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Ana Maria Dalsasso Educação
É Professora de Comunicação. Formada em LETRAS – Português/Inglês e respectivas Literaturas, Pós-graduada em Metodologia do Ensino pela Universidade Federal de SC - UFSC, cursou a primeira parte do Doutorado em Educação pela Universidade de Jáen na Espanha, porém não concluiu. Atua na área da Educação há mais de quarenta anos. Em sua trajetória profissional, além de ministrar aulas, exerceu a função de Diretora de Escola Pública, Coordenadora Pedagógica da Escola Barriga Verde, Pró-Reitora de Ensino de Graduação do UNIBAVE/ Orleans. Dedica parte de seu tempo livre com trabalhos de Assistência Social e Educacional, foi membro do Lions Clube Internacional por longos anos, hoje faz parte da AMHO – Amigos do Hospital, além de outros trabalhos voluntários na comunidade e seu entorno. Revisora de trabalhos acadêmicos: Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado.
O que é o tempo? Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso29/06/2023 15h33
O ser humano, por natureza, pelo senso comum construiu através dos tempos um conceito sobre “tempo”, mas se questionado inesperadamente para conceituá-lo, aquilo que parecia tão óbvio passa a ter outra conotação, pois diante da ciência a percepção de tempo tem muitas outras interpretações. Por essa razão, hoje aqui falaremos sobre o tema pelo viés de como temos vivido nosso “tempo”, a partir do dia a dia, das nossas perspectivas, e quem sabe até do pensamento que um grande cientista um dia registrou: “o tempo é o jeito que a natureza deu para não deixar que tudo acontecesse de uma vez só”.
A grande verdade é que tempo e vida se confundem. A vida tem um tempo para cada um, que deve ser vivido intensamente, valorizando cada segundo, pois ele não espera por ninguém. Um minuto perdido na vida é irrecuperável, cabendo a cada um a administração do seu tempo para que não o veja passar sem ter sido vivido. Quando criança ouvia muito dos adultos, em especial de meus pais: “tempo é dinheiro”. Naquela época não compreendia, mas hoje sei da profundidade dessa sabedoria popular. Para termos o dinheiro precisamos do tempo para ganhá-lo, mas sem esquecer que existe o tempo da vida que não pode ser desperdiçado, e deve ser vivido intensamente. Precisamos valorizar tudo o que nos rodeia, e passo a passo construirmos nossa história, pois temos compromisso com a construção de um mundo mais humano, justo e fraterno para as futuras gerações.
É muito interessante os diferentes olhares sobre o tempo. Quando somos crianças o tempo custa passar; quando jovens o tempo passa normal; na idade adulta passa muito rápido, “voando” como dizemos; e na velhice o tempo logo desaparece. Ao nascer trazemos uma senha com a hora do retorno. Nosso tempo aqui é finito…. Não sabemos qual a nossa cota, podendo esvair-se a qualquer momento, pois a única certeza que temos é que a morte um dia chega. Por isso, é preciso valorizar cada segundo, gastando-o de forma produtiva, evitando desperdício de tempo com inutilidades. Viver o presente, porque o passado é apenas memória; o futuro é a projeção que fazemos no presente, e logo será passado também. E como diziam os antigos em latim: “Carpe Diem”, viver bem, aproveitar o tempo fazendo o necessário em cada momento da vida.
Viver cada segundo é de vital importância …. Em diversos momentos da vida um segundo pode mudar: destinos, sonhos acalentados durante anos…. Uma partida de futebol tem seu tempo determinado. Não alcançado o objetivo no previsto outras situações acontecem, porém, a verdade é que há um limite, pois, o resultado é inadiável… Segundos tornam-se decisivos, e eis que um chute, no último segundo, muda o que parecia impossível. Imaginemos o sentimento de um corredor que perde a corrida, um título tão sonhado e planejado, no último segundo da competição? E tantas outras situações que num segundo podem mudar vidas…
Assim é o tempo na vida de cada de nós. Não podemos desperdiçá-lo, pois não volta. É como uma flecha: irreversível. Por isso, valorizar cada momento definindo prioridades, buscando objetivos, vivendo a vida com toda intensidade é o nosso grande compromisso, pois ela é passageira.
E como disse Dalai Lama: “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver”.
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Leitura: Passaporte para o sucesso. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso23/06/2023 14h00
A leitura é a mais poderosa arma para o desenvolvimento integral do cidadão, pois desenvolve criatividade, curiosidade intelectual e senso crítico, dando-lhe habilidade para entender o mundo, argumentar seus pontos de vista, persuadir, comunicar-se e buscar sua realização pessoal e profissional. Além de ampliar o conhecimento, a leitura enriquece o vocabulário, melhora a escrita, desenvolve a habilidade de comunicação e desperta o interesse de aprender e conhecer cada vez mais o mundo e a realidade que o cerca.
É inegável que somente pela leitura temos nossa capacidade de escrita ampliada, nosso vocabulário enriquecido, nosso poder de persuasão aguçado, levando-nos ao sucesso pessoal e profissional, desde que não façamos do hábito de ler uma atividade mecânica, mas sim um exercício cultural que se aperfeiçoa diariamente. Ler não é o simples fato de folhear páginas de livros; o conceito de leitura vai muito além do que nossa visão alcança. Precisamos aprender a penetrar nas entrelinhas de tudo o que nos rodeia, pois é lá que a essência das coisas se esconde. Pensamos, registramos nossos pensamentos por meio da escrita e interpretamos a escrita pela leitura. É preciso que nos conscientizemos que o homem se torna livre por meio da palavra, seja ela de que forma for.
O hábito da leitura deve ser cultivado desde a infância no seio familiar. A criança que cresce num ambiente onde o livro é presença constante, em que os pais demonstram interesse pela leitura, incorporará o hábito naturalmente. Esse processo se solidificará com a ida à escola, quando os professores exercerão papel fundamental na formação de bons leitores.
Com a evolução tecnológica surgiram novas ferramentas de leitura, e é preciso que os professores potencializem o uso delas. A internet facilitou muito, porque a leitura está a um clique nas telas dos tablets, celulares…. Não lê quem não quer. Hoje as redes sociais tomam uma boa parte do tempo dos jovens e crianças, mas cabe à escola e família a habilidade de transformar a tecnologia numa grande aliada para o desenvolvimento de bons leitores. É preciso haver discernimento, senso crítico para depurar as informações. As redes sociais são ótimas tanto para disseminar ideias, tornar alguém popular e como também pode arruinar reputações, pela facilidade e rapidez da comunicação. É exatamente esta rapidez que induz à pobreza de vocabulário, a erros sérios de escrita, à deficiência na caligrafia. Um dos maiores desafios dos usuários de internet é saber ponderar seu uso. E essa ponderação, esse entendimento passam pela leitura, cabendo a escola a intermediação nesse processo.
A leitura nos leva a diferentes mundos, torna-nos mais perceptíveis, dá-nos sensibilidade, amplia nosso intelecto. Tornamo-nos cidadãos respeitados quando sabemos expressar com clareza nossos conhecimentos contribuindo para as mudanças tão presentes e urgentes na sociedade atual.
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Descriminalização do aborto: sim ou não? Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso09/06/2023 15h15
Depois de algum tempo em “stand-by” volta à discussão a descriminalização do aborto, um assunto polêmico que divide opiniões. São muitos os argumentos prós e contras. De um lado os desfavoráveis por considerarem que a partir da fecundação um novo ser já existe e deve ser respeitado; do outro os favoráveis por considerarem que a vida só começa com o nascimento. Cada qual com seus argumentos e ideologias. Mas, será que o assunto está sendo levado à discussão como deveria para que não se caia numa armadilha, crie-se mais uma lei como tantas outras, só por criar? Será que a legislação vigente já não é suficiente para a solução do problema?
Sabemos que o art. 128 do Código Penal Brasileiro, datado de 1940, define as hipóteses de aborto legal, ou seja, aquele que poderá ser praticado por médico, auxiliado por sua equipe médica, em duas situações: quando a gravidez é resultado de abuso sexual ou põe em risco a saúde da mulher. Além disso, em 2012, um julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu que é permitido interromper a gestação quando se trata de feto anencéfalo, ou seja, não possui cérebro.
Considerando a evolução da medicina em 80 anos, ainda se pode afirmar que uma gravidez de risco precisa ser interrompida para resguardar a saúde da mulher? Talvez o código penal tivesse que se adequar, pois os novos recursos oriundos das altas tecnologias oferecem a segurança necessária. No entanto, o que se busca agora é a legalização do aborto por motivos dos mais variados, como: gravidez indesejada, razões particulares dos casais, superpopulação, a baixa renda da família, enfim tantos outros argumentos. Porém para quem defende o direito à vida, nada justifica roubar de um ser indefeso o direito de vir ao mundo, com exceção dos casos já previstos em lei. Somos sabedores que, com lei ou sem lei, o aborto é uma prática antiga, e a clandestinidade sempre existirá.
Estamos vivendo a era da banalização do sexo, promovida pela mídia manipuladora que hipocritamente expõe nossas crianças e jovens ao sexo precoce, sem responsabilidade, levando a muitas gravidezes indesejadas, engrossando as filas em busca de abortos clandestinos, colocando em risco muitas vidas. Não é o aborto que vai resolver o problema. Falta orientação sexual nas famílias, nas escolas, falta comprometimento da sociedade para com os cidadãos, falta políticas públicas de auxílio à gestante, falta campanhas de conscientização, falta informação sobre o risco de gravidez indesejada e das consequências advindas de um aborto, principalmente clandestino.
Há quem defenda a ideia de que a mulher é dona do seu corpo e tem direito de escolher o que achar melhor para si. Mas, terá ela o direito de matar uma vida que se instalou em seu corpo, um ser humano que depende dela por um determinado tempo? Ambos têm direitos iguais. É preciso preservar a vida humana. E para que isso aconteça é preciso chamar à responsabilidade a mulher, mas de igual forma o homem porque ele tem tanta responsabilidade quanto ela na gravidez, com uma única diferença: não será o corpo dele que carregará nove meses uma vida, mas deve ser parceiro durante a caminhada.
Li, gostei e compartilho com os leitores: “As mulheres que escolhem abortar porque acham que não está na hora de ter um filho, deveriam não reclamar quando um homem abandona uma mulher grávida porque não está pronto para ser pai”.
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“CASES” DE SUCESSO. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso03/06/2023 13h00
Nos meus quarenta e tantos anos como profissional da educação tanto ensinei quanto aprendi, o que me permitiu acumular, além de conhecimentos, grandes lições de vida, histórias incríveis de sucesso de alunos que passaram por minha vida em várias fases, da Educação Básica ao Ensino Superior. Como professora e também como gestora colecionei vivências e aprendizados inesquecíveis, muitos das quais são verdadeiros ”cases” de sucesso, que renderiam um belo livro, mas como não o escrevi, de vez em quando compartilharei alguns por aqui.
Como gestora de ensino superior costumava acompanhar, via coordenadores de curso e professores, a caminhada dos acadêmicos através de reuniões, conselhos de classe, bate-papos nos intervalos e visitas em sala de sala. Dentre tantas experiências, elucidarei hoje dois casos que servem como exemplo e inspiração para muitos jovens com espírito empreendedor, que postergam a busca do sonho pelas dificuldades que surgem, e não são poucas, a gente sabe. Contudo, é preciso que acreditemos que tudo é possível para quem traça metas e persegue com garra e determinação o caminho. Os obstáculos existem para nos colocar à prova, mas com foco, força e fé serão transpostos.
Meu primeiro registro trata-se de um humilde jovem que desde a infância era fascinado por computador, mas a situação financeira da mãe, separada do marido (com dois filhos) não permitia a aquisição do equipamento. Já adolescente juntou economias e conseguiu financiar o tão sonhado computador. Começa aí a saga de um menino que se tornaria um grande empresário na área da tecnologia. De posse do aparelho, começou a desbravar sozinho os mistérios do equipamento, chegando quase a desmontá-lo. E assim, foi adquirindo conhecimento. Com muito sacrifício, e graças a insistência de um parente entrou na universidade, optando pelo curso de Administração, que muito o auxiliou na jornada de empreendedor. Seu Trabalho de Conclusão de Curso, o TCC, foi inspirado na sua história de vida e sua projeção para o futuro, sendo avaliado com a nota máxima pela banca examinadora. Soube usar os conhecimentos adquiridos e, paralelo ao serviço público que exercia, iniciou uma pequena empresa como provedor de internet. Foi se aperfeiçoando e tornou-se um grande empresário ao expandir seus serviços para outras regiões. Enfrentou muitos desafios, altos e baixos, mas hoje aos 38 anos é um bem-sucedido profissional e economicamente, sem nunca ter perdido a humildade. Tornou-se um investidor arrojado, e o capital que conseguiu acumular proporciona-lhe uma vida tranquila, mas sua saga de crescer sempre persiste. É um grande exemplo para tantos que passam a vida reclamando, da crise, de falta de trabalho…. Seu nome: GUSTAVO ALVES CAMACHO, menino que aprendi admirar. Um vencedor…
Outro exemplo de superação e sucesso é de uma jovem de origem humilde, provida de valores que sempre pautaram sua caminhada. Funcionária de uma instituição financeira há anos, teve seu contrato de trabalho rescindido às vésperas do natal de 1995, sem causa justificada. O que fazer numa época dessa? Veio a frustração, mas com equilíbrio e determinação traçou planos…Sua veia de empreendedora veio à tona. Lidar com o povo era sua função na empresa. Que tal usar o conhecimento adquirido e começar o próprio negócio? O dinheiro recebido não era muito, mas resolveu correr o risco. Comprou peças de lingerie e tornou-se vendedora de porta em porta, não muito comum para a época. Uma atividade que demanda empatia e paciência. No início andava a pé, depois comprou uma bicicleta e hoje tem um bom carro. Com o negócio prosperando, resolveu em 2001 cursar uma universidade. No início de cada semestre procurava o setor contável da instituição, e num “chorinho” que só ela sabia fazer, quitava as mensalidades todas, conseguindo assim um desconto vantajoso. Optou pelo curso de Administração, afinal queria aprender novas técnicas para administrar sua pequena empresa. Usou sua história de vida e seu Trabalho de Conclusão de Curso, o TCC, foi um sucesso sendo avaliada com a nota máxima. Serviu de inspiração para muitos outros acadêmicos. Construiu seu patrimônio batalhando, tem uma vida estável, sem nunca ter perdido seus valores. Hoje é grata à demissão inesperada, pois foi a porta de entrada para sua independência financeira. GEANE MIGUEL é a pessoa de quem falo, por quem tenho grande respeito e admiração.
Que esses e tantos outros casos de sucesso possam servir de inspiração para outros mais… E como cantou Geraldo Vandré, no final dos anos 60: “ Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”