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Causas e consequências da falta de leitura. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso19/08/2025 15h00
Imagem/Pinterest

A leitura é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento pessoal e social de qualquer nação. No Brasil, no entanto, a falta de leitura tem se tornado um fenômeno alarmante, com implicações profundas na formação cultural, intelectual e na cidadania dos indivíduos. Para entender as causas e consequências desse cenário, é necessário abordar tanto os fatores que contribuem para a escassez de hábitos de leitura, quanto os impactos que essa ausência provoca no cidadão.

Muitas são as causas da falta de leitura, mas a ausência de políticas públicas eficazes que promovam a leitura desde a infância é um fator determinante. O incentivo à leitura nas escolas é muitas vezes negligenciado, e o currículo escolar frequentemente prioriza conteúdos que não despertam o interesse dos alunos, afastando-os dos livros.

A cultura e a mídia também desempenham um papel significativo na promoção ou na desvalorização da leitura. O consumo de entretenimento por meio de televisão e internet tende a ser mais atrativo do que a leitura. As redes sociais, por exemplo, se tornaram um espaço onde o tempo e a atenção são consumidos rapidamente, o que pode desincentivar a leitura de obras mais complexas e que demandem maior concentração.

As consequências da falta de leitura são alarmantes e afetam diretamente a formação do cidadão. O déficit no hábito de ler prejudica o desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade analítica. Os indivíduos que não têm acesso a uma boa formação literária tendem a ter dificuldade em interpretar textos, o que impacta sua atuação em diversos contextos, desde o acadêmico até o profissional. A falta de leitura aumenta a intolerância e a desinformação, horizontes são tolhidos, o conhecimento é negado, aliena-se o cidadão, tornando-o massa de manobra de quem detém o poder.

A ausência de habilidades críticas gera um ciclo de apatia, onde os cidadãos não se sentem motivados a participar ativamente nas decisões que afetam suas vidas, como a política e a cidadania. Dessa forma, o Brasil carece de um eleitorado cidadão e consciente, elementos essenciais para o fortalecimento da democracia.

Professores precisam acordar para essa realidade. É preciso que se retome o hábito de leitura em nossas crianças e jovens, pois estamos formando analfabetos funcionais. Cerca de trinta por cento da população brasileira hoje não consegue compreender textos simples nem realizar operações matemáticas básicas. As novas gerações estão emburrecendo muito rapidamente. Daí a pergunta: o que será do futuro que hoje se faz?

Enquanto isso, o governo anuncia que em 2026 não serão distribuídos livros didáticos por falta de dinheiro. O que esperar de um mandatário analfabeto, cercado por um bando de irresponsáveis e individualistas que legislam em causa própria? Que país é este?

Lembrando que Monteiro Lobato escreveu: “Um país se faz com homens e livros”, enfatizando a importância tanto da educação e do conhecimento, simbolizados pelos livros, quanto da ação e participação dos cidadãos na construção de uma nação. Mas, parece que no Brasil estamos deficitários não só de livros, mas muito mais de homens de bem que pensem o futuro das novas gerações.

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