Halloween, a celebração das trevas. Por Ana Dalsasso
Nos últimos anos, o Halloween tem ganhado força no Brasil, especialmente entre crianças e jovens, impulsionado pelas redes sociais, pela mídia e, lamentavelmente, por muitas escolas. Fantasias sombrias, caveiras, bruxas e abóboras decoram salas de aula como se tudo não passasse de uma brincadeira inocente. No entanto, é urgente refletir sobre o real significado dessa celebração e os valores que ela carrega — sobretudo sob a perspectiva cristã e cultural brasileira.
Antes de tudo, é importante destacar que o Halloween não faz parte do folclore nem da tradição nacional. O Brasil possui uma riqueza imensa de manifestações culturais autênticas, que expressam a identidade, a fé e a alegria do nosso povo. Importar uma festa estrangeira de origem pagã, que exalta o medo, a morte e as trevas, é um erro que contribui para o esvaziamento de nossa própria cultura e valores.
Sob a ótica cristã, a questão é ainda mais séria. A Bíblia é clara ao advertir sobre os males espirituais que cercam práticas que celebram o ocultismo. Em Efésios 5:11, lemos: “Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz.” Celebrar o Halloween, portanto, é contradizer o Evangelho e abrir espaço, ainda que simbolicamente, para a exaltação do mal em detrimento do bem.
Essa festa, apresentada muitas vezes como simples diversão, promove o medo, a morte e o grotesco, conduzindo mentes jovens a normalizarem o que é sombrio. O que se vende como “diversão inocente” é, na verdade, uma forma disfarçada de banalização do mal e da violência, além de estar carregada de simbolismos espirituais que não condizem com a fé cristã nem com os princípios da formação humana.
É aqui que entra a responsabilidade das escolas e dos educadores. O ambiente escolar deve ser espaço de formação integral, voltado à construção do conhecimento, da ética e da cidadania — e não palco para celebrações que ferem princípios morais e espirituais. As escolas precisam romper com esse tipo de prática, que expõe as crianças a conteúdos que não compreendem e que podem causar confusão de valores.
Cabe aos professores e gestores educacionais assumirem o compromisso de esclarecer os alunos e as famílias sobre o verdadeiro significado do Halloween, promovendo atividades que celebrem a vida, a solidariedade e a esperança — e não o medo, a morte e o sobrenatural maligno. A educação deve ser instrumento de luz, e não um canal para que as trevas encontrem espaço na mente e no coração das crianças.
Recusar o Halloween, portanto, não é um ato de intolerância, mas de fé, consciência e responsabilidade cultural e espiritual. É dizer “sim” à vida e “não” à morte; “sim” à luz e “não” às trevas.
Que os cristãos brasileiros, em vez de se deixarem seduzir por modismos estrangeiros, possam reafirmar seus valores, suas raízes e a fé naquele que disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12).
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