Temporal causa estragos e provoca morte no Oeste de Santa Catarina

Uma pessoa morreu em decorrência do forte temporal que atingiu o Oeste catarinense nesta sexta-feira. O óbito foi confirmado pelo Corpo de Bombeiros Militar de São Carlos e ocorreu no município de Palmitos, o mais atingido até o momento. As autoridades locais avaliam decretar situação de emergência diante da gravidade dos danos registrados.
Segundo o relatório regional, 893 residências estão sem energia elétrica em Palmitos, onde também foram registrados destelhamentos, destruição de construções inteiras e queda de árvores. Diversas vias do interior do município estão interditadas, entre elas a BR-158, além de estradas nas comunidades de Linha Passarinhos, Linha São Brás, Nova Brasília, Linha da Gruta e Linha Toniolli. Há ainda a suspeita de um segundo óbito, que está sendo investigada pelas autoridades.
Uma análise preliminar dos estragos, aliada às imagens do radar meteorológico, indica que as tempestades severas alinhadas podem ter gerado múltiplos fenômenos extremos na região. Em Itapiranga, um dos municípios afetados, há indícios da ocorrência de um “downburst” – também conhecido como microexplosão atmosférica. Esse tipo de fenômeno é caracterizado por ventos extremamente fortes que descem verticalmente da base da nuvem em direção ao solo, espalhando-se de forma radial ao tocar a superfície. Os ventos associados à microexplosão podem superar os 80 a 100 km/h, causando danos significativos, especialmente em áreas urbanas ou de infraestrutura precária.
Outros municípios da região também foram impactados. Em Maravilha, mais de 2.700 casas estão sem energia elétrica e há registro de quedas de árvores. Em Caibi, 14 residências foram destelhadas por ventos intensos na comunidade de Linha Beira Rio, deixando 16 desalojados. Já em Cunha Porã, Cunhataí, Iraceminha, Romelândia, Santa Terezinha do Progresso, Modelo e São Miguel da Boa Vista, os danos incluem interrupções no fornecimento de energia, queda de galhos e árvores e destruição pontual de estruturas.
A Defesa Civil estadual permanece em alerta e orienta que a população evite áreas de risco e siga as recomendações dos órgãos oficiais. As equipes continuam em campo realizando levantamentos e prestando apoio às comunidades atingidas.