Marcelinho Carioca é libertado após 36 horas de sequestro
Ex-jogador conta que foi forçado a gravar um vídeo com falsas informações

Na tarde dessa segunda-feira, 18, o ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca, de 51 anos, foi libertado após um sequestro que teve início na madrugada de sábado para domingo. O sequestro ocorreu após o comentarista esportivo ter saído do show de Thiaguinho na Neo Química Arena, o Itaquerão, situado na zona leste de São Paulo.
Marcelinho estava a caminho de Itaquaquecetuba, na região metropolitana, para entregar ingressos do show a uma amiga. Segundo relatos da polícia, o carro do ex-jogador, uma Mercedes, chamou a atenção de criminosos que o renderam, desencadeando uma série de eventos que envolveram agressões físicas, 36 horas de cativeiro e a gravação de um vídeo forçado.
Durante a abordagem, Marcelinho foi agredido com uma coronhada no olho esquerdo, e tanto ele quanto sua amiga foram levados pelos criminosos. Num primeiro momento, os sequestradores não identificaram a vítima, descobrindo posteriormente que se tratava do ex-jogador, momento em que decidiram exigir um resgate da família.
Usando o celular de Marcelinho, os criminosos se passaram por ele para solicitar um pagamento de R$ 30 mil no domingo, que foi realizado pela família. Um segundo pedido, no valor de R$ 12 mil, foi feito na segunda-feira e também foi atendido.
Durante o sequestro, Marcelinho Carioca foi obrigado a gravar um vídeo no qual afirmava manter um relacionamento com a amiga, que é casada. O ex-jogador negou veracidade dessa declaração, e disse que só fez a gravação por ser ameaçado com uma arma apontada para sua cabeça.
Após denúncia anônima, a polícia localizou o cativeiro na Rua Ferraz de Vasconcelos, em Itaquaquecetuba, resgatando Marcelinho e sua amiga. Uma moto desmontada também foi encontrada no local. Eliane Lopes de Amorim, Jones Santos Ferreiro e Wadson Fernandes Santos foram presos sob a acusação de receber os depósitos que totalizaram R$ 42 mil. Thauannata Lopes dos Santos e Fernanda Santos Nunes foram detidas no cativeiro. As investigações indicam a participação de pelo menos oito pessoas no sequestro.

Foto/Reprodução Twitter