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A crise da educação brasileira: O problema está na base. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso30/09/2025 15h00

O Brasil atravessa uma crise sem precedentes na qualidade da educação, visível tanto no ensino básico quanto nas universidades. No entanto, é no alicerce do sistema que está a gravidade do problema: a precariedade do ensino fundamental e médio. Sem uma base sólida, dificilmente o estudante terá condições de avançar com qualidade para etapas mais complexas da formação acadêmica.

A educação básica brasileira está entre as vinte piores do mundo nas áreas analisadas: leitura, matemática e ciências, ficando classificada em último lugar na América do Sul junto com a Argentina e o Peru. Apenas 7,7% dos alunos concluem o ensino médio com aprendizagem adequada em português e matemática. Somos o quarto país do mundo com a maior proporção de jovens que não estudam e não trabalham. Chega a 24% o número de brasileiros que estão nessa situação. Quase o dobro da média dos países desenvolvidos. Isso é consequência de décadas de uma política assistencialista do governo que cria ilusão de que o Estado tudo resolve. comprando consciências, promovendo a ignorância coletiva para perpetuação no poder. Estamos vivendo o apocalipse da ignorância, pois quanto mais ignorantes as pessoas, mais fácil de serem dominadas.

O investimento na educação básica é quatro vezes menor do que o investimento no ensino superior. Qual a lógica para isso, se é na base que se prepara o terreno? É muito claro: é lá que o ciclo se completa. Os alunos chegam desprovidos de conhecimentos, despreparados, desmotivados, sem perspectivas levando muitos a desistirem no caminho. Não foram preparados para lutar com esforço próprio, ter disciplina, dedicação na busca da prosperidade.  E assim vai se perpetuando a miséria com cidadãos encurralados na estagnação.

Outro fator determinante é a falta de qualificação dos profissionais. Muitos professores chegam às salas de aula sem preparo adequado, o que compromete diretamente o processo de aprendizagem. Soma-se a isso a realidade de escolas públicas mal estruturadas, sem bibliotecas, laboratórios ou recursos tecnológicos que despertem o interesse e ampliem o conhecimento dos alunos. A falta de estrutura interfere no processo de ensino e aprendizagem gerando desinteresse nos estudos.

Portanto, a crise da educação brasileira não pode ser explicada apenas por políticas pontuais ou pela falta de qualidade das universidades. O problema está na raiz, no abandono do ensino básico. Investir em professores bem capacitados, escolas equipadas e metodologias de ensino eficazes é a única saída para romper esse ciclo e oferecer às novas gerações a educação de qualidade que o país tanto necessita.

 

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