Disputa pela presidência da Câmara de Orleans gera especulações sobre possível rompimento político
A disputa pela presidência da Câmara de Vereadores de Orleans em 2026 tem provocado movimentação nos bastidores políticos do município. O nome do vereador Murilo Hoffmann (Novo), apontado como o próximo na linha de sucessão conforme um acordo firmado no início da legislatura, passou a ser citado em meio a rumores de que o entendimento entre os parlamentares poderia ser rompido.
O acordo inicial previa que Joel Cavanholi (PL) assumiria a presidência no primeiro ano, seguido por Murilo Hoffmann (NOVO) no segundo, Jana Coan (PL) no terceiro e, por fim, a definição entre Josemar Sacon (Cuca) (PSD) e Leandro Martins (PSD), para o quarto e último ano.
Nos últimos dias, porém, surgiram comentários de que parte da base governista estaria insatisfeita com Hoffmann por causa de seu voto contrário ao projeto da reforma administrativa, apresentado pelo Executivo em setembro . A votação marcou a primeira derrota política do prefeito Fernando Cruzetta no Legislativo, e desde então, segundo fontes, alguns vereadores teriam defendido rever o acordo de alternância na presidência.
Vereador diz que “tudo está resolvido”
Em entrevista ao Jornal da Guarujá, o vereador Murilo Hoffmann afirmou ter sido “pego de surpresa” com o retorno das especulações e garantiu que o acordo político segue mantido.
“Não vou negar que o voto contrário gerou desconforto na época, mas já está tudo resolvido. Conversei com o prefeito, com secretários e com os demais vereadores. Acredito que sejam apenas rumores de bastidores. Até o momento, o acordo segue, e serei o presidente no ano que vem”, declarou.
Questionado se aceitaria adiar sua vez na presidência para o último ano da legislatura, o vereador foi enfático.
“Não pretendo abrir mão da presidência em 2026. Essa conversa já foi tratada dentro do partido e está tudo alinhado.”
Hoffmann reiterou sua postura de independência em relação à base do governo municipal, destacando que seu voto contrário à reforma administrativa foi motivado por critérios técnicos e não políticos.
“O projeto tinha inconsistências jurídicas e faltava análise de impacto financeiro. Alguns cargos deveriam ser efetivos. O nosso diretório estadual também apontou esses problemas. Por isso mantive o voto contrário”, explicou.
Murilo reforçou que sua atuação seguirá pautada pelo diálogo, mas sem abrir mão de princípios.
“Não pretendo trocar coerência por cargos ou posições. Sempre votarei de acordo com o que considero melhor para o município.”
Convites da oposição e relação com o Executivo
Durante a entrevista, o vereador também confirmou ter sido procurado por parlamentares da oposição, mas negou qualquer movimentação formal nesse sentido.
“Não fui atrás de ninguém, mas fui procurado, sim. Isso já vem acontecendo há meses. Por ora, seguimos colaborando com o Executivo, buscando atender as demandas da comunidade”, disse.
Murilo Hoffmann citou pedidos feitos à Prefeitura, como reparos e recapeamento em ruas do Barro Vermelho, e disse esperar que as obras sejam executadas “em breve”.
Encontro regional
Ao final, o vereador convidou os ouvintes para o primeiro Encontro Regional Sul do Partido Novo, que ocorrerá em 15 de novembro, às 13h, no auditório Ruy Hülse, em Criciúma. O evento contará com lideranças estaduais e anúncio de pré-candidaturas.
Ele também divulgou uma campanha de votação popular que pode destinar R$ 120 mil em emenda parlamentar do deputado estadual pelo Novo, Matheus Cadorin, para a Fundação Hospital Santa Otília, para equipar a nova maternidade.
“O link está nas redes sociais. É só selecionar o projeto “Equipar para cuidar melhor “, da Fundação Hospitalar Santa Otília e confirmar o voto. É um recurso importante para melhorar o atendimento do nosso hospital”, destacou Hoffmann.
Confira entrevista completa