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Com mais de 2 mil internações, SC aguarda vacinas contra vírus que afeta crianças

Por Ligado no Sul09/07/2025 11h00
Foto/Ilustrativa

Santa Catarina está em situação de emergência na saúde por causa do aumento dos casos graves de doenças respiratórias. O Estado aguarda, ainda para este segundo semestre, a chegada de duas novas vacinas contra o vírus sincicial respiratório (VSR), que serão enviadas pelo Ministério da Saúde.

Essas vacinas vão proteger gestantes, bebês prematuros e crianças de até dois anos que tenham problemas de saúde. Só neste ano, o vírus sincicial causou mais de duas mil internações em hospitais catarinenses. Isso representa cerca de 25% dos casos graves de doenças respiratórias registrados até agora. Foram 21 mortes provocadas por esse vírus em 2025.

O diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, João Fuck, explicou que as vacinas já foram aprovadas por um órgão nacional que avalia novas tecnologias de saúde. Agora, o Ministério da Saúde tem até seis meses para fazer a compra e organizar a entrega dos imunizantes.

“Nós realmente tivemos uma sintonização por parte do Ministério da Saúde da incorporação da vacina contra o vírus sincicial respiratório para gestantes e também um anticorpo para alguns grupos: recém-nascidos, prematuros, que tenham problemas de saúde, enfim, mas certamente uma substituição que vai ser importante também”, afirmou Fuck.

Segundo ele, os imunizantes serão mais uma ferramenta importante para reduzir o impacto das doenças respiratórias. “É mais uma ferramenta que a gente vai ter à disposição, no curto espaço de tempo, que vai ajudar a diminuir o impacto dos vírus respiratórios aqui na população catarinense”, acrescentou.

Diferente da gripe e da Covid-19, que afetam principalmente os idosos, o vírus sincicial atinge com mais força as crianças pequenas. “Diferente, por exemplo, do que a gente vê na Influenza ou na própria Covid-19, com um impacto maior em idosos, o vírus sincicial respiratório você vê um impacto principalmente em crianças, tanto com hospitalização, mas também com óbitos”, explicou.

Até o momento, Santa Catarina já registrou mais de 8.600 casos graves de doenças respiratórias e 487 mortes por essas enfermidades em 2025. Com a chegada do inverno, o número de casos pode continuar aumentando. “A gente tem diversos vírus circulando no estado. Com a queda nas temperaturas, a gente pode ver um aumento da circulação dos vírus respiratórios, então a gente sabe que essa curva pode ainda se manter em alta por algum tempo”, destacou o diretor.

João Fuck também reforçou que, embora nem todos os vírus tenham vacinas, as vacinas contra a gripe (Influenza) e contra a Covid-19 continuam disponíveis nos postos de saúde. No entanto, a procura tem sido baixa, principalmente entre os idosos.

“O grupo que mais morre por Influenza hoje são idosos, o grupo que está previsto na vacinação, mas que de fato não está se vacinando. E para a Covid-19 também continua disponível para crianças, para idosos. Então é importante lembrar dessas medidas que são as mais importantes. Se as pessoas se vacinarem, a gente pode diminuir o impacto da circulação desses vírus, evitando que catarinenses venham a morrer em decorrência das suas doenças”, alertou.

A cobertura vacinal contra a gripe entre gestantes, crianças e idosos está em apenas 47% em Santa Catarina, segundo dados do Ministério da Saúde. A meta é bem maior, o que mostra a importância de reforçar a vacinação para proteger a população, principalmente os grupos mais vulneráveis.

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