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A pressa adoece: o corpo não acompanha a cultura da correria. Por Vanesa Bagio

Em uma sociedade que valoriza produtividade a qualquer custo, sintomas como insônia, enxaquecas e gastrites podem ser gritos ignorados do nosso emocional.

Por Vanesa Bagio29/05/2025 15h00

Vivemos na era do “fazer mais em menos tempo”. Reuniões em sequência, metas inatingíveis, notificações sem fim. Ser ocupado virou símbolo de status.

Descansar? Só se for com culpa. E, nesse ritmo frenético, o corpo começa a cobrar a conta. Chega ao final do dia e a cobrança parece: ‘Parece que hoje eu não fiz’, na verdade fez tudo, mas quando a mente não descansa, essa é a sensação: de vazio emocional ou de satisfação.

Insônia, enxaquecas, gastrites, dores musculares inexplicáveis, taquicardia são sintomas que surgem silenciosamente, como se sussurrassem um alerta: “Algo dentro de você está pedindo pausa”. Mas, ignoramos. Tomamos um remédio, seguimos adiante. E o sussurro vira grito.

A cultura da correria nos ensinou a performar, não a sentir. A ser forte o tempo todo, mesmo quando estamos à beira do colapso. Falar que está cansado virou sinônimo de fraqueza. Mas a verdade é que não fomos feitos para operar no modo emergência todos os dias. Nosso sistema nervoso precisa de pausas. Nossas emoções, de espaço para existir. Nossa mente, de silêncio para se reorganizar.

A pressa adoece porque nos desconecta de nós mesmos. E um corpo desconectado da alma não encontra equilíbrio. A psicossomática — ciência que estuda como as emoções impactam diretamente a saúde física — comprova: o que não é expresso emocionalmente, será impresso fisicamente.

Recomendo algumas práticas para desacelerar e ouvir o próprio corpo:

  • Pratique micro-pausas diárias: 2 a 5 minutos entre uma tarefa e outra. Feche os olhos, respire profundamente e traga sua atenção para o corpo.
  • Desconecte-se para se reconectar: reduza o consumo de informações. Silenciar o celular por 30 minutos por dia é um ato de autocuidado.
  • Nomeie suas emoções: ao invés de dizer “estou estressado”, experimente identificar o que sente: angústia, sobrecarga, tristeza, irritação? Nomear é o primeiro passo para transformar.
  • Respeite seus limites físicos e mentais: fadiga constante, dor de cabeça, olhos trêmulos ou insônia recorrente não são “normais”. São sinais. Procure ajuda antes de colapsar.
  • Crie rituais de desaceleração: um banho mais longo, uma caminhada ao ar livre, uma música calma antes de dormir. Pequenos hábitos criam grandes mudanças no estado emocional.
  • Consulte um psicólogo: falar sobre o que se sente com um profissional é um ato de coragem e prevenção. Saúde emocional também é saúde.

A cura não está em produzir mais, mas em se escutar melhor. Está em desacelerar, respirar fundo e se perguntar: Como eu realmente estou? O que meu corpo está tentando me dizer? Porque, no fim, o maior sinal de força não é aguentar tudo calado — é ter coragem de parar, sentir e se cuidar.

Fique bem!

Siga @vanesabagio.psi para buscar mais informações e lembre-se: “Sua saúde mental importa tanto quanto qualquer outra área da sua vida.”

 

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