Audiência pública vai debater sistema de plantão das farmácias de Orleans nesta quarta-feira
Encontro acontece às 19h no Centro de Eventos Galeano Zomer e deve reunir autoridades, representantes do setor e comunidade

Será realizada nesta quarta-feira (18), às 19h, no Centro de Eventos Galeano Zomer, em Orleans, uma audiência pública para debater o sistema de plantão das farmácias no município. O evento busca discutir um impasse envolvendo o funcionamento das farmácias durante o período noturno, especialmente entre 22h e 7h da manhã, e suas implicações para a população e para o setor farmacêutico local.
Em entrevista ao Jornal da Guarujá, o presidente da Câmara de Vereadores, Joel Cavanholi, explicou que a audiência foi convocada após uma série de reuniões entre o legislativo, representantes das farmácias e autoridades municipais. A principal preocupação, segundo ele, é garantir que a população não fique desassistida no período noturno, quando há necessidade de medicamentos em casos de urgência.
“O objetivo é encontrar uma solução viável que assegure o atendimento à população sem inviabilizar economicamente as farmácias locais. Há um embate entre a lei do livre comércio, que permite o funcionamento até às 22h, e a legislação municipal que estabelece um sistema de plantão em regime de rodízio”, explicou Cavanholi.
O problema se agravou com a atuação de uma rede de farmácias que passou a operar no município, autorizada a funcionar até as 22h. Segundo os proprietários de farmácias locais, isso reduz o movimento durante o período entre 19h e 22h, considerado essencial para viabilizar financeiramente o funcionamento até as 7h da manhã seguinte, como prevê o plantão.
“É um impasse que envolve questões jurídicas e econômicas. Atualmente há uma liminar em vigor, mas buscamos força com a população para reverter essa decisão e retomar o rodízio de plantões, que garante cobertura 24 horas”, afirmou o presidente da Câmara.
A audiência contará com a participação de vereadores, representantes do executivo, líderes religiosos, secretarias de Saúde e Educação, e líderes comunitários. A rede de farmácias envolvida também foi convidada para apresentar seu posicionamento.
Segundo Cavanholi, o objetivo é reunir assinaturas e formalizar uma ata com os apontamentos da audiência para embasar um pedido judicial até sexta-feira (20). “Queremos mostrar que a população precisa ser assistida em qualquer horário. Essa é uma discussão de interesse coletivo e esperamos que todos os lados possam chegar a um consenso”, concluiu.
O presidente da Câmara convida toda a população a participar da audiência pública e contribuir com esse debate que impacta diretamente a vida dos cidadãos de Orleans.
Confira entrevista completa