Apesar da disponibilidade, segunda dose da vacina contra dengue apresenta baixa procura no estado

Santa Catarina ultrapassou 45 mil focos do mosquito Aedes aegypti em 2025, conforme último informe da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive). O estado soma mais de 28 mil casos prováveis de dengue, com 13 mortes confirmadas e quatro óbitos ainda sob investigação.

Segundo o biólogo Maico Roberto Luckmann, da Dive, apesar do recuo recente no número de casos, a situação ainda requer atenção. “Mesmo com o frio, o mosquito não desaparece e a transmissão segue ativa. O número de casos de dengue existe, continua se mantendo durante o período do inverno. Já observamos uma redução nas últimas semanas, relacionada à temperatura, mas a transmissão acontece durante todo o ano, embora em menor intensidade”, explicou.

Jardinópolis lidera a incidência de dengue, seguida por Itajaí, Cordilheira Alta, Porto Belo e Itapema. A chikungunya teve um salto expressivo, com 644 casos confirmados e quatro óbitos, além de um caso em investigação. “Esses casos estão concentrados principalmente na região Oeste, que envolve Xanxerê, Itá, Águas de Chapecó e Campo Erê”, acrescentou Luckmann.

A vacinação contra dengue está disponível para adolescentes de 10 a 14 anos, mas a adesão à segunda dose ainda é baixa. “A população aderiu mais à primeira dose, e a segunda dose, embora disponível, tem uma baixa adesão. O grupo prioritário abrange adolescentes nessa faixa etária”, ressaltou o biólogo.

A população idosa, que concentra a maior parte das mortes por dengue, ainda não está incluída no programa de vacinação. “Essa faixa etária é mais vulnerável e requer cuidados redobrados, mas infelizmente não faz parte do grupo de vacinação”, alertou.

Para acompanhar os dados atualizados sobre dengue em Santa Catarina, o painel de arboviroses está disponível no site da Secretaria de Saúde: cieges.saude.sc.gov.br.

*Com informações ACAERT