Monumento ao Imigrante. Por Jaison Bez Fontana
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Seja bem-vindo a coluna “Destaques de Treze de Maio”.
Sou Jaison Bez Fontana, formado em jornalismo em 2002 pela Unisul, fui assessor de imprensa da prefeitura de Treze de Maio entre 2005 à 2020. Atualmente sou assessor de imprensa da Câmara Municipal e vice-presidente da Academia de Letras do Brasil Santa Catarina (ALBSC), seccional Treze de Maio. Fora do meio acadêmico, me aventuro como marceneiro restaurando móveis antigos e chef de cozinha em um centro de eventos da cidade e em celebrações particulares.
A partir de agora, vamos nos encontrar toda semana aqui.
O monumento ao imigrante, localizado no final da Avenida dos Imigrantes, na comunidade da Lage, em Treze de Maio, tem seu início em uma festa de São Cristóvão.
Na época, que foi entre os anos de 1989 a 1992, quando o então prefeito da cidade, Sr. João Bressan Bardini teve o projeto de fazer uma avenida no lugar do que antes era uma Estrada Geral, buscando assim urbanizar o trajeto.
De acordo com algumas fontes, a estrada citada passava dentro de propriedades e que para os proprietários, não havia vantagem em perder aquele pedaço de terra. Seguindo então o eixo da Linha Fausto Júnior, de acordo com as demarcações de terra feitas em 1887, o prefeito, juntamente com uma equipe de técnicos, transpassou a Estrada Geral para uma avenida que se localizava bem em cima da divisa dos terrenos dos proprietários, a partir daí começaram as obras e hoje temos uma importante via que liga o centro a várias comunidades.
O nome escolhido “Avenida dos Imigrantes”, foi justamente para homenagear os primeiros habitantes desta terra chamada Treze de Maio. Mas, sabe-se que ali não foi o caminho de entrada dos imigrantes italianos para Treze de Maio, na verdade, eles vieram de Azambuja por Santa Cruz, seguindo o Rio Coruja, passando por São Roque até chegar no lugar onde chamariam de Quadro.
Então, avenida planejada, mas faltava algo mais para abrilhantar esta obra, sugeriu-se então um monumento dedicado aos imigrantes. Este surgiu das mãos do escultor Paulo Afonso, de Pindotiba, e a história volta então para a festa de São Cristóvão citada acima.
Na época, na tradicional procissão motorizada, foi feita uma homenagem aos imigrantes com vários carros alegóricos, e numa dessas alegorias estava a Sr.ª Terezinha Garbelotto Bez Fontana, com um traje típico da colonização italiana, incluindo saia, avental, lenço, chapéu, entre os utensílios usados naquele tempo de colonização.
Vendo aquela figura, o então pároco, padre Nivaldo Ceron, a convidou para que fosse modelo para um monumento que estavam planejando. Como o escultor morava em Pindotiba e a obra seria feita lá, Terezinha, hoje com 69 anos, foi retratada com os trajes típicos do desfile pelo fotógrafo José Caetano Reynaldo, popular Cascatinha, e enviaram a foto para Paulo Afonso iniciar a obra. Já quem serviu de modelo para o homem do monumento foi o Sr. Edgar Fregnani, que também foi retratado pelo fotógrafo.
Infelizmente a placa de inauguração do monumento foi roubada e por isso não temos uma data específica da inauguração do mesmo, mas a lei nº 42/1991, publicada em 23 de Abril de 1991, já denominou “Avenida dos Imigrantes” para aquela via pública.
Na base do monumento pode-se perceber duas pedras de atafona, em referência à fabricação de farinha de milho, matéria-prima para fazer a tradicional polenta, comida típica do imigrante italiano.