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Leite, arroz, soja e milho: FAESC detalha por que 2025 virou um ano de crise para o agro
Por Ligado no Sul09/12/2025 09h30
Foto/Reprodução
A agricultura brasileira atravessa um momento decisivo e de forte pressão econômica em praticamente todas as cadeias produtivas. A avaliação é do vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), Enori Barbieri, que conversou com o Jornal da Guarujá na manhã desta terça-feira, 9.
Segundo Barbieri, embora 2025 devesse ser um ano de comemoração, já que o país colheu “a maior safra agrícola de toda a história”, o cenário se transformou em motivo de preocupação. O motivo, explica, está na combinação entre a superprodução nacional e a grande oferta mundial. “Produzimos mais do que o necessário para o consumo, e isso trouxe inúmeros problemas, não só na venda dos produtos, como no preço pago ao produtor e no endividamento”, afirmou.
Com a renda comprometida e sem condições de quitar financiamentos, muitos produtores recorreram à Recuperação Judicial via CPF , mecanismo antes limitado a empresas. Segundo o dirigente, o movimento provocou impacto direto no setor financeiro e, especialmente, nas revendas e cooperativas que antecipam insumos. “Um terço da safra brasileira é custeado por empresas particulares. Essas empresas e o próprio sistema cooperativo precisam receber o dinheiro de volta para repassar aos órgãos de onde o recurso veio, mas muitos ficaram sem pagamento por causa da recuperação judicial”, explicou.
Esse bloqueio no fluxo financeiro, diz Barbieri, atingiu a nova safra. “ Muitos produtores ficaram sem recursos porque o preço dos produtos caiu muito”, destacou. Em um exemplo citado por ele, a saca de arroz de 50 quilos, que no ano passado era vendida por R$ 110 a R$ 115 no Sul do estado, hoje vale cerca de R$ 55. Situação semelhante se repete com cebola, alho, milho e soja.
Pressão também sobre o leite
O vice-presidente da Faesc afirma que o leite enfrenta um quadro ainda mais delicado. O aumento de produção impulsionado pelo baixo preço do milho que é usado como ração, sobrecarregou o mercado interno. “O Brasil aumentou a produção de leite em mais de 10%. Como não é um produto exportado, tudo ficou no mercado interno, que não absorve esse volume”, explicou.
Barbieri aponta ainda a ausência de políticas industriais para transformar o excedente em leite em pó, estratégia usada por países desenvolvidos. Porém, o fator mais crítico, segundo ele, é a continuidade das importações. “O grande problema está na teimosia do governo brasileiro em não diminuir as importações de leite em pó da Argentina e do Uruguai. Estamos trazendo muito leite de fora, tirando emprego dos brasileiros”, criticou.
Mesmo no Sul de Santa Catarina, onde a produção é naturalmente mais barata por causa da boa insolação, chuvas regulares e uso de dejetos da suinocultura como fertilizante, a margem de lucro praticamente desapareceu. Muitos produtores, principalmente os que investiram na modernização das propriedades, enfrentam juros elevados. “Com Selic a 15%, não há atividade do agro que pague esses investimentos com sobra. Os juros estão corroendo tudo”, afirmou.
Apesar da crise, Barbieri acredita que o equilíbrio deve voltar, mas não de imediato. “Vai demorar um pouco, mas vai melhorar. Alguém vai ter que reduzir produção, e quem conseguir atravessar essa barreira deve sobreviver a esse momento difícil”, avaliou.
Ele alerta, porém, que a situação exige atenção das autoridades. “Precisamos pensar no futuro da segurança alimentar brasileira. Uma crise prolongada pode comprometer o abastecimento e gerar inflação, afetando famílias que já enfrentam dificuldades”, concluiu.
Confira entrevista completa
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Homem é esfaqueado no bairro Progresso, em Laguna; Polícia Militar investiga o caso
Por Ligado no Sul09/12/2025 09h00
Foto/Reprodução PMSC
Um homem de 46 anos foi vítima de uma tentativa de homicídio na noite desta segunda-feira (8), no bairro Progresso, em Laguna. A ocorrência foi registrada por volta das 19h30, após diversas ligações ao número 190 relatando que uma pessoa havia sido esfaqueada na comunidade.
Policiais do Pelotão de Policiamento Tático (PPT) foram até o local e confirmaram a informação. A vítima já recebia atendimento do Corpo de Bombeiros Militar quando a guarnição chegou.
O homem foi encaminhado ao hospital, onde a equipe médica constatou entre sete e oito perfurações, possivelmente provocadas por faca. No momento da chegada dos policiais à unidade, o estado de saúde da vítima ainda não havia sido informado, pois ela permanecia em atendimento.
A Polícia Militar realizou a coleta de informações e registros fotográficos na cena, e um boletim de ocorrência foi lavrado para investigação do caso. Até o momento, não há detalhes sobre a autoria ou motivação do ataque.
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Choque entre carro e caminhão deixa vítima fatal em Cocal do Sul
Por Ligado no Sul09/12/2025 08h30
Fotos/CBMSC
Um grave acidente entre um automóvel e um caminhão, registrado na tarde desta segunda-feira (8) resultou na morte de um homem de 50 anos e deixou uma mulher de 70 anos ferida na Rodovia Maximiliano Gaidzinski, no Centro de Cocal do Sul. A ocorrência foi atendida pelo Corpo de Bombeiros Militar por volta das 15h10.
Segundo informações no carro estavam duas vítimas. O condutor foi encontrado pelos socorristas sentado no banco do motorista, já em parada cardiorrespiratória. Ele foi retirado do veículo e imediatamente submetido aos protocolos de ressuscitação cardiopulmonar. A equipe médica do Serviço Aeromédico do Sul (SARASUL) assumiu o atendimento e manteve as manobras por cerca de 40 minutos, mas o óbito foi confirmado no local.
A caroneira do veículo, de 70 anos, estava caída sobre a pista, consciente e orientada. Ela apresentava fraturas nos dois antebraços. Após os primeiros socorros, foi encaminhada ao Hospital São José, em Criciúma.
O motorista do caminhão não sofreu ferimentos.
A ocorrência contou com o apoio da Polícia Militar Rodoviária (PMRv), Polícia Militar, Unidade de Suporte Básico (USB-15), Serviço Aeromédico do Sul (SARASUL) e Polícia Científica.
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Aulas são suspensas em todo o Estado de Santa Catarina devido a alerta de ciclone
Por Ligado no Sul09/12/2025 08h00
Foto/Ilustrativa
Em razão do risco de chuvas intensas e ventos fortes previstos para os próximos dias, as aulas da rede estadual de ensino em Santa Catarina estão suspensas nesta terça-feira (9). A decisão foi tomada pela Secretaria de Estado da Educação (SED), com base em alertas emitidos pela Defesa Civil de Santa Catarina, como medida preventiva para proteger alunos e profissionais da educação.
De acordo com o comunicado oficial, nesta segunda-feira (8) a suspensão das aulas abrange as áreas classificadas como risco laranja ou vermelho (muito alto), nos turnos matutino e vespertino.
A previsão meteorológica indica que o estado será atingido por um ciclone extratropical , trazendo chuva intensa, rajadas de vento e risco de alagamentos e enxurradas.
As autoridades pedem que a população mantenha atenção às atualizações da Defesa Civil, evite deslocamentos desnecessários e adote medidas de segurança nesse período de instabilidade.
De acordo com meteorologistas da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina e da Epagri/Ciram, o ciclone extratropical previsto para esta semana é considerado atípico por se desenvolver em período mais quente do ano e por se formar muito próximo da costa, entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.
Outro aspecto incomum é a pressão atmosférica mais baixa do que a observada normalmente e o deslocamento lento do sistema, fatores que aumentam os impactos sobre o estado. Por isso, os efeitos do ciclone devem se estender desde seu processo de formação na segunda-feira, 8, até seu afastamento para alto-mar, previsto para quinta-feira, 10.