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BLOG

Carina Mengue
Saúde emocional e bem-estar

Carina Mengue
Atuo na área há mais de 10 anos e moro em Criciúma-SC. Sou Psicóloga, Terapeuta do Esquema, especialista em Terapia Cognitiva e Coaching.
Sou membro da Diretoria da Sociedade de Psicologia de Criciúma, biênio 2011/2012 e membro da Sociedade de Psicologia de Criciúma 2008/2014.
Sou um ser humano que cuida de seres humanos, intensamente humanos.
Preciso me preparar sempre. A dedicação a minha formação técnico-cientifica continuada, a minha humanidade e ao autocuidado precisam estar em perfeita harmonia. Sem esse equilíbrio, é impossível dar o meu melhor no que faço. Preciso oferecer o melhor de meu conhecimento técnico junto com o melhor que tenho dentro de mim, como ser humano. Jamais poderei dizer que alcancei o máximo da minha humanidade, mas sei o tamanho do compromisso que firmei comigo mesma para desenvolver esse olhar atento e raro todos os dias. E é isso que me permite adormecer em paz todas as noites.
A capacidade de olhar nos olhos das pessoas de quem cuido, reconhecendo a importância do sofrimento envolvido em cada história de vida, nunca pode acontecer no espaço virtual de modo automático. Preciso manter uma atenção plena em cada gesto e ser muito cuidadosa com minhas palavras, com meu olhar, com minhas atitudes e, principalmente, com meus pensamentos.
Todos nós precisamos de pessoas capazes de entender nossa dor e de nos ajudar a transformar nosso sofrimento em algo que faça sentido.
Sendo assim, o profissional que busca mais conhecimento sobre “cuidar” com o mesmo empenho e dedicação que leva para o “curar” é um ser humano em permanente realização. E posso dizer que me sinto realizada com a minha profissão, minha missão de vida.
Cuidar, trabalhar, fazer algo pelo outro e permanecer disponível para que o outro me transforme nunca me cansa.

A Vida e Seus Desafios: Aprendendo a Crescer. Por Carina Mengue

Por Carina Mengue01/03/2024 13h33

Olá queridos leitores, espero encontrá-los bem! Estou retomando a coluna de 2024 depois de um merecido descanso e um grande desafio que passei na minha vida pessoal e, quero compartilhar com vocês.

Primeiro porque acho importante entenderem que mesmo eu sendo psicóloga, também passo por desafios, dificuldades, choro, como todo ser humano. Assim como vocês também estou em constante evolução e aprendizagem. Muitas pessoas tem a falsa crença que por ser psicólogo não temos problemas ou por alguém ser rico não passa por dificuldades, ou por se famoso e a vida é sempre feliz. Ledo engano. Todos, leia-se todos, de tempos em tempos passam por crises, dificuldades, desafios e momentos ruins. E é através deles que aprendemos, crescemos, evoluímos, amadurecemos. Sim, é nos momentos de turbulência que nos tornamos pessoas melhores, ou ao menos era para ser assim. Não podemos generalizar, porque existe a minoria que passa por doenças e não muda o jeito difícil de ser. Então, o primeiro ensinamento de hoje é que não é a idade que nos torna mais sábios e maduros, e sim os aprendizados que extraímos das experiências que vivemos. Pare por um momento e analise se tem feito a lição de casa, ou seja, se tem aprendido com os desafios da vida.

Segundo, nunca estamos preparados, a vida vai sempre nos surpreender, nos testar, nos ensinar. Então vamos a minha experiência. No mês de maio do ano passado descobri uma escoliose idiopática do adolescente na minha filha de 11 anos. Até então, nem sabia que isso existia. Na primeira consulta com o ortopedista ele já disse que era caso de cirurgia. Uma cirurgia na coluna sempre é complexa, corre-se riscos, pode comprometer a medula, habilidade do médico na realização desse tipo de procedimento, causar danos neurológicos, pegar infecção hospitalar, ter hemorragia, danos no nervo com perda de alguns movimentos, enfim. Diante disso tudo, optamos em fazer o tratamento conservador, encontramos uma fisioterapia especializada em escoliose em Santa Amaro da Imperatriz onde semanalmente fazíamos consulta presencial. A Julia tinha que fazer três vezes por dia os exercícios que a profissional ensinava. Gente, que fase!!! É cansativo toda semana três horas de viagem pra ir, três horas pra voltar, diariamente cobrar dela fazer os exercícios, porque nessa idade de início de adolescência eles tem preguiça para tudo (fase hormonal), sem contar os gastos. Depois de 4 meses nessa rotina, fomos consultar outro ortopedista em Joinville onde foi realizado novo exame de raio x e constatou o crescimento da curvatura em quatro graus. Sim, um grau por mês estava crescendo e a conclusão do médico foi a mesma, cirurgia. Tínhamos até feito o molde para o colete ortopédico, seis mil reais, o colete é usado 23h por dia, só tira para fazer os exercícios e tomar banho, mas o colete ainda não tinha chegado, pois é confeccionado em São Paulo. Agora o dilema era decidir entre continuar o tratamento conservador, com o uso do colete, ou optar pela cirurgia.

Terceiro, o sofrimento em tomar decisões. Quando não sabemos o que fazer, não sabemos o que vai acontecer, nosso corpo fica em estado de alerta tentando nos manter protegido por instinto de sobrevivência. Essa ansiedade e angustia fica consumindo nossas energias e ficamos exaustos. O ensinamento aqui é organizar as opções que tem para resolver seu problema, colocar no papel, analisar as vantagens e desvantagens de cada uma, e se possível, se tiver alguém da sua confiança, trocar uma ideia. Conversar com outra pessoa nos ajuda a enxergar outras alternativas e ver ângulos que sozinhos não conseguimos. Outro fator positivo é que a pessoa que você buscou está fora do problema, então, consegue ter um olhar mais racional do que você que está emocionalmente ligado a situação. Essa pessoa pode ser um Psicólogo, que é totalmente neutro e imparcial.

Em dezembro, decidimos por fazer a cirurgia e retornamos a consultar o ortopedista de Criciúma para alinhar o procedimento e definir data. Como era final de ano, férias escolares, verão, alinhamos com o médico para a cirurgia acontecer em meados de fevereiro, assim ela aproveitaria as férias e, passaria essa época de festas e feriados. Ah, a escoliose dela é assintomática, logo, ela não sentia dor.

Não vou conseguir desenrolar toda a experiência em uma única coluna, o texto sairá longo demais e cansativo. Todas as fases foram importantes e nos trazem aprendizados. Vou continuar a história nas próximas colunas. Por hoje, já aprendemos que todo ser humano está exposto a passar por problemas e desafios em sua vida, então cuidado ao julgar os outros. Não temos como mensurar o sofrimento e o problema dos outros. Aprendemos que nunca estamos preparados para o que vem, por isso não temos que ficar imaginando situações na nossa cabeça como se isso fosse nos proteger ou nos ajudar, ao contrário, só vão trazer ansiedade e angustia, e que toda decisão é esperada que nos tire da nossa zona de segurança, mas não precisamos nos desesperar, surtar, reclamar ou paralisar porque nada disso nos ajudará a sair da situação. Somos adultos e por mais difícil que seja o desafio a nossa frente, temos que lidar e resolver como adultos.

 

Até a próxima!

Meu melhor abraço,

Carina Mengue.

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Uma só palavra: gratidão. Por Carina Mengue

Por Carina Mengue29/12/2023 14h48

Culturalmente não crescemos aprendendo a ter gratidão, a sermos gratos. É algo que temos que desenvolver. Crescemos aprendendo a ver o lado negativo das situações, porque assim acreditamos que nos preparamos para o pior. Mas na prática, não é assim que funciona. Mas isso é tema para outra oportunidade. Hoje quero trazer esse tema de gratidão porque estamos encerrando mais um ano e, costumeiramente já iniciamos com os pedidos de ano novo. Estamos sempre pedindo, temos que aprender a agradecer.

Nos tempos em que vivemos, a palavra gratidão perdeu a sua essência para as pessoas. É uma palavra muito usado nos storys das redes sociais, mas tenho minhas dúvidas se ela tocou e transformou de fato quem a usou. Gratidão é mais do que agradecimento, porque dizer “obrigado” é apenas um sinal de educação. Mas gratidão é diferente. Gratidão é a memória do coração.

Gratidão é dar o devido valor às coisas recebidas e às pessoas que nos estenderam as vidas ou as mãos nos momentos em que mais precisávamos. É simplesmente dar valor não por aquilo que valem os sentimentos ou as obras, mas pelo que significam.

Muitos estudiosos passaram a estudar os benefícios da gratidão nos últimos anos, notando como esse simples ato tem capacidade de mudar a vida das pessoas de modo significativo. Podemos encarar o ato de agradecer como uma forma de reconhecer a existência de coisas boas da vida assim como coisas que para você é “normal”, mas faz falta para o outro, como saúde, por exemplo.

Minha sugestão é que a gratidão seja o seu melhor sentimento a partir de agora. Decida ser grato. Faça uma lista de pessoas que passaram ou ainda estão em sua vida e que deve a elas gratidão por alguma coisa, oportunidade, gesto ou palavra. Acrescente a lista também “coisas” como saúde, trabalho, casa, família, recursos para ir e vir, entre outros que você julgue importante agradecer. Carregue com você essa lista e tenha o compromisso de ler todos os dias e orar por essas pessoas. Vamos além? Que tal escrever uma mensagem de texto, uma cartinha ou um simples bilhete de agradecimento e enviar/entregar as pessoas que fizeram a diferença no seu ano? Essa “diferença” não precisa ser grandes efeitos, pode se tratar de cuidados, carinho, gentilezas, preocupação, atos simples que passam despercebidos, mas que geraram impacto emocional positivo em sua vida. Teu gesto despertará bons sentimentos em você – que está agradecendo – e na pessoa que receberá essa gratidão. Experimente.

Viver em estado de gratidão é viver feliz. Faça a prova: se você estiver muito triste e angustiado, comece a listar as coisas pelas quais você é grato e verá que o sorriso brotará em seu rosto de maneira muito fácil.

Ser grato traz a certeza de que não precisamos de muito para viver. Aliás, faça uma pergunta: “E se você acordasse amanhã apenas com aquilo que se lembrou de agradecer hoje?”.

Gratidão gera gratidão. Luz gera luz.

Que os últimos dias do seu ano de 2023 sejam de gratidão, leveza e de amor.

Até a próxima!

Meu melhor abraço,

Carina Mengue.

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Cultive o Amor. Por Carina Mengue

Por Carina Mengue26/09/2023 15h14

O mundo e a sociedade precisam de amor. As pessoas têm sofrido por causa da falta de amor.

Se o mundo afunda na indiferença, nossa resposta deve ser amar. Sabemos que amar não é fácil. Relacionar-se com pessoas não é uma tarefa isenta de riscos, desafios e boas doses de entrega e sacrifício.

Para exercer gratidão, precisamos amar em qualquer circunstância, perdoar em qualquer circunstância, honrar em qualquer circunstância. A mágoa, a raiva e a intolerância nos impedem de amar, de aceitar, de perdoar e, em consequência, de ser gratos.

O sentimento de perdoar, por exemplo. Perdoar não é fácil, requer renúncia, até mesmo do sentimento de justiça própria. Perdoar dói na medida proporcional como fomos injustiçados ou machucados. Mas quando perdoarmos o próximo, soltamos um prisioneiro e só depois descobrimos que nós mesmos éramos os verdadeiros prisioneiros, porque a falta de perdão nos fazia cativos daquele momento em que fomos feridos.

Gosto de mencionar o processo de aceitação, que não significa aceitar a situação ou o que fizeram conosco, mas sim, um acordo consigo mesmo de que aquele sentimento não irá mais ocupar um espaço desnecessário em sua vida. Na verdade, os sentimentos permanecem conosco enquanto permitimos alimentar e ruminar a mesma situação, várias vezes. Podemos quebrar esse ciclo nos perguntando: “o que posso fazer com isso?” “ficar pensando sobre isso me ajuda? Me faz sentir melhor? Resolve meu problema?” se a resposta é não, decida hoje mesmo que não perderá mais energia alimentando fatos do passado.

Decida cultivar o amor, a leveza, a harmonia, afinal, somos o que alimentamos na nossa mente.

Sobre o que você tem falado, celebrado e agradecido?

Uma ótima semana a todos nós!

Até a próxima!

Meu melhor abraço,

Carina Mengue.

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Construindo relacionamentos saudáveis. Por Carina Mengue

Por Carina Mengue20/06/2023 14h01

O homem é um ser social, segundo Aristóteles, pois é de sua natureza viver em sociedade e, ao buscar a felicidade, ele só a encontra na convivência humana. Isso quer dizer que nós precisamos estar com outras pessoas, para conversar, dar risada, ir ao cinema etc. Logo, todos nós precisamos de amigos, todos nós precisamos de relacionamentos saudáveis, todos nós precisamos de pessoas leais. E nos dias atuais uma queixa frequente é a dificuldade em se ter amigos de verdade. Às vezes entramos em amizades tóxicas e outras vezes nós somos a pessoa tóxica da relação. Quando menciono a palavra “relacionamentos” englobo todas as áreas que criamos vínculos: familiar, amizade/social, trabalho, igreja, etc.

Vamos começar pelas relações que não são saudáveis. São relações pautadas em troca de favores, cobranças, expectativas, fofocas, falsas promessas, busca de aprovações, busca de suprir carências, chantagens… quando a frequência dessas situações é alta, não se tratam de relações saudáveis.  Quando colocamos em cima de outra pessoa um peso e uma responsabilidade que não é dela, como: “me faça feliz”, “preencha minhas carências”, “preencha os meus vazios”, “preencha o que o meu pai e minha mãe não conseguiram, o que o marido/esposa não conseguiram”, entrar em uma relação com esse olhar “me preencha” já está baseado em uma relação que não será saudável. Outra base é pedir perfeição das pessoas, sendo que nós mesmos não conseguimos dar perfeição. Nos relacionamentos interpessoais onde buscamos perfeição, vamos nos frustrar, vamos nos decepcionar. De fato, temos dificuldade em lidar com nossos relacionamentos e com as falhas das outras pessoas.

Agora vamos a parte prática. Não temos controle sobre as pessoas, só podemos controlar o que fizemos e como lidamos com as situações. Logo, vamos desenvolver a parte que cabe a nós das relações, então, como vamos construir relacionamentos saudáveis?

O primeiro requisito é ser de verdade. Seja sincero com as pessoas, por exemplo: quando não puder participar de algum evento/jantar a qual foi convidado, não crie expectativa, seja sincero e verbalize que já tem compromisso. Não prejudique sua vida, não abrace mais coisas do que consegue, por medo de dizer não as pessoas. Seja de verdade e elas vão entender. Se alguém te magoou, se ficou chateado com algum comportamento/postura de alguém, convide essa pessoa para uma conversa, seja de verdade, diga como se sentiu com a atitude do outro. É muito triste quando você erra com as pessoas, porque nós vamos errar, e essa pessoa nos expor para outros, sem nos falar a verdade. Concorda?

A verdade também nos leva a um segundo requisito que é estabelecer uma relação de confiança. Muitas pessoas têm problemas de relacionamentos porque falam assuntos muitos pontuais, muito confidentes para pessoas que “conheceram ontem”. A carência faz isso. A pessoa começa a falar de coisas que não deveria para pessoas que não conhece. Então, preserve mais a sua vida. Às vezes você se fere porque comentou sobre seus problemas para pessoas que não tem o desejo de guardar tua vida e nem o teu coração, elas não te conhecem o suficiente. Quando alguém chega para você e já abre a vida dela, sem te conhecer, é uma pessoa muito carente, porque ela está sujeita a você não ser uma pessoa de confiança e expor a vida dela. Cuide no que você vai falar. Às vezes você fala para uma pessoa e se fere. Às vezes você sabe que a falha da pessoa é ser uma pessoa que fala demais. Cuidado para quem você abre seu coração, comece a olhar o terreno que você vai pisar. A confiança é esse lugar. Antes de você se abrir, veja se existe uma construção de confiança.

Um terceiro requisito é cuidar da exposição excessiva. Não exponha o que falam para você e não exponha sua vida para as pessoas. Isso ajuda muito na questão do relacionamento. As pessoas vão olhar para você como uma pessoa de confiança. Ela cuida com o que fala, ela não expõe as pessoas. Se você é uma mãe, esposa, cuide da exposição desnecessária dos seus. Às vezes você tem problema de relacionamento porque as pessoas não podem confiar em você, porque você fala demais. É importante essa autorreflexão sobre nossa postura diante das pessoas. Normalmente nos queixamos das pessoas, mas não avaliamos nossas falhas e no que também deixamos a desejar nas relações que cultivamos. Antes de julgar o outro, que possamos nos corrigir e agir da forma que queremos ser tratados.

Agora é a sua vez. Faça uma análise de como você é como amigo(a), como você é como colega de trabalho, como você é dentro da sua família.

Que você possa trazer esses requisitos como pilares e ancora dos seus relacionamentos e da sua vida.

Até a próxima!

Meu melhor abraço,

Carina Mengue.

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