Presidente da Câmara, Joel Cavanholi, participou de reunião com representantes do setor e comenta cenário de indefinição

O impasse envolvendo a realização dos plantões farmacêuticos em Orleans segue sem uma solução definitiva. Nesta quarta-feira (25), uma reunião foi realizada na Câmara de Vereadores com o objetivo de buscar um encaminhamento. Participaram o presidente do Legislativo, Joel Cavanholi (PL), o procurador do município, farmacêuticos locais e vereadores.

“Ontem nos reunimos com o procurador do município, todos os farmacêuticos, alguns vereadores, pra tentar uma resolução mais prática entre os próprios farmacêuticos”, explicou  Cavanholi.

Segundo ele, os farmacêuticos que já atuam na cidade há mais tempo estão abertos a continuar os plantões, mesmo diante de dificuldades. “Eles têm um bom olhar, um carinho, pra fazer os plantões e não deixar a população desassistida. Mas infelizmente a rede que veio pra cá, que é onde está o impasse jurídico, não recua”, disse.

As farmácias que participavam do rodízio de plantão em Orleans alegam que o funcionamento da Farmácia Preço Popular, localizada em frente ao Hospital Santa Otília e aberta até as 22h, inviabiliza financeiramente o rodízio.

Cavanholi informou ainda que duas possibilidades surgiram na reunião: ou o Executivo emite um decreto tornando o plantão obrigatório, ou os farmacêuticos locais tentam uma solução entre si, excluindo do rodízio a rede que não adere. “Ontem saímos de lá com uma situação delicada. Ou o Executivo faz um decreto, estipulando a obrigatoriedade de abrir as farmácias, ou vamos deixar que esses farmacêuticos, apesar da inviabilidade econômica, tentem entre si uma resolução, extinguindo essa rede do rodízio.”

O presidente da Câmara reforçou que não houve um desfecho imediato. “Ontem, infelizmente, a conversa não andou. Não teve uma resolução muito boa. Mas acredito ainda que no decorrer do dia de hoje a gente consiga alguma solução por parte das demais farmácias que já existem no município.”

Nova lei pode ser apresentada

O farmacêutico João Carlos Savi, gerente da Farmácia Preço Popular de Orleans, também participou da reunião e comentou os desdobramentos.

“Pelo que eu entendi, ficou definido ali do procurador fazer uma nova lei, pra que todas as farmácias façam plantão com rodízio diário. Ele ficou de ver isso aí durante a semana e mandar a lei pra Câmara, pra votação na próxima semana”, explicou.

Savi relatou que, após a reunião principal, houve uma conversa apenas entre os representantes das farmácias, da qual ele não participou. “Acabei saindo e não sei se mudaram de ideia, mas a princípio seria isso: fazer uma nova lei e tornar obrigatório pra todo mundo o plantão.”

Enquanto a nova legislação não é apresentada e aprovada, a indefinição persiste, gerando preocupação na comunidade sobre o acesso aos medicamentos fora do horário comercial.