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Vereador Vá se diz aberto ao diálogo e nega pedido de desculpas: “Não houve a palavra desculpa, eu não fui errado”

Por Ligado no Sul29/07/2025 11h30
Foto/Redação

Uma das entrevistas mais aguardadas após a sessão do dia 21, da  Câmara de Vereadores de Orleans foi a do vereador Osvaldo Cruzetta (PP), o Vá, líder do governo na Casa. Em entrevista ao Jornal da Guarujá na manhã desta terça-feira, 29, ele deu sua versão sobre o embate acalorado com o vereador Dovagner Baschirotto (MDB).

“É bom que a gente esclareça isso. Vamos do início dessa legislatura. Em uma das últimas reuniões, o nosso ex-prefeito (Jorge Koch) chegou na Câmara e disse que teria oito vereadores de oposição. Nunca aconteceu isso em Orleans. Ele já colocou os vereadores eleitos como oposição ao governo, governo esse que foi eleito pelo povo.”

O vereador relembrou que os partidos que perderam as eleições (PSDB e MDB) oficializaram a posição de oposição com um ofício assinado pelos presidentes. “Eu considero que aquela oposição ali era contra o município de Orleans”, afirmou. “Eu fiquei quatro anos apoiando o governo anterior porque sabia do compromisso com a cidade.”

Sobre o embate específico com Dovagner, Cruzetta explicou que tudo começou após críticas feitas pelo colega à área da saúde. “Ele estava na tribuna criticando muita coisa. Pedi uma parte, ele me concedeu, e com todo o respeito comecei a falar que também havia coisas boas. Falei do secretário Paulo Conti, que assumiu a pasta com competência.”

Vá mencionou exemplos positivos, como a implantação do teleconsulta, o novo posto de saúde e a presença de dois médicos no plantão, e afirmou que “não era só coisa ruim”. Segundo ele, a discussão começou quando Dovagner não gostou da réplica e passou a retrucar da tribuna.

“No momento em que ele me deu a palavra, quem poderia me cortar era o presidente. Aí começou a discussão. Eu falava da minha cadeira, ele da tribuna. Ambos nos alteramos. O presidente acertou ao suspender a sessão por cinco minutos”, relatou.

Segundo Cruzetta, após a suspensão, foi até onde Dovagner estava, para pegar um café e com o intuito de conversar. “A gente acabou discutindo, mas em nenhum momento teve agressão. Meu pensamento nunca foi esse.”

Diferente do que a vereadora Mirele Debiasi disse em entrevista concedida ao Jornal da Guarujá, no dia 24, o vereador negou que tenha pedido desculpas formais durante a reunião de comissões realizada na última quarta-feira. “A vereadora Mirele disse que eu pedi desculpas. A palavra desculpa não aconteceu, eu não fui errado. Se eu fui errado, ele (Dovagner) também foi.”

Segundo ele, o episódio aconteceu durante a discussão de um projeto nas comissões, quando o vereador Dovagner entrou na sala.  “Eu disse: Não tenho nada contra tua pessoa e nem contra a tua família. Agora, o debate aqui acontece, espero que isso não aconteça mais, mas enfim, aqui a Câmara é lugar do debate mesmo”.

O parlamentar ressaltou que os embates fazem parte do processo legislativo, mas criticou atitudes durante as sessões. “Quando um vereador está na tribuna, o outro fica fazendo gesto, micagem, não concordando, falando. Por isso o presidente pediu: ‘Por favor, deixa eu terminar meu pronunciamento’.” Ele ainda comentou o episódio envolvendo a vereadora Marlise Zomer (PSDB).

“Ela veio aqui na rádio, chorou, se fez de vítima, e depois estava lá tomando café, rindo dos outros. A Câmara de Vereadores é o parlamento, é lugar de coisa séria.”

Cruzetta defendeu respeito mútuo entre os parlamentares e disse que a Câmara não é espaço para divisão de gênero, mas de união. “Em nenhum momento foi direcionado a uma mulher. Falamos em vereadores e vereadoras. O respeito tem que ser de ambas as partes. Estamos ali para somar, não para dividir.”

O vereador e líder do governo reconheceu que apear das tensões, todos os vereadores, inclusive da oposição, estão na busca por recursos. “Todos os vereadores estão trabalhando, buscando recursos, trazendo emendas. Isso é importante, cada um fazendo a sua parte.”

Estacionamento rotativo

Questionado sobre o estacionamento rotativo, outro tema polêmico em Orleans, Vá explicou que a atual gestão precisou cancelar o contrato por inadimplência da empresa. “A empresa arrecadava e não repassava ao município. O prefeito notificou, deu prazo, mas ninguém apareceu. O decreto foi necessário.”

Segundo ele, os créditos dos usuários e as multas emitidas antes da suspensão estão sendo analisados. “O prefeito está estudando a melhor forma. A intenção é que ninguém saia prejudicado.”

Sobre o futuro do rotativo, afirmou que ainda não se sabe se será gerido pela prefeitura ou por nova concessão. “O importante é que funcione. O comércio precisa, a cidade precisa.”

Reunião entre situação e oposição?

Ao final da entrevista, o vereador disse estar aberto ao diálogo com todos os parlamentares, inclusive com o vereador Dovagner, para buscar entendimento e união na Câmara. “Acho até que concordo de fazer uma reunião para que a gente possa trabalhar ainda mais forte para o município, e é isso que a sociedade espera de nós. E não adianta um querer se fazer de vítima, outro querer ter razão, que ninguém é santo”, afirmou.

Para ele, é natural que ocorram erros, mas permanecer neles “é burrice”. O vereador destacou que, nas nove eleições das quais participou, nunca perdeu nenhuma, e afirmou que todos os vereadores também têm qualidades e histórias positivas. “Então é bom que a gente possa trabalhar unidos pelo município. Nós não queremos dividir os orleanenses, porque eu defendo isso aqui.”

Segundo ele, é normal que existam diferenças de opinião, mas isso não deve impedir a cooperação. “O resultado vai vir depois, na hora da eleição. Não se sabe quais são as futuras coligações que poderão acontecer. Eu sempre disse que os adversários de hoje são os aliados de amanhã na política.” Ele citou o próprio governo do Estado como exemplo de composição entre antigos opositores, inclusive o MDB, partido pelo qual já foi vereador e prefeito. “Muitas vezes eu sou criticado por isso, mas você tem que ter coragem, firmeza e determinação naquilo que você defende. É essa minha postura na Câmara de Vereador.”

Vá ainda reconheceu que seu jeito de se posicionar pode incomodar, mas afirmou ser convicto nas ideias que defende, “sempre visando o nosso município acima de tudo”.

Confira entrevista completa

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