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Integratur: Turismo ganha força como vetor econômico na Amrec

Em entrevista ao Jornal da Guarujá, prefeito Valdir Fontanella e analista da Unesc, Renata Mondo, detalham plano para estruturar o turismo regional

Por Ligado no Sul05/11/2025 12h00
Foto/Redação

O Integratur, programa da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) idealizado e desenvolvido pela Unesc para estruturar e fortalecer o turismo no Sul catarinense, entrou em uma nova etapa de implementação. Nos próximos meses, analistas percorrerão bares, restaurantes e outros estabelecimentos para apresentar a iniciativa aos empresários locais e realizar o levantamento de informações.

O tema foi debatido no Jornal da Guarujá nesta quarta-feira (5), com a participação do prefeito de Lauro Müller e presidente da Amrec, Valdir Fontanella, e da analista da Unesc, Renata Mondo.

Segundo Fontanella, o Integratur nasceu da necessidade de integrar os municípios da região e profissionalizar o setor turístico.

“É uma integração dos 12 municípios para o turismo. Sabemos que cada cidade, sozinha, não consegue manter o turista mais do que um dia. Então, resolvemos contratar a Unesc para desenvolver módulos de turismo, empreendedorismo e outros. Agora, como presidente da Amrec, retomamos esse trabalho para fazer algo pelo turismo da região.”

O prefeito explicou que o programa foi estruturado em etapas e dividido inicialmente entre quatro municípios: Orleans, Lauro Müller, Treviso e Urussanga, com expansão para os demais na sequência.

“Entendemos que temos que profissionalizar o turismo. Às vezes alguém diz: ‘bota uma pousada lá no teu terreno que é legal’. Mas será que é mesmo? Será que temos essa visão técnica? A Unesc tem a expertise para avaliar se é viável, como é o acesso, como administrar. Estou muito satisfeito com o trabalho da universidade.”

Fontanella também destacou a necessidade de estrutura pública.

“Aqui em Orleans não temos secretaria de Turismo. Isso prejudica. Temos que ter uma pessoa exclusiva para isso. A profissionalização vai acontecer.”

Etapas e metodologia

De acordo com Renata Mondo, o Integratur é um programa de três anos composto por diversos módulos.

“Além de profissionalizar, vamos levantar toda a infraestrutura  do poder público e dos empreendimentos. Estamos no primeiro módulo, que é a capacitação e habilitação do município.”

Ela explicou que, após o diagnóstico, serão definidas ações conforme a necessidade de cada localidade.

“Turismo não é só rede hoteleira e gastronomia. É economia, é um braço da administração. Vamos olhar desde quem fornece alimento para os restaurantes até capacitação da mão de obra.”

Renata afirmou que o processo deve revelar potenciais ainda pouco explorados.

“A gente costuma dizer que o Integratur vai sacudir a cidade. Vamos descobrir coisas que às vezes nem imaginávamos.”

Integração regional

O presidente da Amrec defendeu maior articulação entre os municípios e lembrou a vocação natural da região.

“Sonho com uma rota que sobe a Serra do Rio do Rastro, desce pelo Corvo Branco e termina aqui. Se vamos ao Nordeste, visitamos igrejas, praias. Por que não explorar o que temos aqui, que é belo e maravilhoso?”

Ele reforçou o papel dos eventos como ferramenta de geração de movimento econômico.

“O município não pode ajudar o empresário diretamente, mas pode trazer gente para que ele explore a situação. Cada real investido no turismo pode retornar oito.”

A analista da Unesc reforçou que a principal força do projeto está na proximidade e diversidade dos municípios da região sul, o que permite ao visitante vivenciar diferentes experiências em pouco tempo. Para ela, Criciúma tem potencial para atuar como cidade hospedeira, com o turista circulando por cidades como Nova Veneza, Urussanga e Lauro Müller em um único dia, explorando tanto gastronomia quanto natureza e cultura.

Participação dos empreendedores

Nesta quarta-feira, 5, será realizado o primeiro encontro com empresários de Orleans, às 19h, no Centro de Vivências Galeano Zomer.

Renata explicou que o projeto será apresentado com todas as suas etapas e, em seguida, a equipe realizará visitas porta a porta. Segundo ela, os empreendimentos serão georreferenciados na plataforma Integratur, com registro fotográfico das fachadas e coleta de informações para alimentar o sistema.

A previsão é que, ao término do programa, a região esteja estruturada com rotas definidas e uma identidade turística fortalecida. Renata ressaltou que essas trilhas podem incluir roteiros religiosos, cervejeiros e culturais, construídos em conjunto com o conselho de turismo, entidades empresariais e o setor privado.

Fontanella destacou que o turismo se apresenta como alternativa estratégica para o futuro econômico da região, especialmente diante da necessidade de substituição gradual da matriz ligada ao carvão. Para ele, a construção de uma nova identidade territorial passa necessariamente pela qualificação e integração dos municípios.

“A região vai precisar de nova identidade. O carvão tem prazo. O turismo veio na hora certa. A Unesc está trabalhando duro e vamos acompanhar. É um trabalho árduo, mas possível.”

Confira entrevista completa

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