A Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) passa a  ser reconhecida como referência internacional em educação no estado de Santa Catarina. Em uma entrevista  nesta manhã de sexta-feira, 5, o Jornal da Guarujá conversou com a pró-reitora de pesquisa, pós-graduação, inovação e extensão da Unesc, Gisele Coelho Lopes, para discutir a importância desse feito e os planos para manter e expandir esse nível de excelência.

Gisele destacou que a trajetória de sucesso da Unesc é resultado do trabalho dedicado de muitas pessoas ao longo dos 55 anos de existência da instituição. A universidade conquistou posições de destaque, especialmente ao figurar entre as 150 melhores instituições da América Latina.

“E tão bom quando a gente olha pra trás e vê que ao longo dessa caminhada, muitas pessoas têm feito trabalhos primorosos que figuram a universidade em rankings altamente meticulosos, rigorosos, e que a Universidade é incluída nesses lugares com destaque.”

A pró-reitora enfatizou que a Unesc se destacou nos últimos anos devido aos investimentos significativos em pesquisa e pós-graduação. A instituição tornou-se referência em áreas como saúde e negócios, conquistando reconhecimento internacional. A mobilidade acadêmica, com alunos indo para o exterior em busca de experiências educacionais enriquecedoras, também foi destacada como um ponto de destaque nos rankings.

Ao abordar a internacionalização da Unesc, a pró-reitora ressaltou a presença da universidade entre as 10 melhores instituições não estatais do Brasil nesse quesito, ocupando a 12ª posição no ranking nacional. Esse feito é particularmente notável, considerando a quantidade expressiva de universidades no país. Gisele sublinhou o orgulho de ser uma universidade do interior, destacando o impacto dessa conquista para a comunidade acadêmica.

“A Unesc é  uma universidade do interior do Brasil, do extremo sul de Santa Catarina, ela está em 12º lugar entre as universidades não estatais do Brasil em internacionalização, então isso é muito importante, porque quando a gente olha para o Brasil, nós temos uma quantidade expressiva de universidades”.

Questionada sobre os desafios de manter esse grau de excelência, Gisele explicou que nos últimos seis anos, a Unesc passou por mudanças  em sua estrutura curricular, focando na formação do aluno como prioridade. Essas alterações visam garantir que os estudantes tenham uma experiência formativa diferenciada, preparando-os para carreiras de destaque. “Há três anos  fizemos a mudança de uma estrutura curricular na universidade no modelo pedagógico, o que  colocou o aluno no centro da experiência. A gente fez uma virada de chave muito importante.”

A pró-reitora revelou os esforços da Unesc em ampliar parcerias com universidades estrangeiras, proporcionando aos alunos a oportunidade de ter aulas simultâneas com professores de outras partes do mundo. Isso é facilitado pelas tecnologias modernas, permitindo uma troca de experiências em tempo real. Além disso, a Unesc investe em pesquisas compartilhadas, possibilitando colaborações entre pesquisadores estrangeiros e locais.

“Então o aluno ele vai ter uma aula aqui na UNESC mas também com um professor de uma universidade disso de modo a as tecnologias elas facilitaram muito isso né?”

Intercâmbio de professores e pesquisadores, promove também uma troca valiosa de conhecimentos. Gisele mencionou exemplos recentes de colaborações bem-sucedidas com universidades na Argentina e em Portugal.

“Agora, por exemplo, no mês de dezembro, a gente teve um professor de uma universidade em Argentina, ficou aqui na Unesc, durante 15 dias, fez uma disciplina com os alunos e compartilhou os seus saberes.”

Nos próximos anos, a Unesc planeja continuar sua jornada de excelência, focando em uma formação orientada para as tendências internacionais. A universidade busca preparar seus alunos para enfrentar os desafios de um mercado globalizado, garantindo que estejam equipados para atuar localmente com amplitude internacional.

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Desde 2017, a Câmara de Vereadores devolve ao Poder Executivo parte de seus recursos fruto de diversas economias implementadas durante o ano. Em 2023, não foi diferente, e na tarde desta quinta, 04, foi a vez dos vereadores oficializarem a devolução de aproximadamente R$2 milhões com a presença da imprensa regional.

O ato comandado pelo presidente da casa, Luciano Pires, aconteceu no gabinete do prefeito municipal, César Antônio Cesa. Apesar do valor já estar na conta do município, um cheque simbólico no valor de R$ 1.909.842,96, foi entregue à administração municipal que aplicará os recursos em obras que beneficiem a população. “Vejo com bons olhos esta relação entre os poderes e por se unirem para melhorias por Araranguá”, comentou o prefeito que não garantiu qual projeto específico será empregado o recurso mas cogitou aplicar na obra de construção da escola ambiental que será implementada no Parque Belinzoni em breve.

Também participaram do ato os vereadores: Samuel Nunes, Luiz da Farmácia, Lena Périco, Edir Clésio o Tico, Diran, Nelson Soares, Zico, Márcio Tubinho, Paulinho Souza, Douglas Michels e Diego Pires.

Devolução histórica

O valor de devolução foi o maior da história do Legislativo Municipal, e para o presidente, Luciano Pires, uma demonstração de respeito e cuidado com o dinheiro público. “Com um trabalho bem feito, tratando com respeito pela população, foi possível economizar e ao mesmo tempo garantir a manutenção da Câmara e realizar algumas aquisições importantes. Foi uma gestão comprometida!”, avaliou o presidente.

Além da economia apresentada, a mesa diretora não concedeu diárias aos servidores e vereadores no período, além de comprar mais um veículo zero quilômetro para uso dos parlamentares, realizar melhorias na estrutura após problemas causados pelas chuvas, adquirir um terreno para ampliar a casa e um gerador para garantir a energia elétrica mesmo quando há falta do serviço pela distribuidora.

O Jornal da Guarujá tem dado continuidade a uma série de entrevistas com prefeitos da região que estão em seus últimos mandatos, buscando um panorama de suas gestões e os desafios enfrentados. Dentre os entrevistados, destacam-se nomes como Jorge Koch de Orleans e Ibaneis Lembeck de São Ludgero. O mais recente entrevistado é Beto Kuerten Marcelino, prefeito de Braço do Norte, entrevistado na manhã desta sexta-feira, 5.

Ao avaliar seus sete anos à frente do município, Beto destacou a realização de uma gestão eficiente e realizadora. Ele afirmou: “Nós na área da infraestrutura temos aí um maior pacote de pavimentações da nossa história, nós temos investimento em todas as áreas, em todos os bairros, posso dizer assim, do interior ao centro, com pavimentações e construção de unidades de saúde”. Além da parceria na construção do Hospital Santa Terezinha, e obras como o Centro Administrativo e o novo Ginásio.

Na área da saúde, o prefeito de Braço do Norte destacou programas inovadores e a redução de secretarias, mantendo as finanças em dia.

Sobre o período mais difícil, o prefeito destacou a pandemia: “Sem dúvida alguma, a pandemia. Quem foi prefeito na época da pandemia sabe dessa dificuldade de a cada instante, uma tomada de decisão que poderia  impactar, cuidando, preservando vidas, ao mesmo tempo cuidando da economia,  pessoas sendo demitidas dos seus empregos. Foi muito difícil administrar a cidade nesse período”.

Ao ser questionado sobre seu futuro político, o prefeito, considerado uma revelação da política sul-catarinense, diz estar muito focado na conclusão de obras e no encerramento do compromisso com a população. Reconheceu o papel da política na melhoria da vida das pessoas, expressou gratidão pela parceria com o deputado estadual Júlio Garcia e afirmou estar aberto a novos desafios, deixando nas mãos de Deus a possibilidade de concorrer a um cargo no legislativo em 2026. Beto afirmou: “Eu entrego a minha vida a Deus, Ele que conduz. Claro que nós precisamos lutar, batalhar, sonhar, isso com certeza faz parte da nossa vida, de todos nós que sonhamos e buscamos nos identificar naquilo que nos realiza, naquilo que nos sentimos bem”.

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