Para uma melhor experiência neste site, utilize um navegador mais moderno. Clique nas opções abaixo para ir à página de download
Indicamos essas 4 opções:

Google Chrome Opera Mozilla Firefox Microsoft Edge
Ok, estou ciente e quero continuar usando um navegador inferior.

Secretário de Saúde rebate críticas do vereador Dovagner em sessão da Câmara e clima parece continuar tenso no Legislativo de Orleans

Após embates na Câmara, o Jornal da Guarujá ouviu o secretário Paulo Conti e o vereador Dovagner Baschirotto sobre as declarações feitas em tribuna

Por Ligado no Sul29/07/2025 09h30
Foto/Redação

Após uma semana marcada por embates e declarações polêmicas no Legislativo de Orleans, a 27ª Sessão Ordinária da Câmara, realizada na noite desta segunda-feira (28), contou com a presença do secretário municipal de Saúde, Paulo Conti. Ele utilizou a tribuna para rebater duramente as críticas feitas pelo vereador Dovagner Baschirotto (MDB) na sessão anterior. O Jornal da Guarujá ouviu os dois lados.

Conti afirmou que suas declarações refletem o que sentiu diante das falas do parlamentar, especialmente durante a sessão do dia 2 de junho. “O que eu disse, eu mesmo reforço. Não é que eu reforço, é verdade, é o meu sentimento, é o que eu senti aqui na segunda-feira passada, quando eu estava no auditório da Câmara, e também na gravação da reunião do dia 2/6. Foram acusações à saúde, algumas vezes sem ter a certeza do acontecimento”, pontuou.

O secretário se mostrou incomodado com afirmações feitas por Baschirotto de que em algumas unidades de saúde só seriam atendidas gestantes ou pacientes em busca de receitas médicas. “Não é verdade. Mas ele não veio aqui questionar, ele veio afirmar que acontece assim”, criticou, destacando que está disponível na secretaria das 8h às 12h e das 13h às 17h para esclarecimentos.

Uma das falas que mais desagradou Conti foi a de que “a saúde de Orleans despencou”. “Como despencou? Nós encontramos o CAPS sem alimentação, sem veículo, sem psiquiatra. Se ele diz que a saúde despencou, eu tenho o direito de dizer que ela já estava despencada”, declarou.

O secretário também apresentou números relacionados à vacinação para contestar a crítica de queda na qualidade do serviço. “Em 2024, a vacinação de gestantes, crianças e idosos foi de 3.564 pessoas. Em 2025, em sete meses, já são 3.665. Se considerarmos o público geral, foram 7.960 pessoas vacinadas em 2024 e 8.175 em 2025 até agora. O índice estadual hoje é 45,36%. Orleans está com 60,22%”, afirmou.

Em relação à fala da vereadora Mirele Debiasi (PSDB), que disse ter se sentido ofendida por um comentário sobre “capacidade intelectual” dos críticos da saúde, o secretário negou que tenha direcionado a frase aos parlamentares. “Talvez ela tenha entendido assim. Eu estava me referindo ao comportamento dos vereadores de maneira geral na última sessão, que foi bastante conturbada. Todos os partidos fizeram manifestações contrárias àquele comportamento”, explicou.

Questionado sobre eventuais mágoas, Conti disse que episódios como o ocorrido fazem parte da política. “Fui secretário em Criciúma duas vezes, estou aqui em Orleans porque fui convidado. Quero continuar esse trabalho com minha equipe, que é muito comprometida”, afirmou.

Dovagner se diz desrespeitado por fala de secretário

Também ouvido pelo Jornal da Guarujá, o vereador Dovagner Baschirotto se disse surpreso com a postura do secretário. “Foi lamentável, porque o secretário, em vez de trazer explicações pra comunidade, se dirigiu a mim. Não precisava vir na sessão pra falar comigo”, afirmou.

Baschirotto considerou que a fala foi dirigida diretamente a ele. “Tentou até dizer que não, mas como está gravado, foi direcionado a mim. Mas eu disse e repito: a fala não é do vereador Dovagner, é da população orleanense. O vereador levanta os fatos que estão acontecendo na cidade”, disse.

Ele negou que tenha feito acusações falsas. “Falei sobre situações que estão ocorrendo na saúde. Fico triste com a fala dele, e até com o descaso dele durante a sessão.”

Baschirotto também lembrou críticas que o atual grupo político fez no passado sobre secretários de fora. “Se lá atrás eles criticavam, vem agora a mesma fala. Isso faz parte do jogo político. A sessão foi tensa, mas hoje já foi um pouco mais apaziguadora. Ainda assim, acho que teremos muitos embates até o fim do mandato”, avaliou.

Sobre sua fala na tribuna em que disse “se a eleição fosse amanhã, eu estava fora”, o vereador reafirmou o desânimo momentâneo. “Se a eleição fosse amanhã, o vereador Dovagner não seria mais candidato. Agora, daqui a três anos e quatro meses, dependendo do que acontecer, estarei à disposição da população.”

“Falta diálogo com o Executivo”, aponta vereador

Para Dovagner, o cenário político atual reflete uma falta de abertura por parte da gestão municipal. “Tivemos uma reunião no Executivo sobre projetos de ruas. De lá para cá, não fomos chamados para mais nada. Eu acho que o Executivo deveria chamar ambas as partes para conversar”, opinou.

O vereador se disse disposto ao diálogo, mas relatou situações desconfortáveis envolvendo até setores da Prefeitura. “Achei constrangedor. Tem setores que foram orientados a não nos atenderem. Isso está me tirando o sono.”

Ao final, o vereador Dovagner disse que apesar dos embates na Câmara, a população pode contar com os vereadores. A gente não vai baixar a cabeça e vai continuar levantando os fatos, não só na saúde como na educação, infraestrutura, social, administrativo e no esporte. Fomos eleitos pra isso e vamos continuar fiscalizando.”

Confira entrevista completa

0
0

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Compartilhe essa notícia

VER MAIS NOTÍCIAS