Uma celebração artística e cultural toma forma em Tubarão com a exposição fotográfica “Jorge/Ogum, o Senhor dos Caminhos”, que será inaugurada no Museu Willy Zumblick dia 23 de abril, às 19h30, e permanecerá aberta até 29 de abril. Idealizada pela jornalista Emanuela da Silva e com imagens captadas pelo fotógrafo Christian Parente, a mostra tem como objetivo não só homenagear o orixá Ogum, associado ao progresso e à ferrovia, mas também promover a valorização da cultura afro-brasileira presente na identidade do povo brasileiro.

“A falta de iniciativas para celebrar a Lei 4608/2016, que instituiu o dia 23 de Abril como o dia dos cultos aos Orixás, me inspirou a criar esse evento. É uma oportunidade de conscientização sobre a tolerância religiosa e a valorização da cultura afro-brasileira, tão presente em nossa identidade”, relata Emanuela, idealizadora do projeto.

A exposição vai além das fotografias, abrangendo uma programação diversificada que inclui atividades educativas e culturais. A abertura oficial contará com cerimonial e uma roda de capoeira, trazendo a energia e a tradição da cultura afro-brasileira para o evento.

“Estamos oferecendo uma oportunidade para que as pessoas conheçam mais sobre a cultura afro-brasileira e também para valorizar o artesanato local, que foi confeccionado especialmente para esta exposição”, acrescenta Emanuela.

Durante os dias seguintes, a programação continua com workshops sobre o poder de cura das ervas, a arte da amarração de turbantes e a ancestralidade africana. Espetáculos teatrais, como “Sementes” apresentado pelo Grupo Encantados Contadores de Histórias, também fazem parte das atividades previstas.

“Queremos que os visitantes tenham uma experiência completa, que vai além das imagens. Queremos proporcionar momentos de reflexão e aprendizado”, destaca Emanuela.

Para enriquecer ainda mais a experiência, o evento contará com degustação de quitutes da culinária afro-brasileira e momentos de reflexão, como uma roda de conversa com o fotógrafo Christian Parente e a equipe envolvida no projeto, onde serão discutidos os desafios e aprendizados durante a realização da exposição.

“A exposição ‘Jorge/Ogum, o Senhor dos Caminhos’ representa não apenas uma oportunidade de apreciar belas imagens, mas também uma iniciativa importante para promover a conscientização sobre a tolerância religiosa e a valorização da diversidade cultural presente em Tubarão e em todo o país”, conclui Emanuela.

Confira a programação

23 de abril
* 19h30 – Cerimonial
* Roda de Capoeira com o grupo Capoeira de Valor Mestre Frank
* Apresentação musical de pontos com integrantes da Tenda Espírita Cavaleiros de São Jorge
* Visitação do público as obras
* Música
* Degustação de quitutes da culinária Afro-Brasileira

24 de abril
* 14h – Visitação dos estudantes Emeb Faustina da Luz Patrício
* 14h30 –  Apresentação dos alunos do conto africano o Coração do Baobá.
* 19h30 –  Workshop Ervas que curam o corpo e a alma com a Mãe Sandra de Iansã da Santos & Encantos e o massoterapeuta Jean C.H Carrara.

25 de abril
* 14h30 –  Workshop sobre Ancestralidade e a amarração de turbantes com a Mãe Marília de Iemanjá.
* 19h30 –  Espetáculo – “Sementes” – Grupo – Encantados Contadores de Histórias, elenco: Alana Meneghel, Miro Brown, Pati Souza.
* 20h30 –  Workshop com o tatuador Anderson Rafael , Son Tattoo “ Do Sagrado ao Profano, eu eternizo a minha escolha”

26 de abril –  Sextou Cultura
* Atração Musical

29 de abril – Encerramento

* 19h30 –  Roda de conversa com o fotógrafo Christian Parente, autor das fotos e os desafios deste trabalho bate-papo com todos os integrantes da equipe em suas respectivas áreas de atuação.
Salve Jorge/Ogum

Na manhã dessa quarta-feira, dia 10, uma tragédia chocou moradores do bairro Jardim Cibele, em Araranguá, com a morte de uma mulher de 28 anos em um acidente doméstico. O incidente ocorreu enquanto ela realizava a tarefa de cortar a grama no pátio de sua residência, localizada na rua Zeferino Antônio Belmiro.

Segundo relatos, o acidente aconteceu por volta das 10h30, quando a vítima estava concluindo o trabalho e seu filho de três anos brincava nas proximidades. A fatalidade foi atribuída a um erro na utilização de uma extensão elétrica, que estava conectada incorretamente.

Um vizinho escutou os gritos da criança e ao ver a cena, acionou o Samu e a Polícia Militar.

Enquanto os procedimentos de emergência eram realizados, o filho da vítima foi levado para a casa de uma vizinha. A Polícia Civil, a Polícia Científica e o Instituto Médico Legal foram mobilizados para investigar as circunstâncias exatas do acidente .

A Secretaria Municipal de Saúde de Orleans divulgou números alarmantes referentes às faltas em atendimentos agendados durante o primeiro trimestre de 2024. Um total de 1. 325 faltas foram registradas, o que representa uma preocupante falta de comprometimento por parte de alguns pacientes.

Os serviços mais afetados foram as consultas médicas, com 428 ausências, seguidas pelos atendimentos odontológicos, com 386 faltas. Além disso, houve 184 ausências em atendimentos de enfermagem e 327 em sessões com psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde.

A falta de comprometimento por parte de alguns pacientes não apenas prejudica aqueles que realmente necessitam do atendimento, mas também gera prejuízos para o Sistema Único de Saúde (SUS). Essas faltas representam desperdício de recursos públicos, já que o serviço é pago pelo município mesmo quando o usuário não comparece a um atendimento agendado, e podem comprometer o acesso da população aos serviços de saúde.

A Secretaria de Saúde de Orleans ressalta a importância do compromisso e responsabilidade dos pacientes em comparecerem às consultas e atendimentos agendados.

A reintrodução do nome da cidade e do estado nas placas dos veículos que circulam no país foi defendida nessa terça-feira (9) em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal. O projeto de autoria do senador Esperidião Amin teve aprovação por unanimidade dos participantes do debate, que afirmaram que o projeto de lei (PL) 3.214/2023, que trata do assunto, contribui para a segurança no trânsito e facilita a identificação da frota que circula no Brasil.

A audiência foi presidida pelo senador Amin. A proposta que altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503, de 1997) para prever que as placas veiculares informem o município e o estado no qual o veículo está registrado foi defendida pelo autor, que esclareceu que o projeto não obriga a substituição nos veículos já emplacados. A nova regra seria válida para os novos emplacamentos e entraria em vigor um ano após a publicação da lei que resultar da aprovação da matéria.

– O Brasil, além de ser um continente em extensão territorial, é um continente também em população. O projeto de lei não obriga a substituir a atual placa. As novas placas, a partir de certa data, serão editadas de forma a conter o nome da cidade e a sigla do estado – afirmou Amin.

Fiscalização

Coordenador-geral de Segurança Viária do Ministério da Justiça, Jeferson Almeida Moraes disse que o registro da cidade e do estado nas placas contribui para a fiscalização nas estradas.
— Voltar a constar informação da unidade da Federação e do município facilita a investigação da PRF [Polícia Rodoviária Federal]. Quando temos que fiscalizar na abordagem, estando escrito no veículo o município, facilita a identificação, a rota e a origem do veículo. No caso de um veículo de carga, o caminho que percorreu e até a presunção do tipo de carga que está sendo transportada. Deixar de constar a identificação dificulta a seleção dos veículos a serem abordados — explicou.

O vice-presidente da Associação dos Fabricantes de Placas de Veículos de Santa Catarina, Aron Woss Uliano, disse que a placa veicular não é apenas um pedaço de metal, mas um documento do veículo, um produto devidamente registrado em que o Estado fornece os dados e fiscaliza. Ele ressaltou ainda que a placa veicular em bom estado de conservação contribui para a identificação das infrações, favorece a arrecadação do Estado e a punição aos infratores.

– A placa é segurança. A gente tem que entender que ela também tem vida útil, de aproximadamente cinco anos. Quanto custa fazer a inserção do município e do estado nas placas de trânsito? É irrisório no quesito operacional, seria possível inserir nas placas atuais esses dados, não há transtorno em fazer esse processo, não há um custo operacional em fazer esse processo. Há uma sensibilização de que isso seja operacionalizado seguindo as regras do Senatran [antigo Departamento Nacional do Trânsito] e estamos dispostos a contribuir na implementação da mudança — afirmou.

Identificação

A inclusão dos dados também foi defendida pelo presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Trânsito (IBDTransito) e coordenador de Esforço Legal do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), Danilo Oliveira Costa. Ele defendeu a adoção da nova regra em nome da identificação veicular, e ressaltou que as resoluções atuais sobre o tema retiraram todos os elementos da especificação técnica original do modelo Mercosul.

– Quanto mais elementos nós tivermos para identificação do veículo, isso nos traz mais segurança viária e segurança pública, consegue-se identificar ainda mais os veículos e ter um olhar mais crítico e visual sobre a frota circulante. Hoje, a identificação veicular sofre problemas e temos que ter uma visão mais diferenciada sobre esse tema. Nós também temos a proposta de redução da velocidade nas vias urbanas, para que a gente tenha menor impacto quando houver qualquer tipo de acidente de trânsito, e essa regulamentação e fiscalização passam pela identificação veicular, que precisa ter placas com maior visibilidade e identificação — concluiu.

Mas o secretário da Divisão de Coordenação Econômica e Assuntos Comerciais do Mercosul, Rodrigo Lara Pinto, afirmou que o Ministério das Relações Exteriores ainda não tem uma posição sobre o assunto, e que a resolução que instituiu a placa Mercosul vem sendo objeto de consulta junto aos órgãos de trânsito.