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Após rejeição da reforma administrativa, prefeito de Orleans defende eficiência e planejamento

Fernando Cruzetta detalha reorganização de cargos e garante reapresentação do projeto no próximo ano.

Por Ligado no Sul19/09/2025 10h00
Foto/Redação

O Jornal da Guarujá recebeu, na manhã desta sexta-feira (19), o prefeito de Orleans, Fernando Cruzetta (PP), para comentar sobre a recente rejeição por 6 a 5, do Projeto de Lei Complementar 0014/2025, de autoria do Poder Executivo, que propunha alterações na estrutura, organização e funcionamento do Executivo municipal, conhecida como reforma administrativa. A votação contou com vereadores contrários ao projeto, como Mirele Debiasi (PSDB), Dovagner Baschirotto (MDB) e Murilo Hoffmann (NOVO), que se manifestaram e alegaram preocupações financeiras e questionaram a reorganização proposta.

Gestão não se sente derrotada: “Quem perdeu foi o município”

Questionado sobre se se sentiu derrotado com a rejeição do projeto, o prefeito Fernando Cruzetta destacou que a percepção de perda não é pessoal, mas do município como um todo.

“Quem perdeu não foi o Fernando, não foi a Dona Leonete, quem perdeu foi Orleans. Toda gestão que se inicia faz uma remodelagem, uma organização administrativa baseada no plano de governo e nas metas que queremos desenvolver. Era isso que estávamos fazendo.”

Ele explicou que, junto à FEPESE (Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos) da Universidade Federal, está sendo feito um diagnóstico detalhado por setor, com o objetivo de aplicar ações pontuais que melhorem a eficiência da administração municipal.

“Temos uma gestão doente, nossos funcionários já vêm sobrecarregados em todos os setores como educação, infraestrutura, saúde, serviços municipais. A reforma administrativa era uma ação que já tardou, mas estamos organizando cargos e atribuições para que cada recurso seja aplicado de forma eficiente e dê o melhor resultado.”

Reestruturação e cargos comissionados

Sobre a proposta da reforma administrativa, o prefeito detalhou que não haveria aumento de cargos, mas sim redistribuição e novas atribuições para melhorar a eficiência.

“O que fizemos no projeto foi reestruturar a gestão, colocando cada cargo embaixo de cada secretaria, dando atribuições e compromissos diferentes. Criamos duas secretarias para dar mais eficiência ao esporte, à cultura e ao turismo. Orleans é reconhecida como a capital da cultura e hoje não possui nenhum projeto genuinamente orleanense cadastrado junto ao Ministério da Cultura e Turismo, e estamos buscando reverter isso.”

Ele reforçou que o projeto também buscava cumprir a legislação sobre a ocupação de cargos comissionados por servidores efetivos.

“30% dos cargos comissionados devem ser ocupados por efetivos, o que nunca foi feito. Nosso objetivo é convencer o efetivo a assumir essas funções com mais responsabilidades, garantindo qualidade na contratação e bons salários, sempre com responsabilidade financeira.”

Fernando Cruzetta destacou ainda que o projeto será revisado com apoio da FEPESE e reapresentado no próximo ano.

“Estamos estudando o projeto novamente, a FEPESE já está nos auxiliando, e será feita uma reestruturação. O conceito humano do projeto não vai mudar, e assim que possível, dentro dos permissivos legais, será encaminhado novamente para a apreciação dos vereadores.”

Críticas à oposição

Ainda durante a entrevista, Cruzetta comentou sobre a postura da oposição, que alegou custos excessivos do projeto.

“Quando vemos vereadores de oposição dizendo que o projeto ia onerar o município, eles deveriam olhar a quantidade de indicações que fizeram. Muitas são desnecessárias e, ao contrário do que alegam, o impacto financeiro do projeto, se todos os 111 cargos fossem preenchidos, não passaria de 2,5%.”

Ele rebateu ainda as acusações de que a reforma atenderia interesses políticos.

“A criação de secretarias não é para contemplar aliados políticos. Avaliamos cada nomeação pelo mérito e pela capacidade de exercer o cargo. Prova disso é que nosso governo aumentou a transparência de 32% para 62%, e o objetivo é chegar a 75% no próximo ano.”

Sobre o voto contrário do vereador Murilo Hoffmann (Partido Novo), que acabou sendo decisivo na rejeição do projeto, o prefeito explicou a situação.

“Criaram-se algumas arestas, mas já foram resolvidas. O Partido Novo mantém uma posição independente, mas com comprometimento com o município. Nossa relação é de amizade e alinhamento de interesses com Joel Niero, presidente do partido.”

Em relação ao projeto de lei da vereadora Maiara Dal Ponte (MDB), aprovado por unanimidade que previa exames toxicológicos e antecedentes criminais para profissionais que trabalham com crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência, Cruzetta explicou o veto integral.

“O veto se deu por questão jurídica, não há retaliação. Sempre avaliamos cada projeto com responsabilidade e base legal. Inclusive, o parecer do próprio Legislativo concordou com nosso jurídico. Caso o veto seja derrubado, analisaremos com o judiciário cada passo legalmente.”

Obras e investimentos em Orleans

Ao falar sobre obras, o prefeito de Orleans destacou o compromisso da administração com resultados concretos e explicou a decisão explicou a decisão de não realizar cerimônias de entrega.

“Entregamos recentemente a ponte da Ponte de Brusque. Não estamos aqui para fazer festa, mas para entregar resultados. Em breve, entregaremos a ponte do Menengasso e a do Teleco, em Rio Laranjeiras. Iniciamos obras de asfaltamento e pavimentação de paver, temos pelo menos 11 obras previstas até o final do ano. Além disso, construímos o Parque Municipal em apenas quatro meses para receber a festa, e o resultado ficou muito bonito, com feedback positivo da população.”

Ele também comentou sobre os investimentos na saúde e na atenção às comunidades e fez um alerta sobre a ausência em consultas agendadas.

“Estamos aplicando os recursos onde a população solicita. A saúde recebeu mais investimentos do que nunca, mas ainda há problemas a resolver. Por exemplo, mais de duas mil pessoas agendaram consultas e não compareceram. Isso nos chamou atenção, porque precisamos entender por que as pessoas vão até a unidade, ocupam a fila e depois não aparecem para a consulta. A FEPESE está nos auxiliando para diagnosticar essa situação e encontrar soluções que tornem o atendimento mais eficiente.”

Por fim, o prefeito reforçou seu compromisso com o desenvolvimento do município.

“Gestor público é ouvir a comunidade e aplicar os recursos de forma eficiente. Eu e a Dona Leonete estamos trabalhando com responsabilidade e carinho pelo nosso município.”

Confira entrevista completa

 

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