Vanessa Perin é mentora de Comunicação para negócios.
Graduada em Letras, pela UNISUL, com pós em Coaching Educacional e Oratória, potencializa os resultados de empresas por meio de uma comunicação clara e assertiva.
O tal do GERUNDISMO. Por Vanessa Perin
Por Vanessa Perin08/08/2024 14h59
Imagine que você acabou de receber uma mensagem de um fornecedor que diz: “Vou estar enviando o contrato amanhã.” Você pode se perguntar: “mas quando exatamente ele vai enviar?” Essa falta de clareza pode causar confusão e atrasos.
No ambiente profissional (e no pessoal também, convenhamos, porque ninguém gosta de perder tempo), é essencial ser claro e objetivo. Por isso, usar o gerundismo é um erro.
Vou explicar a diferença entre gerúndio e gerundismo.
O gerúndio existe na Língua Portuguesa e está perfeitamente correto. Ele equivale ao “ndo” no fim dos verbos e serve para expressar algo que esteja acontecendo no momento da fala. Por exemplo, o que você está fazendo neste exato momento? LeNDO este texto. Isso é o gerúndio.
Já o gerundismo é o que você leu no início deste texto: “vou estar enviando”. Foram usados 3 verbos equivalendo a um (ou a dois: VOU ESTAR ENVIANDO = 3 verbos). Perceba que podemos substituí-los por: “vou enviar” ou “enviarei”.
Por esse motivo, usar “vou estar fazendo,” “vou estar enviando” etc pode dar a impressão de falta de compromisso.
Em vez disso, opte por frases mais objetivas e assertivas. Dizer “vou enviar o contrato amanhã” elimina qualquer ambiguidade e transmite uma mensagem clara.
Portanto, da próxima vez que for enviar uma mensagem pelo WhatsApp, lembre-se de evitar o gerundismo. Seja claro(a) e objetivo(a), garantindo que a sua comunicação seja eficiente e sem margem para dúvidas. Seu cliente agradece.
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Você já ouviu falar em “palavras homófonas”? Por Vanessa Perin
Por Vanessa Perin30/07/2024 15h19
Palavras homófonas são aquelas que possuem o mesmo som/a mesma pronúncia, porém tanto a escrita quanto o significado são diferentes.
Cessão (ato de ceder), sessão (reunião ou encontro) e seção (divisão ou parte) são frequentemente confundidas, o que costuma causar mal-entendidos.
“Cessão”: Ato de ceder.
Exemplo errado: A sessão de direitos foi formalizada em cartório.
Exemplo certo: A cessão de direitos foi formalizada em cartório.
“Sessão”: Reunião ou encontro.
Exemplo errado: A cessão do tribunal começou pontualmente às 9h.
Exemplo certo: A sessão do tribunal começou pontualmente às 9h.
“Seção”: Divisão ou parte.
Exemplo errado: A sessão criminal do tribunal é bastante organizada.
Exemplo certo: A seção criminal do tribunal é bastante organizada.
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Redundância e pontuação em citações. Por Vanessa Perin
Por Vanessa Perin23/07/2024 14h15
Redundância é a repetição desnecessária de informações ou palavras em uma frase ou texto, que não acrescenta em nada. Na comunicação, especialmente em contextos formais como documentos jurídicos, evitar a redundância é importante para manter a clareza, objetividade e concisão.
Exemplo errado: O juiz proferiu a sentença final.
Exemplo certo: O juiz proferiu a sentença. Sentença já é o fim.
Além disso, a pontuação em citações diretas é muitas vezes usada incorretamente também, com o uso inadequado de aspas.
Uso de aspas para trechos da lei ou citações:
Exemplo errado: O artigo 5º afirma que todos são iguais perante a lei.
Exemplo certo: O artigo 5º afirma que “todos são iguais perante a lei”.
Obs.: o ponto vai após fechar as aspas, pois representa a finalização da frase que começou em “O artigo…”.
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“A fim” ou “afim”? Por Vanessa Perin
Por Vanessa Perin16/07/2024 14h10
Outro erro bastante comum é com as expressões “a fim” (finalidade) e “afim” (afinidade ou semelhança).
Explicação:
“A fim”: indica finalidade.
Exemplo errado: O advogado entrou com uma petição afim de obter uma liminar.
Exemplo certo: O advogado entrou com uma petição a fim de obter uma liminar.
“Afim”: indica afinidade ou semelhança.
Exemplo errado: Os advogados tinham interesses a fim.
Exemplo certo: Os advogados tinham interesses afins.
Dominar o uso correto de “a fim” e “afim” é crucial para evitar equívocos na escrita de documentos jurídicos.
Lembre-se sempre de que uma redação bem elaborada não só facilita a compreensão dos leitores, como também reforça a credibilidade do profissional.