Geração de empregos: Sul tem o pior setembro dos últimos anos
Com a perda de fôlego nos últimos meses, mesorregião registra também o menor desempenho pós-pandemia no acumulado do ano.
Mesmo registrando saldo positivo desde junho, o mercado de trabalho formal do Sul catarinense vem perdendo fôlego nos últimos meses, até encerrar setembro com somente 71 novas vagas acrescentadas. Esse foi o pior desempenho da mesorregião para o mês desde o início da série pós-pandemia.
Em setembro de 2020, foram 4.353 novos postos de trabalho e, nos anos seguintes, 2.196, 2.697, 1.785, respectivamente, até somar 789 no ano passado. Dessa forma, entre 2020 e 2025, a região apresentou uma queda de 98,4% no saldo de empregos formais para o mês de setembro — uma trajetória contínua de desaceleração.
Com o desempenho, a região soma 11.188 novas vagas com carteira assinada no acumulado desde janeiro, número que também representa o menor resultado do período nos últimos anos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
“O acumulado do ano permanece abaixo dos níveis anteriores, configurando o menor desempenho desde 2020. Esse movimento reflete um ambiente de negócios mais cauteloso, com crédito caro, incertezas fiscais e expectativas moderadas quanto às tendências econômicas de curto prazo”, avalia o economista Leonardo Alonso Rodrigues.
“Ainda que o ritmo de contratações siga contido, a manutenção de resultados positivos reforça a resiliência da economia regional, sustentada pela força do setor de serviços e pela recuperação gradual da construção civil”, acrescenta o também economista Alison Fiuza.
Com base nos dados do Novo Caged, os especialistas elaboram o Boletim do Emprego Formal, disponibilizado pela Associação Empresarial de Criciúma (Acic). O documento completo, com as informações e análises, está disponível para consulta e download no site da entidade.
Região Carbonífera
O baixo desempenho da mesorregião em setembro não reflete os números da Região Carbonífera, que fechou o mês com 563 empregos formais acrescentados, superando o saldo de 2023 (464) e o de 2024 (438).
Em Criciúma, houve saldo líquido positivo de 180 vagas. No acumulado desde janeiro, o município soma 1.740 novas vagas, e a Região Carbonífera, 4.409.


