Intolerância à lactose e alergia à proteína do leite foram temas abordados pela Drª Bruna Teza Salvador Zomer que participou do Jornal da Guarujá, na manhã desta quinta-feira.

A cada dia mais escutamos a frase “meu filho tem intolerância à lactose”, não é mesmo? Mas, não são apenas as crianças que têm essa condição, a cada dia adultos e idosos são diagnosticados. Para que você não seja pego desprevenido entenda mais sobre esse problema que atinge milhares de pessoas.

Na manhã desta quinta-feira, dia 13, a Rádio Guarujá recebeu em seu estúdio a Drª Bruna Teza Salvador Zomer que explicou as diferenças entre a intolerância e a alergia e como  lidar com os problemas.

Embora muita gente confunda as duas condições e o culpado seja o mesmo alimento, elas são bem diferentes e requerem tratamentos diferentes.

Na intolerância, o problema está na carência da enzima que digere a lactose, que é um açúcar. Trata-se de uma reação do intestino. Já a alergia constitui uma resposta do sistema imune à proteína do leite, vista como inimiga pelo organismo.

“É importante a gente diferenciar as duas condições, elas podem ter sintomas semelhantes, mas são condições diferentes com tratamentos e alimentações totalmente diferentes”, destacou.

A bioquímica responsável pelo Laboratório Saúde Vital explicou ainda que tanto a alergia, quanto a intolerância podem ser adquiridas ao longo da vida. “Não é incomum diagnosticar idosos desenvolvendo intolerância à lactose e todos dizem: “Eu nunca tive isso como que agora eu tenho?

Estudos vêm sendo realizados para tentar descobrir como as pessoas se tornam intolerantes à lactose ao logo da vida, e uma das conclusões é a alteração dos leites industrializados.  Outra conclusão é a ideia de que nós seres humanos não deveríamos ingerir leite na fase adulta, visto que os seres vivos bebem o leite somente até a fase da amamentação.

Os sintomas para os intolerantes à lactose nem sempre é igual, de acordo com a Drª Bruna, enquanto alguns pacientes sofre com diarreia e dor abdominal, outros sofrem com constipação. Outros pacientes também sentem muitas dores de cabeça.

A  bioquímica lembrou que caso o leitor ou o ouvinte tenha alguns desses sintomas ao ingerir alimentos com leite, não precisa ir ao médico num primeiro momento, basta ir ao laboratório e solicitar a realização do exame para intolerância.

Quando sem fala em intolerância a lactose, primeira coisa que vem em nossa cabeça é que a pessoa não pode mais ingerir leite. Na maioria das vezes, pensamos que é uma condição para o resto da vida, mas Drª Bruna destacou que há inúmeros alimentos já disponíveis nos supermercados sem lactose.

Já para os pacientes com alergia a proteína do leite, a alimentação deve ser diferente, sem alimentos com leite de origem animal, também saem de cena medicamentos e até produtos de higiene cujas fórmulas contemplem ingredientes à base da proteína.