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Sessão da Câmara de Orleans tem aprovação de projetos e embate sobre saúde

Enquanto Executivo conseguiu aval unânime para propostas, vereadores divergiram sobre denúncias de demora em atendimentos

Por Ligado no Sul30/09/2025 12h00
Foto/Redação

Nesta segunda-feira, 29, a Câmara de Vereadores de Orleans realizou a 36ª sessão ordinária do ano, considerada tranquila, durante a qual foram aprovados por unanimidade diversos projetos de lei encaminhados pelo Executivo Municipal.

Entre os projetos aprovados está o PL 16, que altera a lei complementar e ajusta o vencimento base do cargo de monitor do estacionamento rotativo, preparando a prefeitura para assumir o serviço do município. Também foi aprovado o PL 54, que autoriza a transferência de R$ 10 mil para o Fundo de Melhorias da Polícia Militar de Santa Catarina, e o PL 55, que reconhece despesas de exercícios anteriores pagas parcialmente e autoriza o prefeito a liquidar e pagar os valores devidos. Por fim, o PL 56 trata da concessão onerosa de espaços públicos, incluindo o Ginásio Municipal Homero Miranda Gomes, a Cancha de Bocha José Cândido e outras áreas, autorizando a realização de licitação para interessados.

O líder do governo na Câmara, vereador Osvaldo Cruzetta (PP), destacou a importância desses projetos para a regularização de contratos e salários dos monitores do estacionamento rotativo, além de reforçar que o serviço será assumido diretamente pelo município. Segundo ele, a decisão visa corrigir irregularidades, garantindo o recolhimento correto das taxas e a contratação formal dos monitores.

Durante a sessão, a saúde municipal foi um dos temas mais debatidos. O vereador Osvaldo Cruzetta comentou sobre uma denúncia feita pela vereadora Marlise Zomer (PSDB), que publicou nas redes sociais um vídeo relatando demora no atendimento e na liberação de exames. Cruzetta argumentou que, no caso citado, os prazos foram cumpridos de forma razoável.

“A paciente deu entrada no pedido do exame no dia 4, no dia 6 já foi liberado pela equipe de saúde e no dia 12 foi atendida em Criciúma. Já ontem mesmo, conseguiu mostrar o exame ao médico. Muitas vezes as coisas chegam distorcidas. A postagem não resolve o problema, mas o atendimento foi feito dentro do tempo possível.”

Ele acrescentou que os profissionais da saúde se sentiram injustiçados.

“A própria enfermeira-chefe do posto ficou chateada, porque a paciente, após gravar o vídeo com a vereadora Marlise,  foi pedir desculpas a ela. O nosso secretário é bastante responsável, tem profundo conhecimento e está fazendo o melhor para a sociedade. Problemas acontecem, mas temos que tratar com seriedade e não com vídeos que acabam distorcendo os fatos.”

Já a vereadora Marlise Zomer (PSDB) defendeu sua posição e disse que apenas deu voz às reclamações que chegam diariamente da população.

“Nos últimos dias, recebi mais de 30 mensagens de pessoas relatando problemas sérios nos postos de saúde. Essas pessoas tiveram coragem de compartilhar suas dificuldades publicamente. Eu não inventei nada, apenas registrei. O que elas estão fazendo é um ato de coragem e também um grito de socorro. O povo não quer desculpas, quer atendimento digno, médicos presentes e medicamentos disponíveis.”

A vereadora destacou que não acredita que os relatos sejam invenção.

“Essas pessoas não estão mentindo. Elas mostraram o rosto, expuseram a realidade porque estão sofrendo. Difícil é encarar de frente as falhas e reconhecer que precisamos melhorar.”

A discussão também contou com a fala da vereadora Jana Coan (PL), que buscou contextualizar os prazos de atendimento. Segundo ela, embora seja necessário cobrar melhorias, no caso relatado os procedimentos ocorreram dentro do esperado para o Sistema Único de Saúde (SUS).

“Uma das consultas levou 28 dias entre o pedido e os exames laboratoriais. Já o exame de alta complexidade, realizado na URC, em Criciúma, demorou 36 dias. No total, foram 50 dias até a consulta final. Considero um prazo razoável, porque sabemos que a URC atende toda a região e tem uma demanda muito grande. É claro que a saúde precisa melhorar, mas é importante diferenciar casos de urgência daqueles de rotina.”

Jana também criticou o uso das redes sociais como ferramenta de pressão.

“Quando surge um problema, o primeiro passo deve ser procurar o posto de saúde ou a Secretaria, para esclarecer os fatos. A função do vereador é cobrar e fiscalizar, mas sem causar polêmica desnecessária. Postar vídeos pode prejudicar toda uma equipe que trabalha com dedicação.”

Outro tema abordado na sessão foi a dengue, a vereadora Jana (PL),  informou que foram identificados 16 focos de mosquito no município na região do bairro Coloninha. Ela reforçou a importância do envolvimento da comunidade no combate ao mosquito, com medidas simples de higienização e eliminação de água parada.

Além disso, o presidente da Câmara, Joel Cavanholi (PL), apresentou a Indicação 249, que solicita ao Executivo a criação de um ponto de apoio para entrega de correspondências no bairro Nova Orleans.

Segundo o vereador, o problema é antigo e gera transtornos aos moradores.

“A comunidade está há mais de 15 anos pedindo esse ponto de coleta e distribuição. Já tivemos até quatro mudanças nas numerações das residências para tentar viabilizar o serviço dos Correios, mas mesmo assim as correspondências não chegam às casas. Os moradores precisam se deslocar cerca de três quilômetros e meio até o centro para buscar cartas e encomendas.”

Cavanholi sugeriu alternativas já usadas em outras comunidades.

“O que pedimos é a criação de um ponto de apoio em uma estrutura pública existente, como um posto de saúde, uma escola ou até um centro comunitário. Isso já funciona na Brusque e na Pindotiba e poderia atender bem a nossa realidade.”

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