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Rafael De Conti Urologia & Saúde Sexual Masculina
Dr. Rafael De Conti
CRM: Nº 11042 / RQE: Nº 5242
O Dr. Rafael De Conti atua desde 2005 no sul do Estado de Santa Catarina. É médico graduado pela Universidade Federal de Ciências Médicas (UFCSPA), em Porto Alegre (RS).
Curso de Medicina na Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre - FFFCMPA – (atual UFCSPA).
Residência Médica em Cirurgia Geral - Título de Especialista pelo CRM-SC e Conselho Federal de Medicina.
Residência Médica em Urologia no Complexo Hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre, pela UFSCPA (RS).
Membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia.
Preceptor e Instrutor de cirurgia do Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral do Hospital São José, em Criciúma - SC.
Professor do curso de medicina da Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense), disciplina de Urologia.
Membro da American Urological Association.
Médico Urologista do Corpo Clínico do Hospital São José, São João Batista e Unimed - Criciúma - SC.
Ressecção Endoscópica da Próstata – Método antigo e eficaz. Por Dr Rafael De Conti
Por Rafael De Conti02/10/2025 15h00
Imagem/IA
Nas edições anteriores expliquei as diferentes tecnologias disponíveis para tratamento da hiperplasia prostática benigna (HBP). Falei do Rezum, do Hollep, do Green Laser.
Hoje, para melhor entendimento, explico a cirugia mais tradicional realizada pela uretra, para tratamento da HBP – a Ressecção Trans-uretral da Próstata – conhecida pelos urologistas e profissionais da saúde como RTU.
Em uma análise da história, a RTU é relizada há muitas décadas, vejam dados da história desta cirurgia nos arquivos dos livros médicos!
A ressecção transuretral da próstata (RTU-P) foi introduzida em sua forma moderna em 1943!
Entre 1948-1958, Max Hösel realizou aproximadamente 13.850 ressecções prostáticas com peso médio do adenoma de 30g e mortalidade <1%!
No congresso da American Urological Association (AUA) deste ano, congresso anual realizado todo ano em no mês e maio dos Estados Unidos, ente ano evento grande realizado na cidade de Las Vegas – Nevada, foi apresentado por um urologista americano que aproximadamente 45% das cirurgias de HBP nos E.U.A ainda são realizadas por este método, método seguro e ainda muito efetivo! No Brasil não é diferente. E isto, mesmo com todos os métodos inovadores e tecnológicos já explicados nas edições anteriores aqui neste site. Lembrando que os E.U.A são líderes em tecnologia e inovação, mas métodos novos sempre elevam o custo da medicina. Em resumo, na ausência de recursos para tecnologias inovadoras, a RTU é um excelente método para tratamento cirúrgico da HBP! Se este foi o método escolhido por você e pelo seu Urologista para tratamento cirúrgico da próstata, fique tranquilo, você está seguro! Ela foi por muitas décadas o método de escolha para cirurgias de próstatas menores, geralmente abaixo de 80 gramas.
Imagem/IA
Temos aqui então, a apresentação de todas as tecnologias disponíveis para tratamento cirúrgico da próstata pela uretra, sem necessidade de incisão no abdome. Lembrando que para casos de próstata muito grande, temos ainda a opção da cirurgia aberta ou da prostatectomia videolaroscópica ou assistida por robô.
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Tratamento Cirúrgico da Próstata com Green Laser. Por Dr Rafael de Conti
Por Rafael De Conti12/08/2025 15h00
Imagens/Ilustrativas
Oi, conforme programado, estamos dando sequência à apresentação das diferentes tecnologias que temos disponíveis para o tratamento cirúrgico da hiperplasia prostática benigna (HPB).
Como sabemos, a HBP é uma condição comum que afeta homens a partir da meia-idade, caracterizada pelo crescimento benigno da glândula prostática. Esse aumento pode causar sintomas urinários significativos, como jato fraco, dificuldade para iniciar a micção, aumento da frequência urinária, urgência e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga. Quando o tratamento medicamentoso não é suficiente para controlar os sintomas, ou há complicações como retenção urinária, infecções recorrentes ou formação de cálculos vesicais, a intervenção cirúrgica torna-se necessária.
Entre as opções cirúrgicas disponíveis, destaca-se o tratamento com Green Laser — também conhecido como GreenLight Laser. Essa tecnologia representa um avanço significativo na abordagem minimamente invasiva da HPB, oferecendo excelente eficácia, com menor risco de complicações.
O procedimento é realizado por via endoscópica, sem cortes externos. Através da uretra, um equipamento especializado emite um laser de luz verde, que é altamente absorvido pela hemoglobina. Essa característica permite a vaporização seletiva do tecido prostático aumentado, ao mesmo tempo em que promove coagulação dos vasos sanguíneos, reduzindo significativamente o risco de sangramento intraoperatório.
Principais benefícios do Green Laser:
Menor tempo de internação, com alta hospitalar geralmente no mesmo dia ou no dia seguinte;
Redução do tempo de uso da sonda vesical;
Recuperação mais rápida e retorno precoce às atividades cotidianas;
Excelente perfil de segurança, inclusive em pacientes que fazem uso de anticoagulantes;
Resultados duradouros na melhora do fluxo urinário e no alívio dos sintomas obstrutivos.
Como toda cirurgia, o tratamento com Green Laser pode apresentar efeitos adversos, como ardência miccional transitória, hematúria leve, infecção urinária ou, em casos raros, necessidade de reintervenção após alguns anos. No entanto, a taxa de complicações é baixa, e o índice de satisfação dos pacientes é elevado.
O Green Laser representa uma alternativa moderna e eficaz à ressecção transuretral da próstata (RTU), especialmente indicada para pacientes com próstatas de tamanho pequeno a moderado, ou para aqueles que apresentam contraindicações ao uso de técnicas convencionais. A escolha do método ideal deve ser individualizada, considerando o perfil clínico do paciente, o volume prostático e as expectativas em relação ao tratamento.
O Green Laser é uma dessas ferramentas que alia tecnologia, precisão e conforto, promovendo qualidade de vida com excelência terapêutica.
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Revolução no Tratamento Cirúrgico da Hiperplasia Benigna da Próstata. Por Dr Rafael De Conti
Por Rafael De Conti12/06/2025 15h00
Foto/Reprodução Internet
Conforme colocado no texto anterior, onde conversamos sobre a enucleação prostática a laser (HOLEP), hoje vou explicar o que é o Rezum.
O Rezum tem a vantagem de ser um procedimento muito rápido: o paciente é somente sedado, e o procedimento é realizado em poucos minutos. É indicado principalmente para homens jovens que precisam de cirurgia da próstata e desejam preservar a ejaculação, ou para pacientes muito idosos, com múltiplas doenças, que necessitam passar por uma cirurgia de curta duração (poucos minutos). A principal desvantagem é que, por ser um tratamento menos agressivo, os resultados também são efetivos por menos anos.
A hiperplasia benigna da próstata (HBP) é uma condição comum em homens acima dos 50 anos, caracterizada pelo crescimento excessivo da glândula prostática, levando a sintomas urinários incômodos, como dificuldade para urinar, aumento da frequência urinária e esvaziamento incompleto da bexiga. Tradicionalmente, as opções de tratamento variam entre medicamentos e procedimentos cirúrgicos invasivos, mas a tecnologia tem possibilitado alternativas menos agressivas e mais eficazes.
Uma dessas inovações é o REZUM (nome comercial da tecnologia; não tem um significado específico). É um procedimento minimamente invasivo que utiliza a energia do vapor de água para reduzir o tecido prostático excessivo, melhorando significativamente os sintomas urinários. A técnica consiste na aplicação de vapor de água diretamente no tecido hiperplásico, promovendo a necrose celular e, consequentemente, a redução do volume da próstata ao longo de algumas semanas.
Principais benefícios do Rezum:
Minimamente invasivo: realizado em ambiente ambulatorial, sem necessidade de internação hospitalar;
Preservação da função sexual: diferente de outras cirurgias para HBP, o Rezum tem baixo impacto na função erétil e na ejaculação;
Recuperação rápida: a maioria dos pacientes retoma suas atividades normais em poucos dias;
Redução dos sintomas urinários: melhora significativa na qualidade de vida, com diminuição da urgência e retenção urinária;
Alternativa eficaz aos medicamentos: ideal para pacientes que não desejam ou não obtêm resultados satisfatórios com tratamento farmacológico.
Quem pode se beneficiar? O procedimento é indicado para homens com sintomas moderados a graves de HBP que buscam uma solução definitiva sem os riscos e complicações de cirurgias mais invasivas, como a ressecção transuretral da próstata (RTUP) ou a cirurgia aberta. Uma avaliação médica detalhada é essencial para determinar a elegibilidade do paciente e garantir os melhores resultados.
Com o avanço das técnicas minimamente invasivas, o Rezum se consolida como uma alternativa moderna, eficaz e segura para o tratamento da HBP, proporcionando mais conforto e qualidade de vida aos pacientes.
Abaixo, podemos ver, na primeira foto, o urologista entrando com a câmera — chamada cistoscópio — e, com uma agulha feita para isso, penetrando o parênquima prostático.
Na sequência de figuras, podemos ver o antes, o durante e o depois.
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Você sabe o que é a Enucleação Prostática a Laser, mais conhecida como HoLEP? Por Dr Rafael De Conti
Por Rafael De Conti05/05/2025 16h53
Foto/Ilustrativa
Na história da humanidade, o crescimento benigno da próstata, processo natural do envelhecimento masculino, é comum nos homens na medida que envelhecem. O termo médico para isto é Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP).
Sabemos que essa patologia pode causar sintomas que incluem:
Frequência urinária aumentada, especialmente à noite (noctúria).
Urgência para urinar, com dificuldade para segurar a urina.
Jato urinário fraco ou interrompido.
Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga após urinar.
Dificuldade para iniciar a micção.
No momento em que um homem começa a sofrer com esse aumento da próstata, que dificulta a micção, é necessário tratamento com medicações que relaxam a próstata, além de outras que retardam o crescimento e, em alguns casos, até conseguem diminuir o volume prostático.
Em casos em que os sintomas são mais intensos ou quando já existem complicações mais sérias desse crescimento, está indicada a cirurgia, na qual é feita uma abertura do canal da urina que passa dentro da próstata — chamado uretra prostática —, que nestes casos está “apertada” pela glândula aumentada.
Então, o urologista realiza uma cirurgia desobstrutiva, ou seja, abre esse canal que está comprimido. Existem diversos métodos, entre eles:
Cirurgia aberta convencional
Cirurgia robótica
Ressecção endoscópica da próstata
Vaporização da próstata
Enucleação prostática a laser (HoLEP)
Rezum (vapor de água aplicado no tecido prostático)
Pretendo explicar cada método nos próximos dias, mas hoje explico o que é a enucleação prostática a laser, por se tratar de um método moderno, com recuperação mais rápida e excelentes resultados na melhora dos sintomas dos pacientes.
A enucleação prostática a laser é um procedimento cirúrgico avançado. Existem técnicas como o HoLEP (Holmium Laser Enucleation of the Prostate) e o ThuLEP (Thulium Laser Enucleation of the Prostate), que utilizam lasers específicos para remover o tecido prostático obstrutivo de forma precisa e minimamente invasiva.
Esses procedimentos oferecem várias vantagens, como menor risco de sangramento, recuperação mais rápida e resultados duradouros. Além disso, permitem a análise histopatológica do tecido removido, o que pode ser útil para descartar outras condições, como o câncer.
Ilustração abaixo para melhor entendimento de como é feito o HoLEP:
Nela, vemos que uma fibra de laser é usada, e o urologista dispara o laser para descolar o tecido prostático da cápsula — como se fosse “tirar todo o miolo de uma laranja e deixar apenas a casca”. Após isso, o núcleo da próstata é levado para dentro da bexiga e, com um aparelho moderno chamado morcelador, realiza-se a trituração do tecido prostático, que é então aspirado para fora do corpo.
A enucleação é realizada com um laser de alta potência, que corta e vaporiza o tecido prostático. Como resultado, o HoLEP é capaz de tratar próstatas maiores que 100 gramas, com menor sangramento e menor taxa de recidiva dos sintomas. Além disso, o procedimento pode ser realizado sem cortes.
As vantagens deste procedimento são inúmeras: baixo sangramento no intra e pós-operatório, recuperação precoce, retirada rápida da sonda e alto padrão de recuperação do fluxo urinário.
Nos próximos dias, falarei sobre outros métodos avançados de tratar cirurgicamente a hiperplasia benigna da próstata.