidas preventivas:

• Manter terrenos e quintais limpos;
• Vedar frestas em portas e janelas;
• Evitar acúmulo de lixo e entulhos;
• Controlar a presença de baratas, que são o principal alimento dos escorpiões;
• Instalar telas em ralos e saídas de água.

Em caso de encontro com escorpião, não o toque com as mãos. Se possível, capture-o com um pote de vidro com tampa e entre em contato com a Vigilância Sanitária pelos telefones (48) 99171-0370 ou (48) 99134-8808.

Em caso de picada, é fundamental procurar imediatamente atendimento médico.

A Vigilância reforça que a colaboração da população é essencial para o controle e a prevenção da presença desses animais no município.

Uma ocorrência de tentativa de homicídio mobilizou a Polícia Militar na madrugada desta segunda-feira (5), em Braço do Norte, no bairro Floresta. O caso, registrado por volta das 00h30, resultou também na descoberta de tráfico de drogas, posse irregular de armas de fogo e munições.

A PM foi acionada para atender uma denúncia de tentativa de homicídio. No local, os policiais encontraram um homem de 24 anos com ferimento por faca nas nádegas e sangramento intenso. Ele foi socorrido pelos Bombeiros e encaminhado ao Hospital Santa Teresinha, sendo liberado após receber atendimento médico e sutura.

Durante as investigações, a guarnição do Tático recebeu informações de que os envolvidos na tentativa de homicídio haviam fugido e poderiam estar em um apartamento na Avenida Felipe Schmidt. Ao se aproximarem do local, os policiais visualizaram um veículo VW Gol saindo do endereço indicado e encontraram três mulheres no apartamento, uma delas confirmando que a autora da facada estava no carro e seguia para São Ludgero.

Com apoio da guarnição de São Ludgero, o veículo foi abordado. No carro, estavam o motorista de aplicativo, a suspeita (26 anos) e sua filha de 3 anos. O condutor foi liberado, e a mulher recebeu voz de prisão. A criança foi deixada sob os cuidados da avó, localizada no apartamento.

No mesmo apartamento, os policiais constataram atividade de tráfico de drogas. Uma das pessoas no local entregou espontaneamente dois pequenos torrões de maconha (30g) e uma peteca de cocaína (1,5g). Durante buscas, foram localizados:

• Uma mochila com dois tabletes de maconha (1,9 kg), duas armas de fogo de fabricação caseira (espingarda calibre 36 e garrucha calibre 38), 10 munições calibre 36 e 2 munições calibre 38, além de uma balança de precisão.
• Uma caixa térmica com quatro tabletes de maconha (2,055 kg).
• Uma mala preta com oito tabletes de maconha (4,105 kg).
• Um envelope contendo R$ 310 em dinheiro.

Diante dos fatos, o casal presente no apartamento (23 e 21 anos) e a autora da facada foram presos e encaminhados à Central de Plantão da Polícia Civil de Tubarão.