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Ligado no Sul
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Nova atualização da NR-1 inclui riscos psicossociais: especialista explica o que muda para as empresas

Por Ligado no Sul19/11/2025 14h00
Foto/Arquivo Pessoal

A recente atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que define as diretrizes do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), trouxe uma mudança histórica para a área de saúde e segurança do trabalho no Brasil: pela primeira vez, os riscos psicossociais — como estresse crônico, assédio moral, sobrecarga, insegurança no trabalho e jornadas excessivas — foram incluídos oficialmente entre os riscos que devem ser identificados, avaliados e controlados pelas empresas dentro do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).

Segundo a especialista em neurociência e comportamento Caroline Favero Kalvelage, responsável pelo desenvolvimento de soluções da Favero Consultoria, a mudança representa uma nova fase na relação entre produtividade, bem-estar e prevenção de adoecimentos ocupacionais.

“Os riscos psicossociais agora estão no mesmo nível de atenção dos riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos. Isso muda completamente a forma como a saúde mental deve ser tratada dentro das organizações”, explica Caroline.

Por que essa mudança foi necessária

Caroline aponta três motivos principais para a inclusão dos riscos psicossociais na NR-1:

  1. Aumento expressivo de adoecimentos mentais relacionados ao trabalho.
    Nos últimos anos, houve um crescimento acentuado de afastamentos e benefícios previdenciários por transtornos mentais e comportamentais, com alto custo social e financeiro.
  2. Alinhamento com boas práticas internacionais.
    Organismos como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a ISO 45003 já recomendam a gestão de riscos psicossociais como parte dos sistemas de Saúde e Segurança no Trabalho.
  3. Mudança nas relações de trabalho pós-pandemia.
    A adoção do trabalho remoto e híbrido, a intensificação do uso de tecnologias digitais e a pressão crescente por resultados criaram novos fatores de risco que exigem abordagem proativa das empresas.

“O trabalho mudou, e as relações também. As pessoas estão mais conectadas, mas também mais sobrecarregadas. Essa norma vem para equilibrar performance e saúde mental, que não podem mais ser vistas como temas separados”, pontua.

Como os riscos psicossociais se manifestam nas empresas

De acordo com a especialista, os riscos psicossociais aparecem no cotidiano de forma sutil, mas com efeitos mensuráveis:

  • aumento de faltas e afastamentos;
  • presenteísmo (trabalhar mesmo sem condições plenas);
  • queda de produtividade e qualidade;
  • alta rotatividade e dificuldade de retenção;
  • conflitos interpessoais e queixas formais de assédio;
  • sintomas individuais como irritabilidade, insônia, dores e isolamento.

“Esses sinais precisam ser levados a sério. São indicadores de que o ambiente de trabalho está adoecendo pessoas”, observa Caroline.

Práticas de gestão que favorecem o adoecimento

A especialista lista algumas práticas recorrentes nas empresas que aumentam o risco de estresse e adoecimento mental:

  • Metas inalcançáveis ou mal definidas;
  • Sobrecarga crônica de trabalho;
  • Falta de clareza sobre papéis e responsabilidades;
  • Liderança punitiva ou comunicação agressiva;
  • Jornadas extensas e falta de pausas;
  • Cultura organizacional que normaliza o assédio ou silencia denúncias.

“Esses fatores são tão perigosos quanto riscos físicos. O problema é que não deixam marcas visíveis, mas corroem a saúde das equipes e os resultados no longo prazo”, alerta.

Desafios para as empresas se adequarem

A implementação das novas exigências enfrenta quatro grandes desafios, segundo Caroline:

  • Cultura corporativa: muitas organizações ainda enxergam saúde mental como problema individual.
  • Capacitação técnica: falta de profissionais preparados para mensurar e analisar riscos psicossociais.
  • Base de dados: dificuldade em transformar informações subjetivas em indicadores mensuráveis.
  • Recursos: especialmente em micro e pequenas empresas, há receio de custos ou de implicações trabalhistas.

“Adequar-se à norma exige mudança de mentalidade. As empresas precisam entender que investir em bem-estar é investir em produtividade sustentável”, resume.

Como identificar e avaliar riscos psicossociais

Caroline propõe um checklist prático para orientar as empresas na aplicação da nova exigência:

  1. Governança: nomear responsáveis e envolver RH e Segurança do Trabalho (SST).
  2. Mapeamento inicial: usar ferramentas válidas como questionários, entrevistas e análise de indicadores (absenteísmo, turnover, reclamações).
  3. Classificação e priorização: identificar setores e cargos com maior exposição.
  4. Avaliação combinada: integrar dados objetivos e percepções dos colaboradores.
  5. Plano de ação: definir medidas preventivas, indicadores e prazos.
  6. Monitoramento contínuo: revisar periodicamente resultados e ajustes.

“Ferramentas digitais, como o Sistema Dibe, automatizam etapas e tornam o diagnóstico acessível até para pequenas empresas”, explica Caroline, citando a plataforma desenvolvida por sua equipe para medir indicadores de bem-estar e mapear riscos psicossociais.

Medidas corretivas e preventivas

Quando o diagnóstico identifica risco elevado, Caroline recomenda intervenções em três níveis:

  • Organizacional: revisão de jornadas, metas e políticas de prevenção ao assédio.
  • Interpessoal: capacitação de líderes em comunicação, feedback e mediação de conflitos.
  • Individual: suporte psicológico breve e programas de retorno ao trabalho.

“Os maiores resultados vêm das mudanças organizacionais — não apenas do suporte individual”, reforça.

Fiscalização e prazos

A especialista explica que a fiscalização da norma terá caráter educativo no início, mas as autuações devem começar em maio de 2026, conforme cronograma de implementação.

“Ainda é um processo em construção. A avaliação de riscos psicossociais exige auditores capacitados, mas o movimento é irreversível. A responsabilidade primária, no entanto, é das empresas”, diz.

Impactos e benefícios esperados

Empresas que adotam políticas estruturadas de prevenção registram resultados consistentes:

  • Redução de afastamentos e custos com saúde;
  • Melhoria de produtividade e clima organizacional;
  • Redução da rotatividade e aumento do engajamento;
  • Fortalecimento da imagem empregadora;
  • Maior segurança jurídica.

“A gestão dos riscos psicossociais é uma oportunidade de transformar produtividade em algo sustentável. Menos adoecimento, mais engajamento e melhor performance”, conclui Caroline Favero Kalvelage.

Sobre a especialista
Caroline Favero Kalvelage é neurocientista comportamental e consultora com mais de 20 anos de experiência em projetos voltados ao bem-estar, performance e desenvolvimento organizacional. É Speaker TEDx, docente de MBA e desenvolvedora do Sistema DIBE, software de medição de indicadores de bem-estar e riscos psicossociais. Tem especializações em Marketing e Neurociência Comportamental, Cultura Organizacional e Programação Neurolinguística, e certificação internacional da ONU/Sebrae Nacional como facilitadora do Seminário Empretec.

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Prefeitura de Siderópolis altera expediente devido ao feriado da Consciência Negra

Por Ligado no Sul19/11/2025 13h00
Foto/Divulgação

A Prefeitura de Siderópolis anunciou mudanças no atendimento ao público nesta semana em razão do feriado nacional do Dia da Consciência Negra, celebrado na quinta-feira, dia 20. Não haverá expediente nas repartições municipais nessa data.

Já na sexta-feira, dia 21, será ponto facultativo, porém a medida abrangerá apenas as secretarias de Obras, Agricultura e Assistência Social e as escolas da rede municipal. Os demais setores da Prefeitura funcionarão normalmente, mantendo o atendimento ao público sem alterações.

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Urussanga promove campanha de arrecadação de água para destinar a Rio Bonito do Iguaçu

Por Ligado no Sul19/11/2025 12h00
Foto/Divulgação

Uma campanha de arrecadação de água mineral será realizada em Urussanga para ser destinada a Rio Bonito do Iguaçu, cidade paranaense atingida por um tornado que provocou sete mortes e destruiu mais de 90% da estrutura municipal. Um ponto de coleta vai estar disponível neste sábado, dia 22, das 9 às 12 horas, na Praça Anita Garibaldi, para receber as doações.

A mobilização solidária é realizada pelo Procon, em parceria com a Defesa Civil, Secretaria de Assistência Social, com o apoio das demais entidades e autoridades. “A situação em Rio Bonito do Iguaçu é muito delicada, e entendemos que a água potável é uma das necessidades mais urgentes. Contamos com a solidariedade dos urussanguenses para ajudar quem está enfrentando esse momento difícil”, destaca a coordenadora do Procon, Tatiane da Costa.

Toda a água arrecadada em Urussanga será transportada pela Transportadora Hoffmann até Rio Bonito do Iguaçu e entregue à Defesa Civil local, responsável pela triagem e distribuição dos mantimentos que foram enviados de diversas regiões do país.

No dia 7 de novembro, Rio Bonito do Iguaçu foi atingida por um tornado que varreu a cidade com ventos superiores a 250 km/h. De acordo com dados da Defesa Civil do Paraná, o fenômeno afetou cerca de 10 mil pessoas, resultando em 125 feridos, 28 desabrigados e mais de mil desalojados.

Foto/Assessoria de Comunicação
Prefeitura de Urussanga

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Proteção e Defesa Civil abre inscrições para segunda edição da maior operação de preparação para desastres da história de SC

Por Ligado no Sul19/11/2025 11h30
Foto: Roberto Zacarias

A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina abriu as inscrições para o 2º Exercício Geral de Gestão de Desastres, que será realizado no dia 1º de março de 2026, domingo, a partir das 08h00, envolvendo simultaneamente os municípios catarinenses. Este será o segundo simulado geral de preparação do Estado, consolidando o maior esforço integrado de treinamento já realizado pela Proteção e Defesa Civil do país.

O primeiro Exercício Geral, realizado em 2025, contou com a participação efetiva de 212 municípios. O relatório técnico apresentado após o simulado revelou indicadores importantes sobre a evolução do sistema de preparação e resposta do Estado. Entre os principais dados estão o registro de mais de 4.500 agentes mobilizados, a realização de 1.380 atividades operacionais simultâneas, incluindo evacuações simuladas, acionamento de sirenes, testes de comunicação por rádio e operação de salas de situação municipais. O documento também apontou que 87% dos municípios participantes atualizaram seus Planos de Contingência após o exercício e que houve redução média de 22% no tempo de resposta às situações simuladas, especialmente nos cenários de enxurradas e deslizamentos. Além disso, 318 instituições parceiras participaram diretamente, entre forças de segurança, secretarias municipais, concessionárias, escolas, organizações comunitárias e voluntários.

De acordo com o secretário Mário Hildebrandt a participação dos municípios é a peça central para o fortalecimento do sistema. “O Exercício Geral de Gestão de Desastres representa um marco para Santa Catarina. Quando todos os 295 municípios se mobilizam ao mesmo tempo para testar suas capacidades, nós fortalecemos toda a estrutura de proteção à população. O primeiro simulado mostrou o quanto evoluímos e também onde precisamos melhorar. Agora, com essa segunda edição, queremos avançar ainda mais, consolidando práticas, ampliando integração e garantindo que o Estado esteja cada vez mais preparado para enfrentar situações de emergência. A participação de cada município é essencial para que possamos salvar vidas e reduzir impactos quando um desastre realmente acontecer”, destacou.

Com base nos resultados, a expectativa para 2026 é ampliar ainda mais a participação, alcançando a adesão dos 295 municípios catarinenses, consolidando um exercício verdadeiramente estadual e integrado. A realização do simulado em larga escala é essencial para identificar fragilidades, aperfeiçoar rotinas, testar equipes e equipamentos e fortalecer a cultura de prevenção e proteção à vida em todas as regiões.

As inscrições devem ser feitas pelas Defesas Civis Municipais diretamente com seus Coordenadores Regionais ou com a DIGD/GEROP, por meio do telefone (48) 3664-7046 ou pelo e-mail [email protected].

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