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Explosão de casos de dependência leva SUS a criar atendimento específico para vício em apostas

Ferramenta de autoexclusão será liberada neste mês e consultas remotas começam em 2026

Por Ligado no Sul04/12/2025 09h30
Foto/© Joédson Alves/Agência Brasil

O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer, a partir de fevereiro de 2026, um serviço de teleatendimento em saúde mental voltado especificamente para pessoas com compulsão por apostas esportivas e jogos on-line. O anúncio foi feito pelo governo federal nesta quarta-feira (3).

A medida integra um acordo de cooperação entre os ministérios da Saúde e da Fazenda, que prevê ações conjuntas para enfrentar o crescimento dos casos de dependência relacionados às chamadas bets.

Autoexclusão começa em dezembro

Antes da implantação do teleatendimento, o governo disponibilizará, a partir de 10 de dezembro, uma plataforma de autoexclusão. Por meio dela, qualquer pessoa poderá solicitar o bloqueio do próprio CPF para impedir novos cadastros em sites de apostas e deixar de receber publicidade dessas plataformas.

Como vai funcionar o novo serviço

O modelo de atendimento será híbrido, com oferta presencial e on-line. Na primeira fase, o SUS disponibilizará 450 consultas remotas por mês, com possibilidade de ampliação conforme a demanda.

Também será criada uma linha de cuidado específica para problemas relacionados a jogos e apostas, integrando unidades básicas de saúde, equipes multiprofissionais e serviços especializados.

Por que o governo anunciou a medida

O Ministério da Saúde afirma que o número de pessoas buscando ajuda por dependência em apostas aumentou nos últimos anos, especialmente entre jovens. O governo considera que o novo serviço cria uma estrutura nacional para atendimento, prevenção e acompanhamento de casos.

As plataformas de apostas on-line, que se espalharam pelo país nos últimos anos, deixaram um rastro de prejuízos profundos. Além de famílias que perderam tudo e pessoas que se afundaram em dívidas impagáveis, há casos registrados em diferentes regiões do Brasil de jovens e adultos que morreram após episódios de desespero ligados ao endividamento e à compulsão por jogos. Investigações e relatos de familiares mostram que a pressão psicológica causada pelas bets já ultrapassou o campo financeiro e se tornou uma questão de saúde pública.

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