Cocal do Sul terá centro terapêutico com equipe especializada para atendimento de crianças com necessidades especiais
Espaço funcionará no antigo prédio da IEI Maximiliano Gaidzinski e oferecerá terapias com estrutura adaptada e apoio às famílias
A Administração de Cocal do Sul começou a colocar em prática um projeto previsto desde o início da atual gestão: a criação de um centro terapêutico voltado ao atendimento de crianças com autismo e outras condições do neurodesenvolvimento. O novo espaço está sendo implantado na estrutura da antiga Instituição de Educação Infantil (IEI) Maximiliano Gaidzinski, que passa por reformas coordenadas pelo arquiteto James Périco para se transformar em um ambiente acolhedor e funcional.
Durante o recesso escolar, o prédio passa por adaptações para atender às novas finalidades. O espaço conta com salas de aula, dois parquinhos, campinho e área de areia, e vem recebendo melhorias, como a construção de um parque sensorial. As crianças que estudavam na IEI serão transferidas para a nova IEI Rita Consoni no início do próximo semestre letivo.
O centro deve atender, inicialmente, cerca de 40 crianças com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar formada por fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, pedagogos e musicoterapeuta, todos especializados no atendimento de crianças com transtornos do neurodesenvolvimento.
“Vamos oferecer terapias individuais e também orientar as famílias, com grupos de apoio a pais atípicos e oficinas para que possam aplicar técnicas em casa e fortalecer o tratamento, contribuindo para o desenvolvimento global da criança”, afirma a secretária de Saúde, Giovana Galato.
O prefeito Ademir Magagnin ressalta que o projeto fortalece a integração entre as áreas da Saúde e da Educação. “Vamos transformar este espaço para garantir um atendimento especializado de qualidade. A ideia é implantar um pátio sensorial e oferecer um dos melhores ambientes da região para essas crianças”, afirma.
Como funciona o acesso às terapias
O acesso aos atendimentos segue o fluxo do SUS. A criança passa por avaliação com um médico da Atenção Primária à Saúde e, se houver suspeita de Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou deficiência intelectual, é encaminhada via regulação para a APAE, responsável pelo diagnóstico e elaboração do plano terapêutico.
A parceria entre a Prefeitura e a APAE assegura que as crianças recebam atendimentos especializados, com equipe qualificada e estrutura adequada, conforme as diretrizes da rede de cuidados. Além dos repasses federais via SUS, o município contribui com apoio financeiro e logístico: são R$ 710 mil anuais para custeio de salários e encargos trabalhistas, 15.500 litros de óleo diesel, 2.500 litros de gasolina e R$ 53.477,55 para merenda escolar, assegurados por leis municipais.
