Quem é Paulo Freire? Por Ana Dalsasso

Falar sobre Paulo Freire, o dito herói da educação brasileira, sob a ótica de uma educadora “à moda antiga”, certamente vai gerar polêmica entre a atual geração de professores, que doutrinados foram pelo método da “Pedagogia do Oprimido”, contribuindo assim para que o caos se instalasse no sistema educacional do país.
Paulo Freire foi um extremista de esquerda, um comunista, um dos maiores responsáveis pela decadência da educação no Brasil. Definia como objetivo da educação o desenvolvimento da consciência social, a luta de classe, buscando a produção em massa de militantes de esquerda, relegando a segundo plano a busca pelo conhecimento para formar cidadãos mais produtivos e competitivos na sociedade, conscientes de sua responsabilidade.
Hoje o país paga o alto preço da ignorância. Nossos estudantes têm as piores notas em avaliações internacionais. Dizem as pesquisas que são necessários cinco brasileiros para produzir o que um americano produz. Temos pessoas sem cultura, sem capacidade, sem espírito crítico, grande número de analfabetos funcionais, aos quais são negadas as ferramentas intelectuais básicas para o desenvolvimento cognitivo. Sem o conhecimento são verdadeiras massas de manobra.
Paulo Freire, o “Patrono da Educação”, a meu ver não é merecedor de tão honroso título, defendido por tantos, porém sem ser realmente conhecido pela maioria. Sem medo de errar: grande parte dos professores não conhecem Paulo Freire, alguns sequer leram sua biografia, ignoram a face oculta da história. Triste constatação, mas é a realidade. Doutrinou perfeitamente, e seus doutrinados foram cumprindo à risca seus ensinamentos, para hoje termos uma educação totalmente deteriorada. Só não enxerga que não quer.
Paulo Freire não criou uma proposta de ensino; criou um manifesto político, por meio do qual as crianças tornaram-se desobedientes de formas diferentes: rejeitando a autoridade, desprezando o conteúdo e valorizando o ativismo, e passando a ver os pais como opressores.
Na Pedagogia do Oprimido a alfabetização foi relegada a segundo plano; o objetivo era transformar o aluno em agente social de mudança. O aluno não precisava aprender, mas sim combater, questionar e resistir. Pai, professor, patrão eram chamados de opressores. Disciplina virou opressão, o erro foi normalizado. O aluno é ensinado a fazer tudo por militância; a sala de aula virou espaço de luta. A família começou a ser vista como estrutura opressora, os pais como problemas e a escola como ferramenta para a revolução cultural. Mas, que revolução é essa se a cada dia mais cresce o número de analfabetos funcionais, verdadeira massa de manobra, incluindo jovens professores que já chegam completamente doutrinados?
Paulo Freire foi um atraso ao desenvolvimento das potencialidades. Não precisa ser intelectual para perceber o estrago que fez à nação brasileira. Sua pedagogia não consiste num método de ensino, mas na defesa de uma educação instrumentalizada para formação de militantes revolucionários. E mais: o Brasil é o único país do mundo em que o pensamento de Paulo Freire teve profunda penetração política.
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