Entrevista com Valdemar Mazurana da Cáritas Diocesana de Tubarão

O Jornal da Guarujá recebeu em seus estúdios o presidente da Cáritas Diocesana de Tubarão, Valdemar Mazurana, para falar sobre o “Grito dos Excluídos”, um movimento que busca dar voz aos gritos ocultos e sufocados da sociedade, vindos das margens, porões e periferias. O objetivo é revelar publicamente as dores e sofrimentos que muitas vezes são ignorados ou escondidos pelas autoridades e governos. O “Grito dos Excluídos” também busca trazer à luz os problemas profundos que afetam o dia a dia da população de baixa renda.

Este ano marca o 29º aniversário do “Grito dos Excluídos”, que teve sua primeira edição em 7 de setembro de 1994. O movimento é uma iniciativa da Igreja Católica que visa conscientizar a sociedade sobre a necessidade de distribuição de renda e a importância das políticas públicas para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores.

Valdemar Mazurana explicou que o movimento foca em questões como distribuição de renda, acesso à saúde, terra para trabalhar, moradia, educação e justiça social. Ele ressaltou que o Brasil enfrenta desigualdades significativas, com cerca de 30% da população vivendo na pobreza, o que equivale a aproximadamente 60 milhões de pessoas.

O “Grito dos Excluídos” promove manifestações públicas, especialmente no dia 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, para questionar se o país é verdadeiramente independente e para sensibilizar a sociedade sobre as necessidades das camadas mais vulneráveis da população. Cidades como Florianópolis, Criciúma e Tubarão participam da ação.

O movimento é uma resposta à concentração de riqueza e ao crescimento da pobreza em regiões urbanas, onde a falta de oportunidades e políticas públicas adequadas tem levado à formação de bolsões de pobreza ao redor das grandes cidades.

A Cáritas Diocesana de Tubarão e outras organizações estão envolvidas em esforços para ajudar as famílias carentes, fornecendo recursos, assistência habitacional e outras formas de apoio.

O “Grito dos Excluídos” serve como um lembrete importante de que a desigualdade persiste no Brasil e que é necessário o comprometimento de todos os setores da sociedade e do governo para superá-la.

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