Voz clonada, Pix falso e lojas inexistentes: golpes se multiplicam no Sul
Clonagem de voz, comprovantes falsos de Pix e lojas virtuais inexistentes estão entre os principais golpes registrados no Sul do estado.
A Polícia Militar de Santa Catarina tem registrado um aumento expressivo no número de golpes aplicados na região Sul do estado. As ocorrências mais comuns envolvem clonagem de voz, conhecida como “golpe do falso parente”, o “golpe do Pix agendado”, com comprovantes falsos, e a “falsa venda” em lojas inexistentes na internet.
Em entrevista ao Jornal da Guarujá nesta sexta-feira (24), o capitão Valdir Cristóvão de Oliveira Júnior, comandante da Segunda Companhia do 29º Batalhão da Polícia Militar, afirmou que a situação preocupa as forças de segurança. Segundo ele, os crimes virtuais já estão entre os mais recorrentes da região e exigem uma mudança de estratégia no trabalho policial, priorizando ações preventivas e de conscientização da população.

Foto/Divulgação
Entre os golpes mais frequentes, o capitão destacou o uso de perfis de WhatsApp clonados, pedidos de transferência via Pix e o chamado golpe do falso parente, agora com uma nova modalidade: a clonagem de voz. Por meio de chamadas telefônicas gravadas, criminosos reproduzem artificialmente a fala de parentes das vítimas e pedem dinheiro ou transferências emergenciais.
De acordo com Oliveira Júnior, a tecnologia tem ampliado a sofisticação dos golpes, o que torna essencial a cautela. Ele recomenda que as pessoas evitem atender ligações de números desconhecidos ou, caso atendam, aguardem alguns segundos para confirmar se há de fato alguém na linha. “Hoje, até uma simples ligação silenciosa pode ser usada para captar a voz da vítima”, alertou.
O comandante também lembrou que as promessas de vantagens financeiras fáceis continuam sendo uma das principais armadilhas. “Os golpistas exploram três pontos principais: a ganância por ofertas vantajosas, a urgência de uma situação emocional, como um parente doente, e a necessidade econômica, como busca por emprego ou crédito fácil”, observou.
Embora as polícias Civil e Militar atuem em conjunto na repressão a esse tipo de crime, o capitão destacou que a prevenção é o caminho mais eficaz. “Esses golpes muitas vezes são aplicados de outros estados, o que dificulta as investigações. Por isso, a melhor forma de evitar prejuízos é manter-se informado e desconfiar sempre”, concluiu.
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