Para uma melhor experiência neste site, utilize um navegador mais moderno. Clique nas opções abaixo para ir à página de download
Indicamos essas 4 opções:

Google Chrome Opera Mozilla Firefox Microsoft Edge
Ok, estou ciente e quero continuar usando um navegador inferior.

Aumento de trotes no SAMU preocupa e prejudica atendimentos de emergência

Foram registradas 13.800 trotes nesse primeiro semestre de 2023

Por Ligado no Sul13/07/2023 09h30
Foto/Reprodução

Durante o primeiro semestre de 2023, a Central de Regulação de Emergência (CRU) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) registrou um preocupante aumento de trotes, com 13.800 ligações classificadas como falsas emergências. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizados 9.509 casos, houve um aumento de 45%. As cidades mais afetadas por esses trotes foram Joinville, Blumenau e Florianópolis.

Os números destacam a persistência do problema dos trotes na central de atendimento de emergência 192. O que pode parecer uma brincadeira para alguns indivíduos pode custar a vida de outra pessoa, além de prejudicar o trabalho dos profissionais de saúde que atuam no SAMU. Sobrecarregar a linha telefônica e enviar ambulâncias para solicitações falsas de emergência diminui os recursos disponíveis e atrasa o atendimento para aqueles que realmente precisam de ajuda.

Para combater essa situação, os operadores da Central de Regulação de Urgência são treinados para identificar indícios de trotes. “Os técnicos auxiliares de regulação médica conseguem identificar os telefonemas falsos e impedir que chegue até a mesa do médico regulador. Mas existem casos que acabam passando do primeiro filtro e o prejuízo é ainda maior. Quando uma viatura vai para um atendimento falso deixamos de prestar socorro para quem realmente precisa”, explica Dionísio Medeiros, diretor Atendimento Pré-Hospitalar (APH) móvel.

É importante ressaltar que passar trotes aos serviços de emergência é considerado crime de acordo com o artigo 266 do Código Penal Brasileiro. Os infratores podem ser condenados a um período de detenção que varia de um a seis meses. Além disso, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), crianças e adolescentes também podem ser responsabilizados por esse tipo de ligação, sendo encaminhados para a Vara da Infância e da Juventude para a aplicação das medidas socioeducativas.

EducaSAMU

Entre as medidas para diminuir os trotes existe o programa EducaSAMU, que já contemplou mais de 11,5 mil alunos, de 108 instituições, só este ano. O programa possui pedagogas nas oito macrorregiões de saúde, as quais realizam visitas nas escolas palestrando sobre os riscos do trote, acionamento correto do SAMU ao 192, e sinais iniciais de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).

A diretora Geral do SAMU/Fahece, Carla Birolo Ferreira, reforça sobre a importância de levar o projeto EducaSAMU para as crianças. “É uma forma de entenderem o dano que poderá causar às pessoas que estão precisando do atendimento, quando se ocupa uma linha para fazer o trote. A educação é uma forma de reduzir danos a sociedade”.

0
0

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Compartilhe essa notícia

VER MAIS NOTÍCIAS