Em entrevista, a educadora, Ana Dalsasso, relata o susto e critica a divulgação precipitada de lista com supostas vítimas sem confirmação oficial.

O trágico acidente com um balão ocorrido no último sábado (21) em Praia Grande, no Sul de Santa Catarina, além de comover a população, gerou também uma onda de desinformação. Nomes de supostas vítimas começaram a circular nas redes sociais e em grupos de mensagens antes de qualquer confirmação oficial por parte das autoridades. Entre os nomes indevidamente citados estava o da professora e colunista do Portal Ligado no Sul, Ana Dalsasso.

Em entrevista ao Jornal da Guarujá, Ana contou como foi surpreendida pela situação. “Eu estava em casa, num sábado tranquilo. Minha filha me ligou avisando que minha irmã estava desesperada porque viu meu nome numa lista de vítimas. Foi um susto enorme”, relatou.

A professora explica que, por sorte, mantém o hábito familiar de sempre avisar os filhos quando sai de casa. “Se não fosse isso, meus filhos teriam vivido um desespero ainda maior. Foi uma sensação horrível”, contou.

Ana também destacou a gravidade da situação causada por essa divulgação precipitada e sem verificação. “Descobri, com essa tragédia, que tenho muitos amigos. Passei o dia inteiro atendendo ligações e respondendo mensagens. Mas foi revoltante ver meu nome envolvido em algo tão sério sem nenhuma confirmação. Isso é mais do que irresponsabilidade. É crueldade”, desabafou.

A professora também criticou o comportamento de quem corre para divulgar notícias sem checagem, apenas para obter engajamento. “Vivemos um colapso ético. As pessoas estão mais preocupadas em ganhar curtidas do que em respeitar a dor dos outros”, afirmou.

Por fim, ela fez um apelo para que haja mais responsabilidade na divulgação de informações, especialmente em momentos de dor coletiva. “Precisamos resgatar valores como respeito, empatia e compromisso com a verdade. Essa corrida por ser o primeiro a noticiar está ultrapassando todos os limites”, concluiu.

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