Presidente da Câmara de Orleans assume a Prefeitura por 15 dias; termo de posse ocorre nesta segunda
O presidente da Câmara de Vereadores de Orleans, Joel Cavanholi (PL), assume a Prefeitura pelos próximos 15 dias. O prefeito em exercício, Fernando Cruzetta, e a vice-prefeita Leonete Librelato se licenciam simultaneamente, o que transfere o comando do Executivo ao chefe do Legislativo.
O termo de posse está marcado para as 10h da manhã desta segunda-feira (1º).
Com a mudança temporária no Executivo, o comando da Câmara passa ao vice-presidente do Legislativo, vereador Josemar Sacom (PSD), conhecido como Cuca, que assume a presidência durante o período.
Em entrevista ao Jornal da Guarujá, Cavanholi afirmou ter sido informado apenas na última sexta-feira (28) de que assumiria a administração municipal.
Segundo ele, o prefeito se afastou para cumprir agenda de busca de recursos e também para tratar de um problema de saúde:
“Recebi essa informação na sexta-feira. (…) O Fernando veio me comunicar que teria uma ausência de trabalho nesta semana. Ele queria, como prefeito licenciado, buscar recursos nesse fim de ano para 2026. Como também tem um problema no dedo da mão e vai ter que fazer, acredito, uma cirurgia, por isso foi colocada a minha pessoa à disposição”.
Cavanholi também afirmou que a vice-prefeita não poderia assumir,
“A dona Leonete teria um compromisso. Ela me chamou e disse: ‘Joel, é uma oportunidade!’. E eu disse que aceitaria da melhor maneira possível”.
O vereador ainda disse que foi pego de surpresa.
“Isso não havia sido programado. Foi surpresa para mim. Existiu uma conversa lá no início do ano, mas nada que fosse dimensionado”.
Bastidores políticos seguem movimentados
A posse de Cavanholi ocorre às vésperas da eleição da nova Mesa Diretora, marcada para o dia 15, o que naturalmente amplia especulações e pressões internas.
Entre os comentários que circularam nos bastidores, havia a hipótese de que o presidente da Câmara teria ficado insatisfeito com o vereador Murilo Hoffmann e que a licença do prefeito serviria para ajustar um acordo político antigo. Cavanholi nega:
“Não procede.. A política é conversada e ajustada, mas o que aconteceu aqui não tem nada a ver com a Mesa Diretora”.
Mesmo negando, ele admite incômodo com a falta de diálogo com Hoffmann:
“O Murilo, como líder da chapa oposta, não veio conversar comigo. (…) Eu disse: ‘Cara, tu não vem conversar comigo ainda’. Eu estou disposto a conversar com qualquer um”.
Ao comentar sobre o período em que estará à frente do Executivo, Cavanholi afirmou que pretende manter o ritmo da administração municipal:
“Tenho capacidade de levar a administração à frente, dar continuidade, sempre pelo melhor para o município”.
Ele também destacou que a iniciativa de permitir que presidentes da Câmara assumam temporariamente a prefeitura não era comum em gestões anteriores:
“O governo anterior nunca teve essa disponibilidade de ceder pros presidentes da Câmara aliados para assumir a prefeitura. (…) Eu tiro o chapéu para o Fernando”.
Confira entrevista completa