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BLOG

Carina Mengue
Saúde emocional e bem-estar

Atuo na área há mais de 10 anos e moro em Criciúma-SC. Sou Psicóloga, Terapeuta do Esquema, especialista em Terapia Cognitiva e Coaching.
Sou membro da Diretoria da Sociedade de Psicologia de Criciúma, biênio 2011/2012 e membro da Sociedade de Psicologia de Criciúma 2008/2014.
Sou um ser humano que cuida de seres humanos, intensamente humanos.
Preciso me preparar sempre. A dedicação a minha formação técnico-cientifica continuada, a minha humanidade e ao autocuidado precisam estar em perfeita harmonia. Sem esse equilíbrio, é impossível dar o meu melhor no que faço. Preciso oferecer o melhor de meu conhecimento técnico junto com o melhor que tenho dentro de mim, como ser humano. Jamais poderei dizer que alcancei o máximo da minha humanidade, mas sei o tamanho do compromisso que firmei comigo mesma para desenvolver esse olhar atento e raro todos os dias. E é isso que me permite adormecer em paz todas as noites.
A capacidade de olhar nos olhos das pessoas de quem cuido, reconhecendo a importância do sofrimento envolvido em cada história de vida, nunca pode acontecer no espaço virtual de modo automático. Preciso manter uma atenção plena em cada gesto e ser muito cuidadosa com minhas palavras, com meu olhar, com minhas atitudes e, principalmente, com meus pensamentos.
Todos nós precisamos de pessoas capazes de entender nossa dor e de nos ajudar a transformar nosso sofrimento em algo que faça sentido.
Sendo assim, o profissional que busca mais conhecimento sobre “cuidar” com o mesmo empenho e dedicação que leva para o “curar” é um ser humano em permanente realização. E posso dizer que me sinto realizada com a minha profissão, minha missão de vida.
Cuidar, trabalhar, fazer algo pelo outro e permanecer disponível para que o outro me transforme nunca me cansa.

Perdas, morte e luto. Vamos falar sobre isso? Por Carina Mengue

Por Carina Mengue01/11/2022 17h23

Olá, leitor.

Hoje dia 01 de Novembro é dia de todos os santos e amanhã no mundo ocidental, o dia 02 de novembro é dedicado à memória dos mortos. Esse dia, popularizado pela tradição católica, foi instituído no período da Baixa Idade Média.

Quando remeto a essa data trago com ela um tema desconfortável de abordar e até um tabu – a morte, o luto e as perdas.

Falar de morte é delicado. Já recebi perguntas no quadro semanal do Jornal do Almoço que participo onde me questionaram sobre como abordar esse assunto em família, porque havia resistência alegando que traz azar. Justamente por não falarmos a respeito que ele se torna difícil, desconfortável e estranho. As vezes aprendemos que não se pode falar sobre esse assunto e no momento em que realmente precisa ser dito, inclusive para a dor ser processada, digerida, compreendida e curada, pode-se evitar procurar ajuda e provocar uma reclusão e isolamento ainda maior. Também entendo que as vezes quando se busca conversar sobre a morte, as pessoas geralmente não estão preparadas para ouvir é a mesma coisa quando vamos a um velório e não sabemos direito o que dizer as pessoas enlutadas. Toda essa dificuldade é justamente porque evitamos esse assunto, fugimos dele e esperamos nunca precisar falar sobre ele. A questão é que um dia esse assunto vai bater na minha porta, na sua porta e não estaremos preparados para lidar, falar e administrar a situação. Todos podemos nos beneficiar aprendendo a como reagir ao luto de uma forma que não o prolongue, intensifique ou rejeite a dor. A ideia aqui de se falar sobre a morte é para não anularmos o fato da finitude, da partida, das perdas do fim, ou seja, da morte que também é parte do ciclo da vida.

Para a psicologia o luto está ligado aos processos que envolvem perdas em diversos contextos e podem ser muito mais abrangentes, porém vamos focar na definição geral da palavra relacionada à morte.

Em nossa cultura ninguém é preparado para vivenciar os processos de perda, mesmo sabendo que mais cedo ou mais tarde estaremos diante desta situação.

Quando pensamos na vida o que vem à mente é sempre as alegrias, as conquistas, os projetos, estudos, trabalhos, vitórias, felicidade, etc… e esquecemos que nem tudo são flores, aliás que as flores também podem ter espinhos e estes podem machucar, deixar marcas de feridas cujas cicatrizes sempre vão estar ali. Talvez por isso tenhamos tanta dificuldade quando em fim a dor da perda vem nos afligir.

Não existe fórmula mágica para dizer exatamente como vamos passar por esse momento de maneira mais adaptativa, não há como prevê as reações se vamos chorar, desesperar, sentir raiva, remorso, culpa, etc. porque tudo depende da forma como ocorreu a situação.

Cada um vivencia o luto de acordo com sua personalidade, com suas percepções, resiliência, estratégias de enfrentamento, e de acordo com o significado que se atribui a pessoa que se foi, isso é individual, é único para cada pessoa.

Mas, por meio de estudos, sabe-se que existem algumas atitudes importantes a ponderar em relação ao luto:

  • Aceite o fato de que toda vida tem um fim. É parte da jornada de cada um, e isso vai chegar independente de idade, condição social, atributos físicos, ou qualquer outra característica.
  • Vivencie o processo de luto. Não existe essa conversa de dizer que você é forte e pode passar por cima dos seus sentimentos de tristeza, ou que tem o poder para reprimir a tristeza. Quando as pessoas escolhem não vivenciar o processo de luto, podem estar trazendo para si adoecimento como consequência das emoções reprimidas que tanto poderão se manifestar no corpo quanto na mente.
  • Busque estratégias para enfrentamento. É preciso buscar estratégias para enfrentar melhor esse momento, elaborar a perda é muito importante. Como isso é possível? Busque apoio (familiar, de amigos, de um profissional), não sofra sozinho, não se isole, muitos se apegam à fé, procure pensar nas coisas boas vividas com a pessoa que se foi.
  • Não foque no fato em si. Tente não se culpar ou viver em busca dos culpados para o fato.

Traçando um paralelo entre o início e o fim da vida, podemos chegar à seguinte conclusão: assim como quando uma pessoa nasce nos adaptamos a esse novo ser que será somado e integrado a nossa existência, não sabemos o que esperar, como agir e assim vamos aprendendo a conta de mais um, com a morte também passamos por um novo processo de readaptação, quando ela chega precisamos aprender a subtrair e viver com esta conta de um menos.

E, ao contrário do nascer, que não temos a mínima noção do que virá, o morrer nos traz oportunidades de refletirmos, melhorarmos, reinventarmos, e de trazer a memória as boas recordações, lições de tudo o que vivemos com aquela pessoa que partiu.

Saber aceitar e conviver com a morte também faz parte do processo de amadurecimento que mais cedo ou mais tarde cada um precisará enfrentar.

O processo de luto é inevitável, porque faz parte da vida, a saudade pela perda vai sempre existir, mas cada um precisa buscar se reorganizar e manter um bom ajustamento para se readaptar à nova situação e continuar a sua vida.

Que façamos uma reflexão nessa semana dos finados.

Até a próxima!

Um abraço

Carina Mengue.

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O que fazer quando estamos vivendo um dia ruim? Por Carina Mengue

Por Carina Mengue25/10/2022 10h16

De tempos em tempos, é comum termos “um dia ruim” e a vontade é sumir, ficar na cama e não ver ninguém. Você certamente já viveu esse sentimento. Sim, ele é comum a nós todos seres humanos. Quem nunca teve um dia que a vontade era que ele acabasse logo? Faz parte. A questão aqui é enquanto ele não termina, o que fazer para que ele não se torne pior ainda. Claro, não é porque o seu dia começou atravessado e precisa terminar assim também. Fingir ou forçar a situação para mudar não ajuda em nada. Só exige mais energia de você e no final do dia estará mais exausto. Para começar é importante respirar fundo e aceitar. Sim, aceitar que algo não saiu como o planejado/esperado, aceitar os sentimentos que vir. Aceitar não significa concordar e sim que você não está lutando contra isso.  É da natureza humana querer fugir da dor e querer se aproximar do prazer, brigar, xingar, reclamar porque é mais fácil do que encarar e aceitar o momento tal como é. Aceite. Você está triste? Com raiva? Com irritação? Estressado? Seja qual palavra descrever melhor o que se passa, reconhecer é o primeiro passo. Não tem nada de errado em você sentir, é seu direito. O problema estará com a intensidade da emoção e o que fizer quando estiver com ela. O humor muda as cores do dia. Se estamos mal-humorados, tudo pode parecer desagradável, incomodo, irritante. Ao aceitar e reconhecer o nosso humor conseguimos perceber que o jeito como estamos nos sentindo é como um óculo com o qual vemos a realidade. Ela necessariamente não é assim, mas hoje nosso humor, nosso dia não estão coloridos então é importante não descolorir o dia dos outros. Ter paciência e evitar descontar nas pessoas é importante.

Cada pessoa tem movimentos que fazem para se sentir melhor. Eu por exemplo gosto de acender uma vela perfumada, ouvir uma música preferida, apreciar o sol ou a chuva, tirar uns minutinhos no silêncio, degustar uma xicara de café, desacelerar e respirar mais calmamente. Se tenho a possibilidade de locomoção vou de encontro a me conectar com a natureza ou a praia. São lugares que para mim trazem paz, serenidade e leveza.

Quando não estamos bem é de nossa responsabilidade buscar acalmar nossa mente. Buscar ações que vão de encontro ao bem-estar. Não necessariamente em ter um dia bom, mas em ter um dia leve e isso quem vai ditar serão minhas emoções. Aceitando o que acontece comigo (imprevistos, mudanças de planos, contratempos) e entendendo que a única coisa que está sob meu controle é a forma como reajo a essas situações. Elas são fatos, logo, não tem sentimentos. Eu coloco sentimento conforme faço a minha interpretação sobre esses acontecimentos. Deu para entender? Um dia difícil ou ruim vai estar mais associado a forma como você encara ele, do que ele próprio.

Mas sabemos que nem sempre é fácil estar atento e consciente aos pensamentos e assim identificar os gatilhos que remetem ao sucesso ou fracasso emocional do seu dia. Por isso vamos nos ater as coisas simples, porém eficientes que trarão mais leveza e serenidade ao seu dia. Foque no que está sob seu controle, foque no que está a seu alcance para amenizar a carga desse dia, foque no que está mais perto de você para fazer diferente, seja uma pausa na padaria para um café, seja uma caminhada observando o meio onde está, seja um vídeo de meditação no computador, seja escrever seus sentimentos em um papel ou até ouvir sua música favorita no fone de ouvido no banheiro do trabalho. O importante é quebrar o ciclo do dia ruim e deixá-lo leve. Faça coisas por você, são pequenas, são simples, não tomam muito tempo, mas fazem toda a diferença na sua saúde mental.

Cuide-se com amor.

Até a próxima!

Um abraço

Carina Mengue.

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Saúde Mental do Cuidador. Por Carina Mengue

Por Carina Mengue22/10/2022 14h16

Olá, leitor.

Esse mês de outubro é marcado pela Campanha do Outubro Rosa – prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Sabemos que receber um diagnóstico de câncer é difícil, um momento delicado e até desesperador. Enfrentar todo o tratamento é desafiador e exige muita resiliência do portador da doença. E durante essa difícil caminhada a pessoa com o diagnóstico irá precisar de cuidados e normalmente esse cuidador é alguém da família. E é dessa figura do cuidador que quero tratar na coluna de hoje.

“Cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Portanto abrange mais que um momento de atenção, zelo e desvelo. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, responsabilidade e envolvimento afetivo com o outro”. (Leonardo Boff)

Será que estamos preparados para cuidar? E para sermos cuidados?

A responsabilidade de cuidar do outro, por mais bem-intencionada que seja, pode ser um fardo grande demais se não houver o cuidado adequado consigo mesmo.

Quem está em contato íntimo com o paciente no dia-a-dia, de longe é uma tarefa simples; exige doação, renúncia, paciência e muita resiliência. Cuidar do outro não é só auxiliar nas atividades do dia-a-dia como dar banho, dar comida e trocar fralda. São noites mal dormidas, tédio, estresse, medo, gerenciar medicamentos, consultas e exames médicos e fornecer apoio emocional ao doente. A concentração de tantas funções leva ao esgotamento físico e mental, por isso a importância de reconhecer nossos limites e procurar não nos sobrecarregar. É uma questão de equilíbrio.

Cuidar de alguém absorve a sua força física e, principalmente, exige controle emocional. É importante o cuidador não estar em dedicação exclusiva e negligenciar o cuidado com a sua própria saúde. Não tem como cuidar de alguém 24 horas por dia, sete dias na semana e ter saúde. Há tarefas na vida que não podemos fazer sozinhos, e cuidar e dar apoio a familiar doente é uma delas.

Pensa comigo, o que estamos fazendo conosco mesmo quando, ao cuidar tão intensamente do outro, não cuidamos de nós?

Não podemos e nem merecemos ser anulados cuidando de outra vida. Toda vida importa para ser cuidada. O cuidador também precisa de carinho – somente assim ele terá forças para dar conta do recado. E nada de culpa por estar descansando e se divertindo um pouco. O teu autocuidado refletirá na pessoa doente em forma de paciência, amorosidade e mais atenção.

É importante planejamento e diálogo, assim como ter o próprio tempo de lazer, atividades sociais, como ver os amigos, passear e conversar sobre outros assuntos que não estejam relacionados a pessoa doente (paciente). Cuidar com a alimentação, ter a prática de exercícios físicos e cultivar a espiritualidade ajudam a lidar com a situação de uma forma mais leve.

Voltar o olhar para si mesmo não é ser egoísta, é ter auto responsabilidade, é ter consciência que para cuidar da saúde de outra pessoa, primeiramente eu preciso estar com saúde. Então, peça ajuda sempre que sentir necessidade, divida as tarefas com outras pessoas, busque apoio psicológico para manter o autocontrole, evitar o estresse e até mesmo a depressão.

E lembre-se: Aquele que não tem tempo de cuidar da saúde vai precisar arrumar tempo para cuidar da doença.

Cuide-se com amor.

Até a próxima!

Um abraço

Carina Mengue.

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Como está sua saúde mental? Por Carina Mengue.

Por Carina Mengue13/10/2022 08h45

Olá, leitor!

Hoje não poderia deixar de escrever nessa coluna sobre uma data que é muito importante dentro da minha área profissional, como deveria ser de modo geral a população, mas o preconceito ainda não permite. Em 10 de outubro de 1992 foi instituído o Dia Mundial da Saúde Mental. Nesta data, são promovidas ações e palestras de conscientização acerca da importância de cuidar da parte emocional.

Já parou para pensar no assunto? Alguma vez refletiu se os seus pensamentos, ideias e sentimentos estão em harmonia? Ou acredita que essa área não seja importante o suficiente para tomar o seu tempo? Infelizmente tem pessoas que acreditam nisso. E sim, o preconceito ainda é bastante presente na sociedade. Começando pelo lugar que a loucura ocupou na história e até os dias atuais é associado as questões emocionais. Ainda temos muitas barreiras a serem quebradas, muitas crenças a serem ressignificadas para a saúde mental ser algo tão comum como ir ao dentista.

Pessoas tem vergonha de ir ao Psicólogo, sustentam crenças que ir ao psicólogo é sinônimo de fraqueza, as pessoas que fazem psicoterapia têm vergonha de dizer que fazem e assim os preconceitos permanecem. Muitos conceitos distorcidos que infelizmente fazem o sofrimento permanecer, a ansiedade ser diária, os relacionamentos serem tóxicos, o ataque de pânico ser desesperador, o isolamento ser uma zona de conforto, o vazio e a carência serem normais…

Já tive a oportunidade de atender paciente que carregava preconceito do Psicólogo e foi ao atendimento porque lhe foi pedido. Com o avanço das sessões, esse mesmo paciente verbalizava que a psicoterapia não era nada daquilo que acreditava ser e inclusive se arrependia de não ter buscado o tratamento antes.

Uma fala que sempre menciono é essa: permita-se conhecer primeiro, qualquer coisa ou situação na vida – só podemos ter uma opinião formada depois de vivenciar, conhecer, ter embasamento e informações acerca daquela realidade.

E escrevo sobre preconceito porque sei que muitas pessoas sofrem em silêncio, não compartilham suas angústias e quando o fazem são invalidadas e julgadas. O sofrimento emocional ainda é banalizado como se não fosse nada. A internet, acessível a todos, traz tanto sobre liberdade de expressão, respeito as diferenças, termos mais empatia, mas na prática ainda não vivemos essa realidade, principalmente no âmbito da saúde mental. E o mais intrigante e até irônico é que todos somos expostos a tais vivências na esfera emocional, em alguma fase da vida o estresse aparece ou a ansiedade surge ou ainda uma crise de choro ou uma vontade de sumir… ninguém está isento do caos interno que as emoções provocam em determinados momentos da vida. E até aqui tudo bem, porque é comum e esperado sentir, o que não é comum é fazermos de conta que isso não acontece com a gente quando pré-julgamos o outro por sentir o que muitas vezes já sentimos. É vergonhoso confessar que também já foi banhado por uma onda forte de emoções, que foi difícil – mas nos ensinaram que devemos ser fortes, como se sentir fosse fraqueza ou errado. Escondemos nosso mundo interno com medo de sermos rejeitados, rotulados, diferentes e na verdade, estamos todos, apenas sendo iguais.

Não tenha vergonha de expor o que sente, não tenha medo de desabafar sobre o seu sofrimento, suas preocupações e angustias. Não tenha receio em buscar ajuda profissional. Você é ser humano como todos os seres humanos, só está fazendo diferente do que aprendemos na infância – está se priorizando, se cuidando, se desenvolvendo e amadurecendo com todo esse processo. A nossa vida é cheia de ciclos que começam e terminam, de estações e fases, de altos e baixos e não existe manual onde nos ensina como devemos sentir e nos comportar. A psicoterapia pode ser esse manual, porque é uma ciência e nos traz resultados do que é mais eficiente, pode funcionar como uma bussola nos direcionando e pode ser humanizada nos acolhendo na nossa intimidade interna.

Repense sobre seus preconceitos acerca desse assunto. Não negligencie sua saúde mental por vergonha ou medo.

Que façamos uma excelente semana,

Até a próxima!

Um abraço

Carina Mengue.

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