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Desigualdade salarial entre homens e mulheres será tema de encontro regional do Ministério do Trabalho em SC

Por Ligado no Sul21/11/2025 11h30

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realiza na quarta-feira (27), em Florianópolis, o Encontro Regional de Santa Catarina da Semana Nacional de Promoção da Negociação Coletiva. O evento, aberto ao público, ocorre no Clube 12 de Agosto e reunirá sindicatos de trabalhadores e empregadores para debater um dos principais desafios do mercado de trabalho catarinense: a desigualdade salarial entre homens e mulheres.

Segundo o Relatório de Transparência Salarial do governo federal, Santa Catarina registra uma diferença média de 28% na remuneração de mulheres em relação aos homens que exercem as mesmas funções, a terceira maior disparidade do país.

O superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego em Santa Catarina, Paulo Eccel, afirma que o encontro busca incentivar soluções práticas dentro das negociações coletivas.

“Vamos reunir sindicatos de trabalhadores e de empregadores interessados nessa causa. O Ministério do Trabalho tem sugestões de cláusulas para serem incluídas nas convenções coletivas justamente para tentar reduzir essa diferença tão enorme que nós temos também em Santa Catarina”, explica.

Eccel destaca que, mesmo após a vigência da Lei da Igualdade Salarial, aprovada há dois anos, o cenário catarinense segue crítico.

“No Brasil, a diferença média é de 20%. Aqui no estado, é quase 30%. Somente com conscientização e com o trabalho conjunto entre empregadores e trabalhadores é que vamos mudar essa cultura. É uma verdadeira chaga que ainda persiste.”

DIEESE vê avanço com a lei, mas reforça que mudança será lenta

A supervisora do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em Santa Catarina, Crystiane Peres, avalia que o país deu um passo importante ao aprovar a lei, mas alerta que o processo de redução da desigualdade será gradual.

“Mundialmente, essas diferenças também são observadas. A lei de igualdade salarial representou um avanço, mas ainda é um percurso longo. Durante anos será necessária a continuidade da luta e da mobilização”, afirma.

Ela ressalta que o papel do Estado é decisivo:

“A gente sofre um agravamento desses problemas quando o governo se isenta de lidar com essas questões. É fundamental que Estado e governos atuem para mitigar essa desigualdade tão característica do mercado de trabalho brasileiro e catarinense.”

Santa Catarina entre os piores índices do país

De acordo com o relatório federal, Santa Catarina tem hoje a terceira maior diferença salarial entre homens e mulheres no Brasil, atrás apenas de Paraná e Espírito Santo.

O encontro promovido pelo MTE vai apresentar dados, propostas e instrumentos para que sindicatos incluam, nas próximas convenções coletivas, cláusulas voltadas à paridade, transparência salarial e mecanismos de monitoramento.

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