Aos 29 anos, moradora de Orleans enfrenta avanço de tumor cerebral e busca recursos para cirurgia
Moradora de Orleans, Camila Coelho Cruz, enfrenta novamente a necessidade de uma cirurgia delicada para tratar um tumor cerebral e busca, com a ajuda da comunidade, os recursos necessários para realizar o procedimento com urgência. A luta, que começou em 2022, agora se intensifica após a descoberta de que o tumor voltou a crescer em uma área crítica do cérebro, colocando em risco sua fala, seus movimentos.
Ao Portal Ligado no Sul, Camila que tem 29 anos, contou que descobriu em 2022 que tinha um tumor cerebral, depois de sofrer crises convulsivas. “Eu convulsionei no centro de Orleans, logo depois de receber uma notícia que me abalou. Depois disso, eu comecei a convulsionar direto”, relembra.
A partir daí, as crises se repetiram, levando à investigação médica e à confirmação da doença. O diagnóstico inicial apontou para um astrocitoma grau 2, é um tipo de tumor cerebral que se origina nos astrócitos, células gliais que sustentam e protegem as células nervosas no cérebro, localizado em uma área delicada do cérebro, responsável pela fala e pelos movimentos.
A primeira cirurgia foi realizada de forma particular e contou com especialistas de fora do país. Camila precisou passar por um procedimento de monitorização, permanecendo acordada durante a cirurgia. “Eles precisavam que eu falasse, que me mexesse. Era a única forma de evitar sequelas”, explica.
Agora, ela enfrenta o retorno do tumor. A recidiva foi identificada logo após o nascimento da filha de 1 mês, quando sofreu uma nova convulsão. “O tumor voltou, mas a gente não sabe mais se continua sendo grau 2. Me disseram que quando ele volta, geralmente volta mais agressivo, só a biópsia, que também é um procedimento que precisa ser pago é que vai confirmar ”, conta.
Apesar de buscar alternativas pelo SUS, Camila não encontrou possibilidade de atendimento rápido. Tentou vaga no Rio de Janeiro, mas teria de morar na cidade, entrar na fila e aguardar por tempo indeterminado. Em Florianópolis, a espera também seria longa. “Mesmo pedindo urgência, ninguém sabia dizer quanto tempo eu ficaria esperando. E enquanto isso o tumor ia crescendo, pegando mais regiões da fala e da motricidade”, afirma.
Diante da urgência, a família optou por iniciar uma vaquinha para custear a cirurgia, a doação pode ser realizada através da chave pix: 48999027367 (Camila Coelho Cruz) .
“O que cada pessoa puder doar já ajuda: cinco reais, dez reais… tudo faz diferença”, diz Camila. A família também colocou dois carros à venda para complementar a quantia.
A rotina de Camila mudou drasticamente. Ela toma anticonvulsivos diariamente e não pode ficar sozinha, pois há risco frequente de crises epilépticas. Para garantir segurança, Camila, o marido e a filha recém-nascida deixaram a própria casa e passaram a viver com a sogra. “
Apesar de tudo, Camila diz que ela e sua família são pessoas de muita fé e que as orações de todos, fazem a diferença na busca pela cura. “É devastador. Mas eu já passei por isso uma vez e consegui. Agora eu quero ainda mais vencer, porque eu tenho a minha filha. O pessoal de Orleans está me ajudando muito, muito mesmo. As mensagens, as orações, até um ‘bom dia’… tudo isso tem me dado força, diz, emocionada.
Camila diz que, quando estiver recuperada, pretende agradecer pessoalmente à comunidade. “Eu quero sair dessa com voz, sem perder movimento, sem sequela. Quando eu sair da UTI, quero gravar um vídeo mostrando que estou bem, para agradecer. Cada pessoa que está ajudando vai tem um dedinho na minha cura.”
Para ela, a luta agora é pela vida — e pela chance de continuar criando a filha. “O diagnóstico não é bom, mas a fé ajuda a gente a caminhar. Se Deus quiser, vai dar certo de novo.”