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Vanesa Bagio Mente em Foco
Psicóloga, empreendedora e especialista em saúde mental.
Vanesa Bagio é uma psicóloga apaixonada por desenvolvimento humano, dedicando sua carreira através de orientações para o autodesenvolvimento, auxiliando pessoas a descobrirem seu potencial e encontrar o equilíbrio emocional, com ampla experiência em atendimentos individualizado, familiares e casais, presencial e online, vêm transformado a vida de pessoas no Brasil e também no exterior.
Com formação em psicologia e especialização em diversas áreas, suas abordagens psicoterapêuticas combinam com técnicas, métodos criativos e dinâmicas psicológicas inovadoras, promovendo principalmente o controle da ansiedade.
Além de seu trabalho clínico, Vanesa possui mais de 10 anos de vivência na área de Recursos Humanos, o que lhe confere conhecimento sobre diversos aspectos relacionados ao mundo corporativo, atuando nas empresas em Recrutamento e Seleção, palestras, workshops e conteúdo educacional. Seu objetivo é capacitar as pessoas para superar desafios emocionais, promover a inteligência emocional, relacionamentos saudáveis e alcançar uma vida significativa.
Muito ativa na sociedade, além das especialidades, também é Practitioner em Programação Neurolinguística – PNL
Nem tudo que é rápido é inteligente: o perigo da geração CTRL+C. Por Vanesa Bagio
Por Vanesa Bagio02/05/2025 15h00
Foto/Banco de imagens Freepik
Vivemos uma era onde o pensamento ágil é valorizado, mas nem sempre compreendido em sua profundidade. Como psicóloga, observo com preocupação o crescimento de um comportamento cada vez mais comum: o consumo rápido e sem interpretação de informações, ideias e soluções emocionais. É o que chamo de “efeito Ctrl+C” — uma mentalidade que copia o conteúdo alheio, sem o devido processo de reflexão ou elaboração pessoal.
Essa pressa em obter respostas prontas tem custado caro à saúde mental. Estamos formando indivíduos cada vez mais reativos, com baixa tolerância à dúvida e pouca capacidade de sustentar uma opinião própria. A inteligência, no entanto, não se limita à memorização de dados ou à repetição do que já foi dito. Ela se revela na capacidade de pensar com profundidade, questionar, elaborar emoções e produzir sentido a partir da experiência vivida.
A geração ao qual chamo de “efeito Ctrl+C” corre o risco de se tornar funcionalmente inteligente, mas emocionalmente empobrecida. Porque inteligência verdadeira exige tempo, presença e autoria. E isso não se copia — se constrói.
A inteligência artificial pode e deve ser uma aliada. Mas nunca uma substituta da criatividade humana, da escuta interna, da ética e da sensibilidade. Caso contrário, corremos o risco de trocar autenticidade por velocidade. E nesse jogo, o preço é alto: perdemos não só o pensamento próprio, mas a conexão com o que nos torna humanos.
Nesse contexto, as leituras saudáveis e bem escolhidas se tornam um verdadeiro ato de resistência. Livros que promovem reflexão, que estimulam o autoconhecimento e a empatia, são poderosos aliados na construção da inteligência emocional. Ao ler, ativamos áreas do cérebro que nos conectam com sentimentos, com a perspectiva do outro e com nossa própria história. Diferente do consumo superficial de conteúdos rápidos, a leitura profunda nos ensina a pausar, refletir e integrar experiências — habilidades essenciais para lidar com as emoções de forma madura e consciente.
Em tempos de algoritmos rápidos e respostas automáticas, é urgente lembrar: a inteligência artificial pode até acelerar processos, mas é a inteligência emocional que sustenta relações, escolhas e propósito. O equilíbrio entre as duas é o que define não apenas um profissional preparado, mas um ser humano consciente de si e do mundo.
Fique bem!
Siga @vanesabagio.psi para buscar mais informações e lembre-se: “Sua saúde mental importa tanto quanto qualquer outra área da sua vida.”
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Clinomania: quando o refúgio da cama vira sua prisão. Por Vanesa Bagio
Por Vanesa Bagio24/04/2025 15h00
Foto/Reprodução
Clinomania, o que é isso?
Esse termo, pouco conhecido fora do universo da saúde mental, descreve um comportamento cada vez mais frequente no consultório psicológico: o desejo excessivo e incontrolável de permanecer na cama, mesmo sem sono ou necessidade física de descanso.
Mais do que uma simples preguiça ou vontade de relaxar, a clinomania pode estar associada a condições emocionais mais profundas, relacionadas com a depressão, ansiedade, transtornos de estresse ou fadiga crônica. Na minha prática como psicóloga, percebo que muitas pessoas recorrem à cama como uma tentativa inconsciente de escapar da sobrecarga emocional, do medo de fracassar ou da pressão por produtividade constante.
Fique atento aos sinais de alerta, eles podem serem silenciosos:
Começara a sentir uma necessidade intensa de permanecer deitado(a) por longos períodos, mesmo sem sono;
A cama será um refúgio para evitar responsabilidades, interações sociais ou decisões;
Sentirá culpa ou frustração por não conseguir sair da cama, mas ainda assim repete esse comportamento;
Perceberá impacto negativo no trabalho, nos estudos ou nos relacionamentos;
O isolamento social virá sem perceber.
É importante diferenciar a clinomania do descanso saudável.
Deitar para recuperar energias após uma semana intensa ou para se reconectar consigo mesma faz parte do autocuidado. O problema começa quando o tempo na cama deixa de ser reparador e se transforma em isolamento, procrastinação e sofrimento.
Seguem algumas dicas essenciais que aplico com meus pacientes:
Comece investigando o que a cama representa para você: Ela é um espaço de proteção? Uma fuga? Um lugar onde você se sente seguro por não precisar lidar com cobranças? Entender esse simbolismo ajuda a construir novos recursos de enfrentamento.
Crie hábitos de transição entre cama e dia, como abrir a janela, lavar o rosto, colocar uma música leve ou tomar um banho pode funcionar como gatilhos positivos para sair do estado de inércia.
Dê um passo por vez: em vez de pensar “preciso levantar e resolver tudo hoje”, pense: “o que eu posso fazer agora que me ajuda a sair da cama?”. Pequenas metas são mais realistas e reforçam a autoconfiança.
Tenha acolhimento profissional: psicoterapia é um caminho seguro para investigar as causas emocionais da clinomania e desenvolver estratégias para enfrentá-la de forma amorosa e eficaz.
Cuidado com a autocrítica: se cobrar demais só alimenta o ciclo da imobilidade. Gentileza interna é um fator chave para a mudança de comportamento.
A clinomania é, muitas vezes, um grito silencioso do corpo e da mente pedindo por ajuda, pausa e reconexão. Se você ou alguém próximo está passando por isso, saiba: não é fraqueza. É sinal de que algo precisa ser cuidado com carinho e responsabilidade.
Estou aqui para lembrar que sair da cama, em meio à dor emocional, é mais do que um simples gesto, é um ato de resistência psíquica. Em tempos de esgotamento, cada movimento rumo à vida é um grito silencioso de que ainda há força dentro de você..
Fique bem!
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Novas faces do sofrimento emocional: do ‘FOMO’ à ‘NOMOFOBIA’, conheça os termos que refletem os desafios emocionais da era digital. Por Vanesa Bagio
Por Vanesa Bagio17/04/2025 15h00
Foto/Banco de Imagens -Freepik
A saúde emocional vem sendo influenciada pelo contexto social em que vivemos. Com o avanço acelerado da tecnologia, das redes sociais e da ‘hiperconectividade’, novos comportamentos e sintomas emocionais começaram a surgir e com eles, novos nomes também.
Falar desses termos não é apenas seguir uma tendência, é dar nome ao sofrimento psíquico moderno, legitimando dores que muitos vivem em silêncio, sem compreender que não estão sozinhos e que existe, sim, caminho para o cuidado.
A seguir, trago os principais conceitos que vêm sendo discutidos atualmente no campo da saúde mental, especialmente os que emergem como consequência direta da vida digital.
Mas psicóloga Vanesa o que seria esse termo ‘FOMO’?
É aquele medo constante de estar perdendo algo importante: uma festa, uma notícia, uma conversa, uma oportunidade, informações nem tão importantes. Para contextualizar esse termo, ele apareceu pela primeira vez em estudos sobre o impacto das redes sociais no comportamento social, especialmente entre os jovens, trazendo impacto nas emoções, como crises de ansiedade, insatisfação constante, baixa autoestima, comparações. A pessoa vive em alerta, comparando-se com os outros e sentindo que sua vida é sempre “menos interessante”.
Gatilhos mentais: ficar checando o celular de 5 em 5 minutos, dificuldade em aproveitar o presente, ansiedade social, exaustão mental.
E o que É NOMOFOBIA?
Pânico ou desconforto extremo ao ficar sem o celular ou sem conexão com a internet. Ganhou força nos últimos anos, especialmente após a pandemia, quando o celular virou nosso principal canal de conexão com o mundo. A nomofobia pode gerar sintomas de abstinência, irritabilidade, crises de ansiedade e até insônia. Gatilhos mentais: medo de sair de casa sem o celular, necessidade de mantê-lo sempre por perto (inclusive no banho), sensação de angústia se a bateria estiver acabando.
Como psicóloga, deixo três alertas:
Não espere o sofrimento “gritar” para procurar ajuda – a maioria desses quadros começa de forma sutil.
Tecnologia não é vilã – o problema está no uso desregulado, sem consciência emocional.
Cuidar da saúde mental na era digital é um ato de resistência – e também, de amor-próprio.
Vivemos em tempos de excesso: de estímulos, de informações, de comparações.
Mas também podemos escolher o caminho da consciência, do limite e do autocuidado.
Reconhecer as novas faces do sofrimento emocional não é modismo — é um passo essencial para preservar o que temos de mais precioso: nossa essência emocional.
Fique bem!
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Quando a emoção “engasga”: como traumas silenciosos sabotam a autenticidade. Por Vanesa Bagio
Por Vanesa Bagio10/04/2025 15h00
Foto/Freepik.com
Sabe aquele nó na garganta que aparece do nada? Aquela vontade de chorar que não tem motivo? Ou a sensação de estar vivendo no modo automático, como se você tivesse se perdido de si mesmo?
Esses sinais silenciosos são como pequenas mensagens que o corpo envia quando a emoção “engasga” — não porque ela não quer sair, mas porque em algum momento da sua história, ela foi negligenciada, deixada de lado.
Os traumas que não fizeram barulho, mas a maioria das pessoas associa a palavra trauma a algo visível, material, grandioso e impactante, como um acidente, um luto, uma violência. Mas, na minha prática clínica, o que chamo de traumas silenciosos:
vem de encontro a críticas constantes na infância, o medo de errar, o elogio condicionado ao desempenho, a ausência emocional de quem deveria cuidar, o ser excelente em tudo.
Essas experiências, por parecerem “normais”, não são nomeadas como traumas. Mas elas vão construindo, tijolo por tijolo, uma prisão invisível que afasta você de quem realmente é.
A emoção que não pôde ser sentida vira sintoma quando não encontra espaço para ser expressada, ela não desaparece. Ela se transforma: em ansiedade, em cansaço crônico, em explosões emocionais aparentemente “sem motivo”. Você passa a viver desconectado de si, tentando se adaptar ao que esperam de você. É o que chamo de autenticidade sufocada, aquela sensação de estar interpretando um papel o tempo todo.
A armadilha da autossuficiência reflete nas pessoas que passaram por traumas silenciosos, tornam-se adultas extremamente responsáveis, cuidadoras, fortes.
Mas por trás dessa força, muitas vezes existe uma criança que precisou engolir o choro para não incomodar. E, hoje, mesmo sem perceber, ela continua ali, pedindo espaço para sentir com liberdade.
A essência precisa ser resgatada para ocorrer o entendimento dos traumas, o controle das emoções não está em apagar o que foi vivido, mas em reconhecer aquilo que foi negado. É um processo de permitir-se sentir, mesmo que o sentimento venha confuso, desconfortável e intenso. É validar sua história sem se definir por ela.
É dar um nome para aquela emoção que ficou presa na garganta por anos e, finalmente, acolhê-la como parte de você.
Como psicóloga, acredito que a verdadeira gestão emocional não é sobre controlar tudo. É sobre permitir-se sentir, com consciência a sua essência. É sobre aprender que a vulnerabilidade não te enfraquece, e sim, ela te devolve a humanidade que os traumas tentaram roubar.
Quando você se reconecta com sua emoção, você se reconecta com sua essência. E aí, você volta a ocupar o lugar que sempre foi seu: onde a sua essência é intocável, e ninguém mais pode moldar quem você é.
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