No mais recente episódio do programa Papo Empreendedor, Mila Del Prior, empreendedora e estrategista humanista, especialista em cultura organizacional e felicidade corporativa, discutiu como a felicidade pode ser um motor estratégico para empresas. Fundadora da Del Priore Transformação Estratégica, ela conduz projetos que conectam liderança, propósito, ESG e inovação, sempre com o ser humano como centro das decisões.

Para Mila, a estratégia deve ser entendida como inteligência aplicada de forma consciente. “A estratégia nada mais é do que inteligência. É algo que é muito bem pensado. Mas não adianta nada se não colocar as pessoas como centro da estratégia. Por mais que exista inteligência artificial, não existe nada que de fato gere felicidade sem passar pelo humano”, afirma.

Ela define a liderança consciente como um processo contínuo de autoconhecimento e aprendizagem. “Não adianta querer mudar o outro se eu não olho para mim. O primeiro passo é o autoconhecimento, entender como minhas ações impactam o outro, e buscar aprendizado constante, seja em um podcast, em livros ou na experiência do dia a dia”, explica.

A autogestão, segundo Mila, é essencial para que líderes cuidem dos outros. Ela mantém rituais pessoais de saúde e bem-estar, como atividades físicas e arteterapia, muitas vezes compartilhadas com a mãe, de 80 anos, fortalecendo vínculos e prevenindo problemas de saúde. “A cada sete anos, vivemos grandes crises que nos obrigam a realinhar propósito. Precisamos equilibrar tempo entre família, saúde, trabalho e lazer. É preciso fazer pausas estratégicas para realinhar”, diz.

A cultura organizacional também exige atenção. Mila afirma que mudanças profundas levam anos e envolvem a transparência, a comunicação e a avaliação de comportamentos. Ela destaca que 90% das demissões acontecem por motivos comportamentais e não técnicos, o que reforça a importância de cultivar ambientes de trabalho saudáveis e humanizados. “O comportamento às vezes tóxico vem do líder. Por isso, líderes precisam ter compaixão e olhar para suas próprias atitudes antes de cobrar mudanças nos outros”, observa.

Mila compartilha exemplos de sua trajetória, como a experiência na UFO Way, onde ajudou a implementar a certificação Great Place to Work. Ela ressalta que transformar a cultura é transformar o destino: “Cultura é nossa raiz. Quando mudamos mentalidades, seja na família ou na empresa, impactamos o futuro de pessoas e organizações. Minha mãe, aos 80 anos, é prova viva de que é possível evoluir.”

Ela também discute a importância da humanização das empresas sem perder o foco em resultados. Técnicas como reuniões individuais de acompanhamento (um a um) permitem escuta ativa e desenvolvimento de colaboradores, mas com responsabilidade e limites. “Não podemos transformar empresas em divãs. O objetivo de qualquer organização é lucro, e isso precisa estar alinhado com cuidado e transparência”, alerta.

Para Mila, a felicidade corporativa é mensurável e impacta diretamente produtividade e engajamento. “Gente feliz produz mais, se dedica e entrega excelência. Empresas que investem em bem-estar não estão sendo sentimentais, estão sendo estratégicas. Felicidade dá lucro.”

Conheça um pouco mais sobre Mila Del Prior

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• Um sonho ainda não realizado? Falar inglês fluentemente
• Medo que te impulsiona a melhorar? Disciplina e constância
• Uma decisão que você repensaria? Comece assim mesmo e aperfeiçoe no caminho
• O desafio mais empolgante que você se propôs? Mudar de academia e acompanhar minha mãe nesse processo
• Qual hábito diário mais impacta positivamente sua vida? Conversar com Deus, meditar e escrever
• Qual conselho você daria ao seu eu mais jovem? Não tenha medo de ser feliz
• Qual marca você quer deixar para o mundo? O autoconhecimento transforma
• Música pop ou rock que te dá energia? Felicidade, Seu Jorge
• Alguém ou algo que te motiva a seguir em frente? O foco no propósito
• Como você se imagina daqui a 5 anos? Atuando nacional e internacionalmente e se possível sendo uma vovó bem coruja

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